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domingo, 24 de abril de 2011
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 234
DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 17
A ALEGRIA DE ANDAR DE BICICLETA
Caríssima/o:
Hoje é Dia de Alegria! De Aleluia!
Alegremo-nos, pois, e rejubilemos!
“O homem que sobe de bicicleta a montanha é senhor do seu destino. Aquele que a desce confia na sua sorte. No cimo da subida pode esperá-lo a vitória. No fim da descida pode estar a cilada da morte. Sabe-lo bem: ergues-te sobre os pedais, com os joelhos unidos, o dorso erecto, os cotovelos apertados contra o corpo, a cabeça encaixada entre os ombros e deixas-te ir. A cada instante, contudo, dás uma ou duas pedaladas, como dois golpes de esporas, para que a corrida se torne mais veloz. Confias nas duas rodas de alumínio, num frágil e subtilíssimo pneumático cheio de ar, nas duas alavancas de um travão. A tua vida está em equilíbrio sobre quatro pedaços de metal e de borracha, sobre um maquinismo que pula, que estremece, que vacila, que se desequilibra.
Cinquenta à hora: a brisa bate-te no peito elástico, fria como uma mão que te quisesse segurar e que tu repelisses. Sessenta à hora: os olhos enchem-se -te de lágrimas. Centenas de pequenas lentes, entre as pestanas, as pálpebras e as pupilas, alteram o traçado da estrada, aumentam, reduzem, cortam, reflectem os obstáculos. O vento desvia-te o fio das lágrimas para as faces como duas rédeas de choro. Setenta à hora: já nadas vês. Cerras as pálpebras como uma fenda que o vento quer forçar. Vês a estrada apenas como se fosse uma linha de água. Tiraste os óculos por um simples receio: se ficares cego, cais. Apertas os maxilares antes que os dentes se magoem como se, de um momento para o outro, esperassem uma pancada. Os dedos apalpam o travão, experimentam-no sem o apertarem, para sentirem a sua presença e dizê-lo ao coração; todos os nervos parecem estar ali nus, na ponta dos dedos, acumulando aflições... Voas. Pareces uma andorinha quando te ergues e ondulas e te inclinas nas curvas, balançando-te sobre o precipício com as pequenas asas cortadas dos braços. Numa recta pequena, deixas-te ir; alguns segundos de segurança. No interior da curva, equilibras-te com o pé o ar. Não sabes para aonde vais. Deixas que a descida te leve.
A tua máquina é de vidro. E também tu és frágil como uma criatura de vidro e de sangue.”
O. Vergani, Os Escritores e os Jovens
Para todos, Santa Páscoa!
Manuel
sábado, 23 de abril de 2011
UA oferece oportunidades aos seus finalistas
Dias 3 e 4 de Maio
Finalistas e mercado de trabalho mais próximos no Fórum 3E
Finalistas e mercado de trabalho mais próximos no Fórum 3E
«Dia 3 de Maio, em frente à Reitoria, arranca a 11.ª edição do Fórum 3e - emprego | empresas | empreendedorismo. A UA oferece, uma vez mais, a oportunidade aos seus finalistas de, durante dois dias, contactarem de uma forma privilegiada com algumas das melhores empresas e instituições e de trocarem os seus currículos por oportunidades de emprego e estágios.»
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As pessoas continuam a pensar na morte...
Michel Foucault
O penúltimo e o último
Anselmo Borges
Nos meses de Fevereiro e Março, participei como conferencista em vários colóquios e simpósios sobre o tema da morte, do além e do luto. Em todos, as salas de conferências estavam cheias - a última intervenção foi nos H U C, e as inscrições chegaram, segundo me disseram, a 865. Afinal, embora vivamos num tempo em que a morte se tornou tabu - disso não se fala -, mas as pessoas continuam a pensar nela. Será possível não pensar? Mesmo se ela é o impensável - diz-se que o filósofo Michel Foucault, nos seus últimos dias no hospital, terá sussurrado: "le pire c'est qu'il n'y a rien à dire" (o pior é que não há nada a dizer) -, é-o enquanto o impensável que obriga a pensar.
Bento XVI lembra Fátima na televisão pública italiana
O Papa foi convidado de emissão especial para responder a perguntas sobre a dor e a alma, pedindo paz para a Costa do Marfim e o Iraque
«Bento XVI marcou hoje presença no programa «À sua imagem», da televisão pública italiana, para responder a sete questões de pessoas de todo o mundo, numa emissão especial que incluiu referências a Fátima.
A última questão foi sobre a figura de Maria, mãe de Jesus, com o Papa a admitir que um dia possa ser necessário “repetir” o ato de consagração do mundo à Virgem - deixando o exemplo do que viveu em Portugal, em maio de 2010.
“Por exemplo, em Fátima vi como as milhares de pessoas presentes entraram verdadeiramente nesta entrega, se entregaram, concretizaram em si próprias, por si próprias esta consagração”, recordou.
A primeira pergunta foi sobre o "sentido da dor" após uma tragédia como o tsunami que varreu o Japão em março.»
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sexta-feira, 22 de abril de 2011
Páscoa: Sinos a Repicar
Páscoa
Um dia de poemas na lembrança
(Também meus)
Que o passado inspirou.
A natureza inteira a florir
No mais prosaico verso.
Foguetes e folares,
Sinos a repicar,
E a carícia lasciva e paternal
Do sol progenitor
Da primavera.
Ah, quem pudera
Ser de novo
Um dos felizes
Desta aleluia!
Sentir no corpo a ressurreição.
O coração,
Milagre do milagre da energia,
A irradiar saúde e alegria
Em cada pulsação.
Miguel Torga
In Diário XVI
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