quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

OBRA DA CRIANÇA, EM ÍLHAVO

Os tempos de hoje exigem 
um novo projecto educativo


Com estatutos de 1959, a OBRA DA CRIANÇA, em Ílhavo, ainda passa despercebida a muito boa gente. Criado pelo prior de Ílhavo, Padre Júlio Tavares Rebimbas, actual Arcebispo-Bispo Emérito do Porto, desde a primeira hora integrou o Património dos Pobres, instituição que ainda mantém outras valências, nomeadamente o Lar de S. José, para idosos; o Lar do Divino Salvador, para apoio a mães solteiras e a mulheres vítimas de violência doméstica; e 20 habitações para outras tantas famílias carenciadas. Presentemente, a OBRA DA CRIANÇA, com 36 crianças, adolescentes e jovens em regime de internato, aposta numa reestruturação que seja suporte de um novo projecto educativo, que está a ser preparado para avançar ainda este ano, como garantiu ao SOLIDARIEDADE o prior de Ílhavo, padre Fausto de Oliveira.
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(Para ler todo o artigo, clique SOLIDARIEDADE)
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NB: Este é artigo que saiu no SOLIDARIEDADE e que se insere na linha de colaboração que assumi com aquele mensário da CNIS.

POBREZA EM PORTUGAL E NO MUNDO

OIKOS alerta Governo para luta contra a pobreza A organização não-governamental OIKOS apelou ao Governo para ratificar internamente compromissos assumidos perante a União Europeia no âmbito da luta contra a pobreza, que abrem caminho à concretização de oito objectivos estipulados em 2000. A redução para metade da pobreza extrema e da fome e em dois terços da mortalidade das crianças, até 2015, são alguns dos designados Objectivos do Milénio.
"Estrategicamente, estão lançadas as bases políticas para atingirmos os Objectivos do Milénio. Os compromissos foram assumidos no âmbito da União Europeia e queremos agora a ratificação interna desses compromissos" em Portugal, disse o director executivo da OIKOS, João Fernandes.
João Fernandes considera que só com a ratificação desses compromissos será possível os portugueses estarem informados acerca dos planos da luta mundial contra a pobreza e sensibilizar a opinião pública para ajudar.
No ano 2000, 189 chefes de Estado e de Governo assinaram a Declaração do Milénio, onde estão estipulados oito objectivos de desenvolvimento a alcançar entre 1990 e 2015. Entre esses objectivos constam a redução para metade da pobreza extrema e da fome, a promoção da igualdade entre os sexos, a redução em dois terços da mortalidade das crianças e a redução em dois terços da taxa de mortalidade materna.
Alcançar o ensino primário universal, combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças graves, garantir a sustentabilidade ambiental e criar uma parceria mundial para o desenvolvimento são os restantes objectivos.
Considerando que "todos os países têm falhado, no geral, no empenho em concretizar estes objectivos", João Fernandes destacou "os fortes progressos do Uganda, que está a conseguir estagnar a SIDA, e de Moçambique na área da educação".
O director executivo da OIKOS disse que também gostava que o Governo português desse garantias de que Portugal vai "atingir o primeiro compromisso que é, em 2006, contribuir com 0,33 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)". Os países europeus comprometeram-se em ajudar, este ano, as nações mais pobres com 0,33 por cento do PIB, com 0,51 por cento em 2010 e com 0,7 por cento em 2015. Contudo, o responsável alertou que "para Portugal cumprir a meta em 2015 vai ser preciso aumentar a ajuda nos próximos anos". Apesar de considerar esta medida positiva, o director executivo "gostaria que a meta de 0,7 por cento fosse antecipada e não remetida para 2015".
Segundo a OIKOS, em todo o mundo, 1,2 milhões de pessoas vive em condições de extrema pobreza (com menos de um dólar por dia), 6,3 milhões de crianças morrem de fome por ano e há 842 milhões de pessoas subnutridas.
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Fonte SOLIDARIEDADE

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Um artigo de António Rego

Entre a bênção
e a maldição
Tal como se não pode calcular o dia e a hora exactas dum sismo ou o minuto preciso do aquecimento global do planeta, também se não pode determinar matematicamente a evolução da esperança de vida em todos e cada um dos cidadãos. Fazem-se cálculos sobre a resistência da Segurança Social à longevidade presumível, projectam-se cenários de consistência ou rotura, desenha-se um futuro a partir duma realidade óbvia: a população, entre nós, envelhece cada vez mais, as escolas infantis vão fechando, as secundárias vão diminuindo e as próprias universidades já se ressentem desta evolução etária que altera todo o tecido social a que pertencemos.
Há muitos ângulos de observação deste facto, com análises contraditórias, algumas primárias, das causas e consequências desta realidade. O aumento da esperança de vida é um sinal dos tempos que tem a ver com toda a evolução que testemunhamos em variadíssimos aspectos da nossa vida social e do desenvolvimento que - por muito que não queiram alguns críticos – aconteceu visivelmente entre nós nos últimos anos.
Mas há perspectivas que importa repescar. O envelhecimento não é apenas uma questão de idade: tem a ver com a valorização que a comunidade dá a quem entra nos trinta, quarenta ou mais anos. Não há muito tempo, pelo trabalho árduo, subalimentação, ausência de cuidados de saúde e outras carências, as pessoas envelheciam prematuramente. Hoje também, mas por outras razões. A tecnologia, a cultura e um conjunto incontestável de novas aquisições, colocam muita gente na prateleira da vida. Facilmente as pessoas se tornam ultrapassadas, a seguir inúteis, além de sós e desencantadas. A expectativa de vida mais confortável, mais longa, mais livre, torna-se como que um pesadelo, de olhar para todos os lados e tudo se revestir dum pretérito nostálgico sem lugar para a alegria do hoje e do amanhã.
Obviamente que isto não acontece assim com todos e cada um. Há pessoas que trabalham até morrer, por necessidade. Outras por gosto ou ambição, outras por missão, nas áreas livres de entrega aos outros e de crescente amor à vida. Mas há muitos condenados a nunca assumir a profissão de idoso ou doente. Esta matéria aprende-se noutra escola, enquadra-se noutro currículo, cumpre-se com mecanismos interiores que dependem de espaços, condições físicas e sociais, perspectivas de fé, de vida e dum arrebatamento de alma de quem descobre a permanente novidade nos meandros da surpresa e do encantamento. Todo o trabalho de solidariedade social da Igreja, nesta área, revela um segredo do Evangelho com muitas traduções sociais e políticas: a aposta no contínuo rejuvenescimento da Esperança… de Vida.

Um artigo de Joaquim Franco, na SIC

Caricaturas “boomerang”
A cultura do “mundo” islâmico é diferente da cultura do “mundo” cristão, judeu, budista ou hindu. O “mundo” muçulmano é portador de uma história e tradição únicas, inseparáveis de um território social específico. A religião islâmica - no “mundo” islâmico - e o conceito de Estado ou Nação - no “mundo” islâmico - estão ligados e são interdependentes na definição de valores e liberdades, do poder e dos poderes. Radica no mesmo Deus, no mesmo Livro e no mesmo Profeta de todos os islâmicos, mas faz da “palavra última” do Alcorão a “charia” intocável e insubstituível, sob a qual tudo pode ser legitimado. Apontar o dedo a um sistema construído como aliança inquestionável, na qual milhões de pessoas se entregam honesta e abnegadamente, é não compreender o verdadeiro fenómeno do “mundo” islâmico.
Como acontece em todas as redes de poder e de cultura, o “mundo” islâmico está sujeito a manipulações entrincheiradas num “habitat” ideológico, religioso e social dominante. A guarda da tradição no “mundo” islâmico assume a dimensão do “sagrado” como reacção a um outro “mundo” que a globalização vai revelando de forma deturpada. Os “fundamentalistas” do “mundo” islâmico - “guerreiros” até ao extremo do terror - não se consideram terroristas, mas “soldados” generosos numa guerra sem tréguas, atiçada em nome de um “todo” e de um “tudo” que explica a sua própria existência. Quanto mais o “mundo” ocidental reagir em dinâmicas de confronto – seja militar ou cultural - pior. É como um pêndulo de acção/reacção.
Não é possível acabar com visões “extremistas”, embora seja possível contê-las com um cuidadoso diálogo que, antes de mais, começa na necessidade de o “mundo” ocidental se interrogar sobre as suas próprias incoerências. Não se trata de uma guerra de civilizações, mas da mais velha guerra da humanidade entre “ricos” e “pobres”, cuja táctica de parte a parte é uma equação com inúmeras e tremendas variáveis. Um jogo perigoso que, a médio prazo, pode desencadear um bloqueio civilizacional sem precedentes.
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(Para ler mais, clique aqui)

Amigos da Ria e do Moliceiro criam novo barco

MOLICEIRO INSPIRA MOLIATE
A Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro vai avançar com um projecto de construção de um iate, que terá o perfil do célebre barco moliceiro, um ex-libris da Ria de Aveiro.
Esse iate terá condições de alojamento e conforto para estadas a bordo durante vários dias.
O projecto está à espera de autorizaçãodo Instituto Marítimo Portuário, para depois se iniciar a construção da nova embarcação, que vai chamar-se MOLIATE, uma mistura de moliceiro e de iate. Os custos rondam uma verba entre 35 e 50 mil euros.
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Fonte: JN

DOMINGO - Fernando Echevarría



Ficou-lhe a paz. Do tempo
em que, movido o olhar à santidade,
parávamos no campo vendo
correr a água e adubar-se o caule
que abrirá sua roda de sustento
à fadiga do homem, que uma coroa de aves
reconhece no ar, de estar aberto
à cálida saúde da passagem.
Depois da missa, pelo domingo adentro,
crescia essa saudade
fresquíssima de estarmos tão atentos
à tarefa que, sem nós, a tarde
cumpre na terra. E mesmo ao pensamento
que amadurece nas árvores,
tocadas de longe, no estremecimento
que se enreda por nós e em nós se abre.
Ficou-lhe a paz. O doce movimento
que nos inclina para a primeira idade.

Fernando Echevarría
a rosa do mundo 2001 poemas para o futuro
assírio & alvim
2001

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Ainda as caricaturas de Maomé

Mais uma achega
do
Cardeal-Patriarca de Lisboa
Para o Cardeal Patriarca de Lisboa, também os católicos já foram alvo de referências jocosas de mais ou menos gosto e não tiveram a mesma atitude de procura de vingança. "O facto de estarmos num ambiente de liberdade de expressão significa que eu não me indigno com isso, mas quando acontece magoa-me. A liberdade de expressão tem desses riscos: eu sei que, às vezes, magoo os outros. A grande diferença entre o horizonte ocidental e o horizonte que estamos a assistir nos muçulmanos é que eu manifesto a minha indignação de outra maneira, não vou pôr bombas nas embaixadas, nem bater nas pessoas na rua". O Cardeal-Patriarca vai ainda mais longe, ao afirmar que este é um problema muito mais político que religioso: "tenho visto comentadores a tentar pôr isto no âmbito do diálogo e do respeito inter-religioso, mas penso que, por trás disto, há mais estratégias políticas que questões religiosas".
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Fonte: RR

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