quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Homenagem a D. António Francisco em Cinfães


"É um testemunho importante para as gerações que vierem e vão ter oportunidade de conhecer um homem de corpo inteiro, de alma inteira", afirmou o bispo de Lamego. 

A "vida e missão" de D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto que faleceu em setembro de 2017, está simbolicamente perpetuada num monumento que foi inaugurado e benzido no dia 29 de agosto, dia em que completaria 70 anos, em Tendais (Cinfães), na Diocese de Lamego. 
"É um testemunho importante para as gerações que vierem e vão ter oportunidade de conhecer um homem de corpo inteiro, de alma inteira", afirmou o bispo de Lamego. Em declarações aos jornalistas, D. António Couto pensa que o monumento "não seria muito do agrado do Sr. D. António" que não era homem destas coisas mas "mais como os passarinhos, poisava ai em qualquer lado". 
Contudo, realça que as pessoas ao terem acesso à figura e às quatro frases, uma de cada diocese onde trabalhou - Lamego, Braga, Aveiro e Porto - vão ter de perguntar "quem é este bispo, quem é este homem e vão chegar mais ao coração de D. António Francisco dos Santos".
Uma estátua em bronze, com dois metros e 20 de altura, no topo de quatro patamares que evocam as referidas dioceses, é o monumento que foi inaugurado e benzido esta quarta-feira na Paróquia de Santa Cristina de Tendais, a terra natal do bispo que faleceu a 11 de setembro de 2017, aos 69 anos, na Casa Episcopal da Diocese do Porto, devido a uma complicação cardíaca. 
O escultor Hélder de Carvalho lembra que esteve com o bispo português apenas duas vezes e aproveitou a circunstância para ler sobre a sua vida e "o papel que foi desempenhando ao longo de uma vida" que gostariam "que tivesse sido mais longa". 
"Discutiu-se muito a questão do sorriso, sendo muitas vezes rasgado, achei por bem deixar um sorriso leve, independentemente do sorriso era uma pessoa ponderada, que naturalmente para lá do sorriso transparecia aquela serenidade e aquela calma", desenvolve o artista, acrescentando que "os traços e a fisionomia" não lhe "eram estranhos". 
Hélder de Carvalho adianta também que se teve em atenção aspetos ligados ao posicionamento da escultura, a localização onde ia ficar e o espaço disponível. 
Neste contexto, D. António Francisco dos Santos, que foi Bispo de Aveiro entre 2006 e 2014, está representado "numa situação de quem benze quem o contemplar", com o sorriso leve onde existe "o pormenor da mão direita numa cruz". 
"Chegou-se à conclusão que podia ser aquela cruz com que esteve no último dia que veio a Tendais. É um pormenor mas ajudou a representar, espero que condignamente, a figura do nosso D. António", acrescentou o escultor. 
O padre Adriano Pereira, Pároco de Tendais, acrescenta que no aspeto pastoral o bispo "desenvolvia toda uma ação em que procurava que as pessoas se envolvessem e se sentissem acolhidas". 
Para o sacerdote, o monumento na terra natal de D. António Francisco dos Santos evoca "a sua vida e a sua missão" e faz com que se continue sensibilizado e desperto para "o testemunho que ele deixou". 

Missa no primeiro aniversário da morte 

D. António Morteiro preside na Sé de Aveiro à missa do primeiro aniversário da morte de D. António Francisco. Dia 11 de setembro, às 19h00. 

Ag. Ecclesia / CV

NOTAS:

1. Transcrito, com a devida vénia, do Correio do Vouga;
2. Foto da Voz Portucalense.

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