quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Etnográfico não fechou portas durante a pandemia

José Manuel no Museu do Etnográfico

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) respeita as regras impostas pela pandemia, mas não aceita desânimos nem desiste do seu amor à etnografia. Sabe que tem responsabilidades perante o nosso povo e a Federação do Folclore Português, razão por que não pode virar as costas ao trabalho de mais de 40 anos, nem quer fechar as portas a todo um labor de pesquisas, estudos e divulgação das nossas raízes legadas pelos nossos avós.
Suspensas as dinâmicas de ensaios e participação em várias atividades, com compromissos que envolviam cerca de 60 mil euros, para o ano 2020, o Etnográfico cancelou ensaios do grupo e das danças de salão.

GEGN na Inauguração da Casa da Música

Em Agosto, para lembrar o Festival do Bacalhau, o GEGN organizou um Take away de bacalhau, que foi um sucesso, «para que os nossos amigos pudessem consolar-se com o fiel amigo», o que permitiu «amenizar um pouco a falta de receitas», necessárias para as despesas fixas, garantiu-nos o presidente da Direção, José Manuel Pereira.
Em Setembro, recomeçaram as aulas de música numa sala com mais de cem metros quadrados, «o que permite manter o distanciamento físico entre alunos e professores». E os participantes em danças de salão passaram a treinar exercícios físicos, respeitando as leis impostas pelo coronavírus.
Com a suspensão dos festivais de folclore, o GEGN «virou-se para a Casa Gafanhoa, integrada no Museu Marítimo de Ílhavo, pondo mãos a obras de beneficiação», nomeadamente, «reconstrução de mobiliário, alfaias agrícolas e de marinhas de sal, pinturas nas paredes das zonas do celeiro, alpendre, casa do tanque, pátio, zona de entrada, cozinha do fumo e cozinha interior», frisou José Manuel.
Referiu, entretanto, que a Câmara Municipal de Ílhavo, como proprietária do edifício, se comprometeu a pagar as despesas relacionadas com as obras exteriores, incluindo o telhado, cujos trabalhos foram entregues a um empreiteiro, já que «o grupo não tem gente qualificada para a execução dessas tarefas».
Outros trabalhos, mais relacionados com a história do Etnográfico, estão a ser executados, organizando um arquivo com todo o material que existe na sede e outro que venha a ser oferecido.
O presidente do GEGN fez questão de salientar que não há motivos para admitir a desmotivação geral dos componentes do grupo «porque todas as vezes que foram solicitados responderam ao chamamento» para as mais variadas funções.

Fernando Martins

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