Grupo Etnográfico (foto do meu arquivo) |
Ontem, cumpriu-se a tradição. O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, apesar do frio, deu sinal, com um cantar próprio desta quadra. Entrou em nossa casa com gargantas e instrumentos musicais afinados. Uma saudação amiga, sorrisos alegres, espírito aberto, simpatia franca. E os cânticos, que ocupam um lugar especial nas minhas memórias, décadas e décadas ensaiados e repetidos e no Cortejo dos Reis apresentados, na Gafanha da Nazaré e noutras bandas, ao ritmo de partilhas etnográficas enriquecedoras, encheram o nosso ambiente familiar.
A importância dos Grupos Etnográficos está na manutenção destas tradições, revividas para os mais idosos e ensinadas aos mais novos, se é que têm coragem de pôr de lado o teclado do telemóvel por simples momento que seja. Contudo, no grupo havia jovens, tocando e cantando, um sinal claro de que há no grupo etnográfico quem tenha sensibilidade para cativar e ensinar. E assim se passa o testemunho.
Um dos cânticos
Deus nos dê Festas Alegres
Com Seu divino amor
A Virgem Nossa Senhora
Deu à luz o Redentor
Cantemos nossas canções
Para visitar Jesus
Vamos ver Sua lapinha
Cheia da divina luz
A Gafanha da Nazaré
É esta sedutora
Damos graças ao Menino
E à Virgem Nossa Senhora
O presépio enfeitado
Nos espera e nos seduz
Para prestar homenagem
Ao que a Virgem deu à luz
Vamos indo pastorinhos
Com toda a nossa alegria
Visitar o Deus Menino
Filho da Virgem Maria
Vamos indo piedosos
Cada qual com sua oferta
Oferecer ao Menino
Que é dia da Sua festa
É o nosso Deus Menino
O Rei dos pobrezinhos
Oferecer-lhe ofertas
Dos humildes pastorinhos