Reportagem de Natália Faria
publicada no PÚBLICO de ontem
«Vêm da Ucrânia, Brasil, Angola, Itália, mas também Polónia, Espanha. À míngua de padres, a Igreja Católica entregou paróquias a dezenas de estrangeiros. Alguns, casados e com filhos. Trata-se — acusam os mais críticos — de mero remendo para um problema que reclama a ordenação de mulheres e homens casados.»
Vigário-geral da diocese de Aveiro |
“Fujo à ideia do sermão”
«Na diocese de Aveiro, dividida em 101 paróquias, contam-se cinco padres estrangeiros, nas contas do vigário-geral, o padre Manuel Joaquim da Rocha. “Chegámos a ter uma irmã religiosa que fazia a celebração da palavra numa paróquia, mas agora não. O que temos agora são diáconos responsáveis pela celebração da palavra nalgumas paróquias.” Em tudo iguais a uma missa, as celebrações da palavra distinguem-se pelo facto de não serem evocadas as palavras de Jesus na última ceia nem serem consagrados o pão e o vinho (são-no previamente por um sacerdote). Os diáconos permanentes podem ser casados e ter filhos e podem baptizar, presidir a casamentos, baptizados ou funerais. Não podem é dar a santa unção, ouvir os fiéis em confissão nem chamar missa à missa que efectivamente celebram. Para serem reconhecidos enquanto tal pela Igreja, têm de ter mais de 35 anos, uma vida estável na comunidade em que se inserem e passar por uma formação que os habilita a exercer aquelas funções.»
NOTA: Texto transcrito do jornal Público. Foto do meu arquivo.
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