Palácio do Buçaco na serra do mesmo nome. Sugestão para um passeio onde pode apreciar uma paisagem verdejante com história para recordar. Há museu sobre a Batalha do Buçaco que merece uma visita.
terça-feira, 1 de junho de 2021
Fazei isto em minha memória
Reflexão de Georgino Rocha
para a Festa do Corpo de Deus
“Ámen” – responde o cristão a quem lhe apresenta o “corpo de Cristo” no rito da comunhão, expressando a sua fé orante no pão eucarístico que vai receber. É o corpo de Cristo real e não virtual, ressuscitado e não físico ou meramente aparente e convencional, sacramental e não carnal. É corpo pessoal sacrificado que, tendo nascido da Virgem Mãe, se faz “corpo entregue e sangue derramado” na ceia da instituição da eucaristia, corpo eclesial na assembleia convocada para a celebração, corpo cósmico nas realidades temporais que se vão conformando aos valores do projecto de Deus que quer ser tudo em todos. Tudo concentrado na pequena hóstia!
A Igreja nasce e vive da eucaristia e, por mandato de Jesus, realiza-a como fonte e o cume de toda a sua missão. “Fazei isto em minha memória” – ordena Ele aquando da instituição. E a Igreja assim faz, conservando o memorial eucarístico nas diversas formas de celebração e acolhendo modos vários de manifestar a “ressonância” suscitada na piedade popular.
A festa do Corpo de Deus foi instituída em meados do século XIII, época em que se comungava muito pouco e se levantavam dúvidas sobre a «presença real» de Jesus na hóstia consagrada depois da celebração da Eucaristia. “A Igreja respondeu, não com longos discursos, mas com um ato: sim, Jesus está verdadeiramente presente mesmo depois do fim da missa. E para provar esta fé, criou-se o hábito de organizar procissões com a hóstia consagrada pelas ruas, fora das igrejas”.
segunda-feira, 31 de maio de 2021
O meu irmão
| Armando Grilo |
Estou numa fase da vida em que saboreio as boas memórias, as que estão bem aconchegadas no coração, com um prazer inolvidável. As más, que as há, por vezes intrometem-se comigo, mas de imediato são repudiadas. Não tenho tempo livre para elas. Mas as boas, essas sim. Acolho-as e até as embalo como quem embala um bebé, na esperança de as ver crescer para me animarem na vida.
Vem esta reflexão a propósito do Dia do Irmão que hoje se celebra, como se tal Dia não fosse todo o tempo do mundo. Os irmãos, como os pais e depois os filhos e netos, fazem parte integrante do nosso ser e das nossas vivências quotidianas, felizes os menos felizes. Por isso, para alguns, celebrar o Dia Disto ou Daquilo, não faz sentido. Contudo, temos de reconhecer que as celebrações de datas marcantes têm um lado positivo. Como acontece hoje. Embora o meu irmão Armando, que eu amorosamente tratava por Menino, esteja sempre na minha vida, a realidade é que, se não houvesse o Dia do Irmão, talvez eu não estivesse aqui, no meu blogue, a evocá-lo, partilhando com os meus leitores o amor fraterno que nos unia.
Se fosse vivo, o meu irmão teria hoje 79 anos (nasceu em 25 de Outubro de 1941 e faleceu em 27 de Março de 2007). Talvez trocássemos felicitações por telefone, talvez lhe enviasse um e-mail com um abraço, talvez conversássemos um pouco sobre a vida, talvez evocássemos momentos felizes, talvez falássemos dos nossos pais, talvez trocássemos impressões sobre as nossas famílias, talvez nos ríssemos das brincadeiras, sorrisos e marotices dos nossos netos. Que o meu irmão, o Menino, tinha uma rara habilidade para contar histórias dos netos. Era um autêntico ator. Estaria no palco da vida, que ele tanto amava, para a animar. E por aqui me fico. Hoje vou passar o dia com ele.
Um abraço
Fernando,
o teu mano, como tu dizias
domingo, 30 de maio de 2021
Fazer acontecer
Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
1. O Papa Francisco acaba de fazer oito anos de pontificado. Não é no espaço desta crónica que me atreveria a fazer o balanço do que representaram e representam esses anos no interior da Igreja católica, no movimento ecuménico, no diálogo inter-religioso, nas iniciativas para desenvolver uma nova ética económica, social, política e ecológica.
Teve de enfrentar resistências organizadas à reforma da Cúria romana, estancar os escândalos da banca do Vaticano e aplicar medidas drásticas para erradicar o cancro da pedofilia. Retomou de forma criativa as grandes intuições do Concílio Vaticano II. Mediante gestos, palavras, acções e iniciativas exemplares, mostrou o que deve ser uma Igreja de saída para todas as periferias. É a partir dessas periferias que a Igreja encontra o seu caminho e a sua missão no Mundo contemporâneo.
Os documentos que publicou abrangem as questões fundamentais do nosso tempo. Não é por acaso que vários líderes mundiais desejam que o Papa Francisco participe na Cimeira de Glasgow sobre a crise climática, em Novembro, pela “autoridade moral” da sua voz em relação à matéria e também por estar “acima da política e fora dos conflitos nacionais”.
Um poema para este domingo de Vitorino Nemésio
Senhor, nas minhas veias
Trago a morte medida.
Sou lâmpada de pobre:
Nem toda a noite a vida.
Já meu sangue estremece;
Veio uma asa ao lago.
Minha mão arrefece
Nestas coisas que afago.
Que maneira de amor
Fui, no menino ido!
Agora, seja o que for
Já no homem cumprido.
Até ao último fio
Poupei o dote divino.
O homem de Deus perdi-o;
Só salvei o menino.
Esse me leva e enche
Como uma onda do mar:
Minhas fraquezas preenche,
Que a grande força é brincar.
Já vai escurecendo;
O sangue pára de arder.
Agora, o que digo acendo
Para me não perder.
Vitorino Nemésio
Trago a morte medida.
Sou lâmpada de pobre:
Nem toda a noite a vida.
Já meu sangue estremece;
Veio uma asa ao lago.
Minha mão arrefece
Nestas coisas que afago.
Que maneira de amor
Fui, no menino ido!
Agora, seja o que for
Já no homem cumprido.
Até ao último fio
Poupei o dote divino.
O homem de Deus perdi-o;
Só salvei o menino.
Esse me leva e enche
Como uma onda do mar:
Minhas fraquezas preenche,
Que a grande força é brincar.
Já vai escurecendo;
O sangue pára de arder.
Agora, o que digo acendo
Para me não perder.
Vitorino Nemésio
In VERBO - Deus como interrogação na poesia portuguesa
ANDANÇAS: Farol do Cabo Mondego
O Farol do Cabo Mondego é mais antigo do que o Farol da Barra da Aveiro. O primeiro foi inaugurado em 1858 e o segundo em 1893.
O Farol do Cabo Mondego pode ser visto e visitado na Serra da Boa Viagem, onde nos oferece uma paisagem digna de registo.
sábado, 29 de maio de 2021
Santíssima Trindade regressa à Vera Cruz
Escultura da Santíssima Trindade
regressa à igreja da Vera Cruz
depois de trabalhos de conservação
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| Batistério da Igreja da Vera Cruz |
A escultura em barro da Santíssima Trindade regressou à Igreja da Vera Cruz. Depois de ter sido cedida, juntamente com outras obras de arte, para a exposição ‘Tesouros de Aveiro’, permaneceu no Museu de Aveiro em trabalhos de limpeza e conservação, retirando-se a sujidade e vernizes, que não permitiam ver o esplendor desta obra de arte sacra do melhor que Aveiro produziu. A Santíssima Trindade encontra-se no Espaço Museológico, regressando esta semana ao batistério depois de correções na estrutura que a apoiará.
Fonte: Texto: Canal Semanal. Foto: Google
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