quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Menino Tonecas
Um texto de Maria Donzília Almeida
Menino Tonecas - séc XXI
Foi caloroso aquele aperto de mão! Duas mãos de texturas opostas: uma de pele macia, bem cuidada, unhas tratadas, a outra áspera do trabalho árduo e cheia de calosidades.
O “Menino Tonecas”, como fora, carinhosamente, apelidado pelos filhos e netos, voltara à escola. De mochila às costas, nos finais da sua década de sessenta, há meia dúzia de anos atrás. O bichinho da aprendizagem, no gosto pelo saber, dificultado pelas vicissitudes da vida, voltara a reacender-se e lá aparecera, nas fileiras da frente. Apareceram-lhe professores mais novos, mais uns do que os outros, incluindo uma teacher, como ele pronunciava, que teve a veleidade de querer ensinar-lhe uma língua estrangeira! Apesar da repetição do velho provérbio que, eufemisticamente transcrevo: “A pessoas velhas não se ensina línguas!”, o Sr JC, não se amedrontava com o vaticínio. Já Camões dizia: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” e hoje, até se recomenda o estudo duma língua estrangeira, na passagem da vida ativa, para a reforma. Dizem ser uma boa forma de manter o cérebro, em funcionamento e assim afugentar um alemão, pronto a atacar os mais incautos e sedentários. Não me refiro ao tirano Hitler, que já está a fazer tijolo, há muito, mas a um seu conterrâneo, que lhe herdou a virulência, o tão temível, Alois Alzheimer, nascido em 1906. Do Alemão, basta-me a língua, para satisfazer a minha sede de conhecimento! Já marquei encontro, com a língua de Dante, que sempre me fascinou pela sua musicalidade!
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
O que pode uma pessoa fazer pela cultura
Manuel Serafim mostra as suas coleções
Manuel Serafim é um
gafanhão muito dado à cultura, sob várias formas, aliando a esse dom a arte de fazer amigos, a generosidade
de se dar e o gosto de se envolver nas mais diversas iniciativas comunitárias.
Agora na reforma
descobriu tempo para valorizar o amor pelo colecionismo, amor esse que lhe
vem de longa data. Mostra, por esta forma, como podemos continuar a ser úteis, numa
altura da vida em que muitos, reformados como ele, se quedam por aí com a cabeça
cheia de nada, alimentando conversas de café estéreis.
Daqui felicito o meu
amigo Manuel Serafim que, com a vida cheia, ainda consegue tempo para tantos
gostos que nos podem elevar a todos.
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Charles Dickens: nasce a 7 de fevereiro
Um texto de Maria Donzília Almeida
Charles Dickens nasceu no dia 7 de fevereiro de 1812, assinalando-se hoje, o bicentenário do nascimento do reputado escritor britânico.
Nome eterno na sua arte, Charles Dickens, foi considerado o mais popular romancista da era vitoriana, conquistando fama mundial com os romances e contos que escreveu. A sua escrita retrata a realidade do seu tempo e contribuiu decisivamente para a crítica social, na literatura inglesa, da forma como a conhecemos na atualidade.
A primeira formação foi-lhe dada pela mãe, em demoradas lições de Inglês e de Latim. Na sua infância e juventude, tinha como principal passatempo ler livros de Tobias Smollett, Daniel Defoe, Goldsmith, Henry Fielding, alguns dos seus autores preferidos.
O Espírito e a geografia curial
Um texto de João Aguiar Campos
Creio, sobretudo, que o Espírito continua a ser capaz de
entrar em todas as salas, estejam ou não abertas as portas, suscitando
impertinências que nunca O deixam prisioneiro
Realiza-se, dentro de dias, o IV Consistório do papado de
Bento XVI. Nele serão criados 22 novos cardeais.
Em Portugal olhamos para o acontecimento com um misto de
alegria nacional e eclesial, pois entre os eleitos está o vimaranense D. Manuel
Monteiro de Castro.
É normal este regozijo. É, aliás, compreensível que,
especialmente em momentos de crise, todos os pretextos sejam bons para levantar
o ego e fazer festa. Com uma ressalva, porém: que não se esqueçam, nas dobras
do bairrismo, os méritos do eleito - uma vez que a sua escolha pressupõe uma
vida pautada por sã doutrina, costumes, piedade e prudência.
Efeméride: falecimento do poeta Sebastião da Gama
7 de fevereiro
Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10
de abril de 1924 — Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor do Ensino Secundário.
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947, e exerceu a docência em
Escolas Industriais e Comerciais.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde
vivia, bem retratada no livro Serra-Mãe, de 1945, e à sua tragédia pessoal
motivada pela tuberculose.
O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um
belíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa
reflexão sobre o ensino. Trata-se de uma obra cuja leitura devia ser
obrigatória para todos os candidatos à missão de ensinar. E ainda para os
professores no ativo.
***
Pequeno poema
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama
Programa Thalassa, France TV 3, em Ílhavo
«Nos cem anos do Titanic - 1
Talheres do Titanic
Perante o andar dos acontecimentos e o «puzzle» que se tem vindo a completar, resolvi reorganizar e reescrever as minhas memórias dos talheres do Titanic existentes em Ílhavo, a que já dedicara alguns posts, em anos transactos.
Mas, como disse, a estória, longe de estagnar, avançou e tem vindo a atingir o auge, com algumas coincidências, cruzamentos de dados e interesses criados, perante o ano de comemoração do desditoso naufrágio do grande Titanic – 2012.
Opinávamos em escritos anteriores – Ílhavo na «rota» do Titanic. À primeira impressão, pareceria descabido, mas, o que é certo, é que acabámos de receber, há dias, a televisão francesa, do Programa Thalassa, France 3, que por Ílhavo permaneceu três dias, para gravar alguns depoimentos e plasmar algumas imagens acerca de artefactos (talheres) do fatídico navio, bem como acerca do fascínio que em torno dele se tem vindo a gerar.
Desde que me lembro, comecei, na juventude, a ouvir falar do Titanic, em casa dos meus avós maternos, onde hoje habito, a propósito, de umas simples, mas fortes e sóbrias colheres de sopa, de prata, com uma estrela relevada, na extremidade do cabo, logotipo da White Star Line.»
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