sexta-feira, 20 de novembro de 2020

CELEIRO ABANDONADO?

 


À beira do caminho de zona agrícola, na estrada entre a Costa Nova e a Vagueira, outrora de agricultura próspera bastante badalada na região, encontrei este celeiro a caminho do fim. A velhice não perdoa e as coisas são como as pessoas.

SEREMOS JULGADOS PELO AMOR

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXXIV do Tempo Comum



Cenário majestoso realça a importância da figura central e contrasta com a simplicidade dos convocados, a sobriedade das alegações, a contundência da sentença. A solenidade da grande assembleia é patente: anjos rodeiam o homem que está sentado num trono de glória, nações inteiras aparecem dos cantos da terra, o universo converge no mesmo espaço e testemunha o acontecimento. A acção a realizar é extraordinariamente simples, semelhante à de um pastor que, ao cair da tarde, ou ao chegar o tempo invernoso, recolhe o rebanho, separando as ovelhas dos cabritos. Mt 25, 31-46. Mas simboliza o nosso futuro definitivo. 
A imagem pastoril ilustra, de forma acessível e eloquente, a mensagem que Jesus pretende “passar” aos discípulos de todos os tempos: a opção pelo futuro constrói-se no presente, a semente contém, em gérmen, a árvore, a relação solidária vive-se em atitudes concretas, a glória do Pai brilha nos gestos de fraternidade, a atenção aos “pequeninos”, a quem a vida não sorriu por malvadez humana, manifesta o reconhecimento de quem se identifica com eles e por eles vela com a máxima consideração. 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

AVEIRO - PIRÂMIDES

Imagem para não se perder



Sempre me soube bem mexer e remexer nas gavetas. É que, de vez em quando, lá vêm, com esse mexer e remexer, recordações de tempos que já lá vão, há muito! Escrevi este texto em Agosto de 2008. Misteriosamente, ou talvez não, a foto que agora republico fugiu do meu blogue. Aqui fica para a história. 

Bernardo Santareno - Meditação



«Se para lá do leito que limita este mar profundo, houvesse um outro mar ainda mais fundo e depois deste um terceiro e outro e outro… se através de todos estes mares, eu fosse descendo em vertigem… se assim descendo, me fosse esquecendo de ideias, imagens, desejos e afectos… se depois do último mar, de mim restasse somente um simples ponto luminoso, brilhante num túnel de treva densa… se eu vencesse a angústia, o terror, o desértico vazio deste túnel negro… se eu suportasse o silêncio terrível desta noite cerrada e sem estrelas…: Então, talvez eu pressentisse a madrugada que se evola do sorriso de Deus… talvez eu ouvisse a Música inefável, oculta para lá do humano silêncio… talvez eu fosse penetrado pela alegria de Deus, pela simples claridade de Deus: tão pura e tão simples, que nenhuma das palavras que os homens sabem a pode conter!... Só então, ultrapassados abismos de mares sucessivos, perdido das minhas mãos e do fruto que as chama, cortadas as raízes da minha voz de sangue, separados os meus gestos das aves que os voam… só então, aniquilado, perdido de mim, um simples ponto luminoso na treva mais absoluta… só então, verei a luz virgem, oculta no riso de Deus!» 

In “Nos mares do fim do mundo”, 
de Bernardo Santareno

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

BERNARDO SANTARENO - Médico e Dramaturgo



«A propósito do centenário do nascimento de Bernardo Santareno, celebrado a 19 de novembro de 2020, o Museu Marítimo de Ílhavo e a Biblioteca Municipal de Ílhavo vão lançar, entre os dias 19 e 22 de novembro, um conjunto de vídeos nas respetivas páginas de Facebook, que evocam a obra do dramaturgo e médico da frota bacalhoeira.
Durante quatro dias serão lançados dois vídeos por dia (um de manhã e outro à tarde), com leituras de excertos da obra de Bernardo Santareno, alguns dos quais encenados: “Nos Mares do Fim do Mundo”, encenado por alguns participantes em projetos de teatro de comunidade do Município de Ílhavo; “Heróis do Mar”, encenado por jovens do grupo de teatro Mar Alegre; e poesia, recitada por colaboradores da Câmara Municipal de Ílhavo.»

NOTA: Imagem e texto do MMI. Ver programa aqui 

MULHERES NA BIBLIOTECA DOS PAPAS



Cardeal José Tolentino Mendonça assinala que «não é possível fazer a história da Biblioteca dos Papas sem iluminar o contributo das mulheres: mulheres escritoras, mulheres artistas, mulheres teólogas, mulheres protagonistas da vida da Igreja, mulheres mecenas, mulheres criadoras, mulheres de ciência e de cultura. E tudo é hoje assim. Basta pensar que mais da metade da comunidade de trabalho que faz funcionar a Biblioteca Apostólica do Vaticano é constituída por mulheres».

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

BREVES: António Aleixo, IMI, Prisões, Covid-19

António Aleixo, poeta popular, 
morreu no dia 16 de novembro de 1949,  em Loulé.  Tinha 50 anos

A arte é força imanente,
Não se ensina, não se aprende,
Não se compra, não se vende,
Nasce e morre com a gente...

Ler mais quadras de António Aleixo 



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Covid-19 em Ílhavo

A Câmara Municipal de Ílhavo tem informação detalhada sobre o Covid-19 na área do município, nomeadamente, sobre as medidas aplicadas pela edilidade, no âmbito das ações de mitigação do surto pandémico que tanto nos condiciona e preocupa. Há outras informações úteis. Pode ver aqui. 

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CMI aprova redução do IMI

A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou os valores que integram o Pacote Fiscal Municipal para o ano de 2021, com a redução do IMI (que passará de 0,35% para 0,33%), e da participação variável no IRS (que descerá de 0,5% para 0,4%), mantendo as atuais reduções do IMI Familiar e o valor da Derrama.

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Fim das prisões?

Manuel Hipólito Almeida dos Santos, presidente da Obra Vicentina de Auxílio aos Reclusos, defendeu hoje no PÚBLICO o fim das prisões. E sublinhou: “A luta pelo fim da escravatura foi grande. Temos de fazer igual para as prisões”. 

domingo, 15 de novembro de 2020

A INTERNACIONAL DO ÓDIO

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO



Nesta era de extremismos, à esquerda e à direita, 
reafirma-se a tentação de responder ao ódio com mais ódio. 
São outros os caminhos da política da justiça e da paz.


1. Nós existimos, nós perseveramos no que somos a partir da palavra e do desejo do outro. Tornar-se humano é tornar-se solidário, não apenas com o seu grupo identitário – isso também fazem as formigas – mas exactamente com o estranho, aquele que caiu em desgraça e sobrevive abandonado [1]. É esta observação que guiará esta crónica.
A UNESCO declarou 10 de Novembro Dia Mundial da Ciência para a Paz e o Desenvolvimento. O Conselho Português para a Paz e Cooperação divulgou um texto, de Federico Carvalho, para marcar esta data importante: “Às mulheres e homens que trabalham em Ciência, os trabalhadores científicos, cabe a particular responsabilidade de agir no seio da sociedade em que se integram, mas também como cidadãos do mundo, para que as aplicações do conhecimento científico sejam postas ao serviço do progresso social, que compreende o desenvolvimento económico e cultural, no quadro de uma utilização sustentável dos recursos naturais do planeta. São objectivos que exigem a abolição da guerra nas relações entre estados e nações e o fim de conflitos internos, com o estabelecimento de uma Paz duradoura. Não se trata de uma escolha entre alternativas, trata-se da sobrevivência da humanidade. (...) Nos nossos dias, graças à evolução dos meios técnicos de transporte e de comunicação, as ligações entre países, regiões, continentes, estabeleceram-se a um nível sem precedentes, facilitando a mobilidade de pessoas e bens. Esta realidade é responsável pela rápida propagação da pandemia que, ao contrário do que aconteceu no passado com outras situações pandémicas, hoje estende-se a todo o planeta, atingindo, em maior ou menor grau, o conjunto da população.” [2]

sábado, 14 de novembro de 2020

DIA MUNDIAL DA DIABETES

 



Celebra-se hoje, 14 de novembro, o Dia Mundial da Diabetes para esclarecer as pessoas sobre a doença e para divulgar as melhores maneiras de a evitar. Por enquanto, não há cura para esta doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Contudo, os médicos têm processos que permitem orientar os pacientes diabéticos para levarem uma vida normal. Importa que os doentes sigam rigorosamente os conselhos médicos para evitarem complicações causadas pela diabetes. Como diabético, procuro cumprir as recomendações do meu médico, tomando, rigorosamente, a medicação prescrita. 
O Dia Mundial da Diabetes nasceu em 2007, depois da aprovação da ONU em 2006. O dia 14 de Novembro coincide com o aniversário de Frederick Banting, o qual, com Charles Best, avançou com a primeira ideia que levou à descoberta da insulina em 1922. 
Cerca de 400 milhões de pessoas no mundo sofrem de diabetes e 5 milhões morrem por ano devido a esta doença. 
O símbolo apoia-se no significado do círculo e da cor azul. Ambos representam a união de todo o mundo com um objetivo: encontrar a melhor forma de lidar com a diabetes.

Forte Novo ou Castelo da Gafanha vai ter vida nova

Um investimento de 5,6 milhões de euros


O Forte Novo ou Castelo da Gafanha, também conhecido por Forte da Barra de Aveiro, vai ter vida nova. Uma sociedade imobiliária, AM+PM, sediada em Coimbra, com atividade no setor hoteleiro, foi escolhida para a concessão do Forte, na Gafanha da Nazaré, com vista a uma reconversão no âmbito hoteleiro, com 50 quartos, alojamento local e outros projetos de vocação turística, estando previsto um investimento de 5,6 milhões de euros. O concurso foi enquadrado no âmbito do programa REVIVE, pelo prazo de 50 anos, mediante a renda mínimo anual de 6444 euros.
A cerimónia da assinatura do contrato aconteceu nas instalações do Porto de Aveiro, no passado dia 28 e outubro, e contou com a presença da Secretária de Estado do Turismo, da Secretária de Estado do Património Cultural, da Presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro (APA), Fátima Alves, e do Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Fernando Caçoilo. 
O autarca ilhavense destacou a importância do investimento naquele espaço, tendo sublinhado que este projeto concretiza um «um sonho e uma ambição bem antigos», num espaço nobre na cidade da Gafanha da Nazaré, «carregado de memórias e vivências e que diz muito às gentes da freguesia, do Município de Ílhavo e da própria região». 

O Papa Francisco confessa-se. 2

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias



1. Penso muitas vezes na solidão do Papa. Chega ao Vaticano, que não conhece por dentro, concretamente, a sua secular e gigantesca burocracia. Não tem mulher nem família com ele. E os amigos?! Sabe que os seus gestos, atitudes, discursos, homilias, tudo será escrutinado até ao mínimo pormenor. Vive e trabalha num palácio, guardas fazem-lhe continência ao passar. Aquele palácio é testemunha de muitas histórias, ao longo do tempo, tantas vezes nada, mesmo nada, edificantes, pelo contrário, revelando o pior da natureza humana e do poder, sobretudo quando absoluto. Dali também se transmitiu imensa esperança a milhões de pessoas em todo o mundo, e isso constitui mais uma preocupação: o que fizer vai influenciar um número incalculável de vidas. O Papa é um dos homens mais poderosos do mundo. No entanto, deve sentir-se tantas vezes só... Até sabe que, resignando, não é livre de escolher o lugar onde quer viver os últimos dias em tranquilidade. De facto, como ex-chefe de Estado, quem assume a responsabilidade da sua segurança? Pensei nisso quando recentemente o ex-Papa Bento XVI esteve na Alemanha para despedir-se do irmão em finais de vida e de como ruas ficaram encerradas, com soldados a guardar os telhados. É sabido que Paulo VI pensou em resignar e não ficaria no Vaticano, mandou preparar quartos num convento... Francisco, quando resignar, não quereria ficar no Vaticano, complicando a vida do sucessor, mas... 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

ARES DO OUTONO: JARDIM OUDINOT

O outono no Jardim Oudinot na Gafanha da Nazaré - Foto de Carlos Duarte

O casamento do castanho outonal com o verde da esperança é um desafio à nossa imaginação, sobretudo se ela anda toldada pela dor pandémica sem fim à vista. A beleza de qualquer estação ameniza as nossas inquietações. Bom fim de semana, apesar dos confinamentos. 

PICASSO NO MEU SÓTÃO


Tenho um Picasso em casa. Aí está uma fotografia com as suas cores claramente definidas. Eu gosto muito dele, mas não está à venda. Foi oferta da minha filha, há bons anos. Não é uma litografia nem coisa parecida. Muito menos uma serigrafia. É simplesmente um azulejo. Mas que é bonito, lá isso é.

DIA MUNDIAL DA BONDADE



Para começar o dia, sexta-feira, 13, nada melhor do que celebrar a BONDADE. Sim! Hoje é o Dia Mundial da Bondade. Foi em 1998 que teve lugar em Tóquio a primeira conferência do Movimento Mundial pela Bondade, mas, curiosamente, fala-se mais disso, entre nós, na época do Natal. E afinal o que é que se pretende? Coisa simples: que todos contribuam para reavivar no mundo o sentido de bondade das pessoas, nesta sociedade tão carente de afetos, de ternura, de paz.
Diz a minha fonte que importa cultivar este sentimento por tantos de nós esquecido para sentirmos uma felicidade tranquila e sedutora. Uma palavra amiga, um obrigado a cada instante das nossas relações, um sorriso, um gesto carinhoso e a oferta de uma flor, por exemplo, são sinais concretos de que sabemos ser bons. Por esta forma,  estaremos a plantar raízes da cultura da BONDADE.

RESPONSÁVEIS E ACTIVOS

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXXIII do Tempo Comum


 
Juízo severo, sentença drástica. Quem o poderia imaginar? (Mt 25, 14-30) O desfecho da parábola dos talentos é surpreendente, desconcertante. O “chamado” servo mau não faz mais do que proceder de acordo com as regras do tempo e do modo de ser do seu patrão: aceita o encargo, guarda com cuidado o talento e apresenta-o, sem desfalque, no regresso do senhor, acompanhando a entrega com uma justificação plausível. O seu comportamento está motivado pelo modo de ser do patrão: ter medo de quem é severo, saber de antemão que não pode falhar, pois ele quer colher onde nada semeou. Por isso manteve a rotina e fez como era hábito: escolher um local seguro, enterrar cuidadosamente o objecto recebido, gravar na memória esse local e, tranquilo, descansar aguardando o momento da reposição. 
A sentença aponta a novidade da mensagem a viver e transmitir: importa mais a atitude do que o resultado, o risco do que a segurança, o investimento do que a poupança, a abertura aos outros do que o encerrar-se sobre si mesmo, o uso responsável da liberdade do que a obediência servil e tacanha. Como se verifica nos servos bons e há-de verificar em nós, se formos fiéis.. 
“A identidade cristã, afirma Tomás Halik, teólogo Checo, não está enraizada no imobilismo, mas sim no movimento do Espírito que atua na história para conduzir os discípulos de Jesus cada vez mais fundo na plenitude da verdade… O que eu peço é uma cultura do discernimento espiritual e a promoção daqueles valores que levam ao coração do Evangelho e a uma resposta corajosa e criativa aos “sinais dos tempos. 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

OUDINOT - A PINTURA QUE NÃO FIZ


De uma passagem breve pelo Jardim Oudinot. Não é tempo de multidões, mas de silêncios sentidos. 

GONÇALO RIBEIRO TELLES CONTINUARÁ ENTRE NÓS


Gonçalo Ribeiro Telles morreu ontem. Tinha 98 anos. Morreu, mas o seu exemplo continuará vivo entre nós. A comunicação social não deixará de traçar o seu percurso cívico, profissional e humano. Assinalo aqui o facto porque tinha por ele uma grande admiração desde que passei a conhecê-lo, concretamente depois do 25 de Abril. Cativavam-me a sua serenidade e o seu testemunho enquanto cidadão interventivo em várias frentes. Mas ainda a sua teimosia na defesa daquilo que mais o preocupava ao nível do ambiente e do planeamento do território, que não podia deixar de ser projetado com perspetivas de longo prazo. Monárquico convicto, sabia conviver e respeitar os cidadãos dos mais diversos quadrantes. 
As marcas do seu testemunho cívico deixaram raízes que hão de perdurar entre os portugueses de bom senso. São estes os meus votos.  

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

CHAFARIZ SÓ PARA VISTA

 

Este chafariz, bem perto do Farol da Barra, Gafanha da Nazaré, está por ali desde que tenho memória. Tinha uma bica de água que o pessoal saboreava para se refrescar, sobretudo em tempo de canícula. Como a placa indica, é Património do Estado, o que significa que não tem "dono" por perto. A sair pela ameia do "castelo" há uns arbustos que, decerto, foram semeados pelo vento e regados pela chuva. Só falta a água a sair da torneira, mas até talvez nem se justifique, porque a água está cara. E quem tiver sede pode passar pelos cafés e bares que os há em abundância. 

DIA DE SÃO MARTINHO




Apesar de não estarmos em maré de festas, por razões sobejamente conhecidas, resolvemos celebrar ontem, por antecipação, o Dia de São Martinho de Tours, que foi militar, monge e santo católico, tendo vivido entre 316 e 397. Foi simples: Nós e dois filhos jantámos com toda a simplicidade e comemos castanhas assadas, regadas com jeropiga. Respeitámos as regras da pandemia: máscaras que tirámos apenas na hora da refeição, distanciamento à mesa, e não só, e nada de abraços, beijos e outros afetos ou mimos... Com os outros filhos faremos o mesmo num outro momento. Está combinado. 
São Martinho ficou famoso por ter partilhado a capa que o agasalhava do frio de há séculos, que seria sensivelmente igual ao de hoje, com um mendigo. E diz a estória que, de repente, o frio desapareceu. Então, continua a estória, ficou registado que neste dia teríamos sempre o Verão de São Martinho, em jeito de homenagem a quem olhou com amor para o pobre. Enquanto estou a escrever esta nota está por aqui uma temperatura amena. 
Bom dia de São Martinho  para todos, com ou sem castanhas assadas e jeropiga.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

PONTOS E PONTES DE ACESSO


NOTA: Não faltam oportunidades para ficarmos a conhecer marcas identitárias das nossas terras e suas gentes. Há sempre algo a descobrir e a divulgar, sendo certo que a aprendizagem nunca terá um termo. E quando se vive num ambiente de partilha, tudo será mais fácil. 

UM POEMA DE MIGUEL TORGA



A LARGADA

Foram então as ânsias e os pinhais
Transformados em frágeis caravelas
Que partiam guiadas por sinais
Duma agulha inquieta como elas...

Foram então abraços repetidos
À Pátria-Mãe-Viúva que ficava
Na areia fria aos gritos e aos gemidos
Pela morte dos filhos que beijava.

Foram então as velas enfunadas
Por um sopro viril de reacção
Às palavras cansadas
Que se ouviam no cais dessa ilusão.

Foram então as horas no convés
Do grande sonho que mandava ser
Cada homem tão firme nos seus pés
Que a nau tremesse sem ninguém tremer.

Miguel Torga

NOTA: Poema publicado no meu blogue há dez anos

PAISAGEM EXÓTICA

Pintura a óleo sobre placa de madeira. Oferta de uma amiga cuja memória hoje evoco. Vejo-a todos os dias quando entro no meu sótão. 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

POSTAL ILUSTRADO: ÂNCORA


A âncora é um símbolo da segurança que os homens e mulheres da ria e do mar conhecem bem. Aqui, no espaço anexo à marina da ANGE (Associação Náutica da Gafanha da Encarnação), descansa das fadicas de uma vida decerto agitada.

JORGE RIBAU APRESENTA CALDEIRADA DE ESPINHAS





Eng. Civil de profissão, o Jorge Ribau tem um gosto especial pela cozinha. Gosto que se tornou paixão, ao ponto de enfrentar desafios na TV à vista dos telespetadores e de membros de um júri à altura. Em 2016 ganhou o primeiro prémio na categoria de bacalhau com o prato grão com samos. E recentemente concorreu com uma caldeirada de espinhas de bacalhau. 
O Jorge Ribau apostou em produtos típicos das nossas gentes, samos e espinhas de bacalhau, que nos tempos da minha meninice eram apreciados pelo povo. Agora, todos apreciam. Eram então subprodutos do fiel amigo, mas como a necessidade aguça o engenho, o povo soube dar-lhe a volta e criou autênticos petiscos. 
Este gosto pela cozinha nasceu cedo na sua vida. Estou a vê-lo à volta dos tachos a apreciar gestos, saberes, gostos, temperos e alguns segredos da sua avó materna, a Dona Aurora Conde, a responsável pela cozinha da família, senhora por quem sempre tive uma admiração especial. Tenho para mim que o Jorge Ribau está desta forma a homenagear a sua avó Aurora, o que acho muito bem. 
Parabéns Jorge (Jojó... para mim e para os amigos mais próximos), mas não podes ficar por aí. 

NOTAS:

1.O concurso decorreu no âmbito do programa “A mesa dos portugueses”;
2.O concurso envolve cinco categorias: entradas e sopas, peixe, bacalhau, carne e sobremesas;
3.A receita desta caldeirada tem espinhas, batatas, tomate, cebola, alho, sal d'unto, pimenta branca, louro, salsa e açafrão. 

domingo, 8 de novembro de 2020

COVID-19: Recolher obrigatório



O Governo decretou o recolher obrigatório entre as 23 e as 5 horas nos dias de semana, a partir de segunda-feira (dia 9) e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia, território onde vivem mais de 7 milhões de portugueses. O executivo determinou ainda que, ao fim de semana, o recolher obrigatório se inicia a partir das 13 horas nos mesmos 121 concelhos. O Primeiro Ministro, António Costa, justificou as novas medidas com o facto de ter havido este sábado mais de 6000 novos casos e 2420 pessoas internadas, 366 das quais nos cuidados intensivos. Conforme pode ler-se no link, o concelho de Aveiro está abrangido, mas Ílhavo não faz parte da lista.

SINAL DE PASSARADA


 A Nina é uma gata com sentidos apurados. Foi visitar-me ao sótão, hábito que cultiva há muito, e foi para a janela apreciar o ambiente, julguei eu. De repente, o instinto sobressaiu. A passarada passeava tranquilamente na cobertura e a Nina ficou muito atenta a pensar na forma de caçar um qualquer passarito. Desta vez não teve sorte.

DEUS NÃO É UM RIVAL

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

A grandeza e beleza do universo 

 Frei Bento Domingues
1. A Humanidade de Deus [1] é o título do primeiro volume que reúne algumas das minhas primeiras crónicas no PÚBLICO. Por razões de trabalho, tive de revisitar a introdução que escrevi para essa minha colectânea. Hoje, parece-me que foi a procura de fidelidade, à significação implicada na escolha desse título, que explica a alegria que encontro nos gestos e textos do Papa Francisco e dos quais tenho procurado dar testemunho em algumas crónicas dos últimos anos.
Encontrei, nessa introdução, a referência a um acontecimento dos agitados anos 50 do século passado, que provocou em mim, para sempre, o desassossego teológico.
Eram anos em que se consumava a repressão das vozes livres na Igreja, retomada nos finais do século XIX e na primeira metade do século XX. Esse acontecimento, aparentemente banal, foi para mim o encontro com um texto dos anos 30, recomendado por Paul Denis, um professor que buscava as fontes dos rios filosóficos e teológicos a partir da sua foz, o mundo contemporâneo.
Em 1935, pediram a Yves Congar O.P. para comentar os resultados alarmantes de um Inquérito realizado pela famosa revista La Vie Intelectuelle, sobre as “razões da descrença actual”!
Depois de analisar o longo processo de divórcio entre a Igreja e os movimentos científicos, culturais e sociais, que agitaram a gestação do mundo moderno, sintetizou-o numa expressão que me marcou: “a uma religião sem mundo, sucedeu um mundo sem religião.”

sábado, 7 de novembro de 2020

O Outono em casa


O Outono mora cá em casa. A ideia partiu da Lita, um dia destes, quando cirandámos pelo Jardim Oudinot. Enquanto eu fotografava as paisagens circundantes, com ria e horizontes de perto e de longe, a Lita apreciava a natureza que por vezes nos passa ao lado. Folhas espalhadas pelo chão e um ramo verde que o vento arrancou seduziram-na. E em casa expos o seu Outono que aqui partilho. Bom fim de semana, com muita saúde e otimismo. Dias melhores hão de vir. 

O Papa Francisco confessa-se. 1

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Aura Miguel, da RR, com Papa Francisco

1. Francisco é o Papa que mais entrevistas deu. É claro que, ao conceder entrevistas a grandes meios de comunicação social mundiais, acaba por falar mais directa e espontaneamente de temas que nem sequer apareceriam se se mantivesse nos pronunciamentos formais de homilias e documentos oficiais. De facto, os jornalistas são curiosos e fazem perguntas que o grande público também gostaria de fazer. 
Acaba de ser este o caso com uma longa entrevista concedida ao director da agência italiana AdnKronos, Gian Marco Chiocci. Concedida na sequência e no contexto da destituição do cardeal Angelo Becciu, acusado de ter desviado fundos normalmente destinados aos pobres, para beneficiar a sua família, Francisco declara que a corrupção é “um mal antigo que se transmite e se transforma nos séculos”. Na Igreja, “a corrupção é uma história cíclica, repete-se, depois vem alguém que limpa e põe em ordem, mas depois recomeça-se, na expectativa que chegue outro para pôr fim a esta degeneração.” Numa Igreja para os pobres, mais missionária, não há lugar para quem enriquece e faz enriquecer o seu círculo, vestindo indignamente a batina. “A Igreja é e permanece forte, mas o tema da corrupção é um problema profundo, que se perde nos séculos. No início do meu pontificado fui ao encontro de Bento XVI. Ao passar-me a ‘pasta’, entregou-me uma caixa grande, dizendo: ‘Está tudo aí dentro, estão os procedimentos com as situações mais difíceis, eu cheguei até aqui, afastei estas pessoas, e agora... cabe a ti.’ E eu não fiz mais do que recolher o testemunho do Papa Bento, continuei a sua obra.” 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

ESTAI PREPARADOS, VIGILANTES E ACTIVOS

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXXII do Tempo Comum



Insensatas, umas e prudentes, outras. Assim se divide o grupo das jovens que aguardam a chegada do noivo da amiga. Néscias, umas e sábias, outras. Qual o critério para esta distinção, se o grupo todo se diverte durante o tempo da espera, se está apetrechado com as lanternas para iluminarem o cortejo nupcial, se escuta o mesmo anúncio, sente o correspondente apelo e entra num mesmo corrupio: “Eis que chega o noivo, ide ao seu encontro”? Mt 25, 1-13. 
Jesus, o autor das parábolas agrupadas numa só, pela comunidade de Mateus, por razões que têm a ver com a compreensão da última vinda do Senhor, quer dar uma resposta clara aos discípulos preocupados com a chegada do reino dos Céus e com os sinais que a manifestam. E a resposta começa assim: “Cuidado, para que ninguém vos engane”, e prolonga-se por uma série de ensinamentos apresentados em parábolas, sentenças, recomendações. O cenário, onde esta “catequese” ocorre é o Monte das Oliveiras que, segundo a tradição, seria o espaço assinalado para esse derradeiro acontecimento. Aqui tem início, pouco tempo depois, o drama da paixão que leva Jesus à morte e à ressurreição. 
O ensinamento da parábola das “virgens loucas e prudentes” desloca o centro de preocupações dos discípulos e, neles, o de todos os que se preocupam com o futuro. Mais do que saber quando e como acontece, importa estar preparado e vigilante, saber agir a tempo, tomar providências adequadas, alimentar a chama da esperança, aguentar os desafios da “noite” que parece interminável, manter-se activo e interveniente, ir ao encontro da “notícia” que pode surpreender-nos. Eis que chega Aquele por quem ansiamos. Está aí, não o vedes? 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

A VOLTINHA DOS TRISTES

O Forte da Barra com marina
O grande espaço com as palmeiras 
O Farol sempre nos nossos horizontes
Traineira a caminho da pesca 
O inverno saiu à rua 

Um pouco trôpego como resultado do confinamento e do receio de contágio que teima em nos assustar. Sim!... Não nego que me assusta a ideia de poder vir a ser contaminado pelo Covid-19 por distração, desleixo de minha parte ou fruto de contactos inesperados. Em casa, julgo que estou seguro, mas há sempre quem tenha de passar por aqui por razões compreensíveis, familiares ou pessoas que vêm em trabalho. 
A cabeça, a minha sobretudo, tem de estar ativa, fresca e inquieta. Doutro modo, o incómodo manifesta-se e mexe com todo o corpo. Foi isso que senti. E para afugentar maleitas fomos dar uma volta. A chamada voltinha dos tristes: repetitiva, mas não assim tão triste. Os mesmos espaços, as mesmas paisagens, os mesmos ares marinhos, os mesmos reflexos na laguna e arredores, as mesmas nuvens que enfeitam o céu de vez em quando. E depois o regresso, com juras de que havemos de mudar de rumo. 

F. M. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Joana Gramata

Figuras da nossa terra 


Joana Gramata, natural de Ílhavo, nasceu a 28 de novembro de 1788, filha de António Fernandes Cardoso e Luísa Francisca. 
Estabeleceu-se nas Gafanhas com os seus pais até 1805, altura em que contrai matrimónio com o vaguense José Domingues Graça, pastor. 
Esta mulher é também muito conhecida pelas suas alcunhas: “Joana Maluca” pensa-se que devido ao primeiro marido ter falecido louco; e “Joana, a Gramata”, que, segundo o Padre Vieira Resende, talvez esteja relacionada com o facto de esta se ter fixado num local da Gafanha onde é abundante a gramata, uma planta marinha. 
Joana Rosa de Jesus tem com o seu primeiro marido, José Domingues Graça, um total de 11 filhos (só dois faleceram sem deixar descendência), o que lhes permite congregar muitos aforamentos na Gafanha, devido à capacidade laboral da família mais próxima para amanho deste terrenos. Esta vasta prole permite-lhe contribuir, sem sombra de dúvidas, para a fixação neste local inóspito de população, daí que se atribua a esta matriarca o epíteto de povoadora da Gafanha. 
Além da sua contribuição para demografia da Gafanha, o seu papel social fica definitivamente marcado nas gentes desta terra ao ceder o local para a construção da Capela de Nossa Senhora da Encarnação na sua propriedade, junto à sua casa, dando assim um passo decisivo para a edificação deste local de culto. 
A importância desta senhora é de tal ordem que diversas personalidades da época lhe retribuíam amizade, como é o caso de José Estêvão, que a visitava quando passava férias na Costa Nova. 
Joana Rosa de Jesus faleceu a 28 de janeiro de 1878 com 89 anos. 


NOTAS:
1. Estudo elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) elaborado no âmbito do projeto "Se esta rua fosse minha";
2. A Rua Joana Gramata localiza-se na Gafanha da Encarnação e é referida no Plano Geral de Urbanização das Gafanhas (1984). No entanto, ainda não foi localizada a criação do topónimo pelo Centro de Documentação de Ílhavo; 
3. Quanto ao Beco Joana Gramata, antiga Travessa Joana Gramata, localizada também na Gafanha da Encarnação, foi atribuído em 5 de maio de 2008 (Ata da Câmara N.º 12/2008), por proposta da Comissão Municipal de Toponímia; 
4. Falam os Munícipes: Bruno Pinto, colaborador da Câmara Municipal de Ílhavo, viu-se com o desafio, aquando do lançamento do número da revista “A Nossa Gente”, dedicado a Joana Rosa de Jesus, de arranjar uma imagem que representasse esta figura. Assim, baseado nas descrições da época que descrevem esta senhora, nasceu a ilustração abaixo.

OBJETOS QUE FALAM: Faca de Escala



As facas de escala nas mãos certas eram instrumentos de precisão e rapidez, vários escaladores afirmam também que nem todos eram capazes de ter a agilidade suficiente para ‘tratar do peixe’. 

Elmano Pio da Maia Ramos, que iniciou a sua vida no mar como piloto e mais tarde foi imediato e capitão, descreve como eram selecionados os homens para a função de escalador: 
"Todos os anos o Imediato escolhia ou perguntava quem é que tinha menos medo de trabalhar com a faca. Sim é preciso ter-se coragem, estar ali a trabalhar com uma faca bem afiada. Havia os que diziam ‘eu quero ser!’. Então eles iam praticar. É claro que o peixe ficava mal escalado, porque é natural. Mas depois de terem praticado começavam por substituir algum que adoecesse." 

"Um bom escalador tinha que conseguir fazer 16 peixes por minuto." afirma com um certo tom de satisfação o antigo escalador do arrastão "David Melgueiro", José Simões Marques. 

Com facas tão afiadas era usual ocorrerem acidentes. O cozinheiro Manuel Pinto recorda que chegou a ser enfermeiro e a realizar vários curativos aos colegas que na azáfama de escalar o bacalhau acabavam por fazer golpes nas mãos. 

NOTA: Transcrito da "Agenda Viver em..." da CMI

terça-feira, 3 de novembro de 2020

POSTAL ILUSTRADO: Ria na Vista Alegre


A Ria de Aveiro possui imensos Postais Ilustrados todos diferentes em todas as horas do dia. Este foi registado no dia 22 de Outubro de 2017, por volta das 12 horas.

NOVEMBRO COMEÇOU BEM


Novembro começou bem. O primeiro dia foi para todos os santos. Tantos são eles que não caberiam no nosso mundo, nos altares e fora deles. E o segundo foi para todos os que já morreram, santos ou não. Incontáveis são os seus números também. E agora vamos entrar na vida dos vivos, os homens e mulheres que habitam a Terra. Dos outros planetas não sabemos nada, mas seria interessante que se descobrissem planetas com gente como nós. Gente capaz de comer, beber, rir e chorar. Gente capaz de amar e gerar vidas. Para já, sabe-se que na Lua há água,  mas  a nossa ignorância sobre o que haverá à distância de milénios-luz persistirá. Bom novembro para todos, na esperança de que algo de novo, bom e positivo nos possa acontecer enquanto por aqui andamos. 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

AS ROSAS VIERAM VISITAR-NOS

 


Nem só as pessoas têm gostos e desejos. Estas rosas entenderam que era tempo de nos virem visitar. Deixando por algum tempo o seu espaço, vieram até nós. E com satisfação as cumprimentámos: Bem-vindas sejam! 

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