Mata da Gafanha |
Toda a gente sabe que a Mata da Gafanha é o principal pulmão da nossa região e a sua extensão não permite que os povos que a rodeiam ou nela habitam a conheçam em profundidade. Muitos a cruzam em todos os sentidos e identificam alguns instituições, mas tudo o mais ignoram.
O Pe. João Vieira Rezende diz, na Monografia da Gafanha, de sua autoria, que «A sementeira do penisco, começada a norte em 1888, tem sido muito morosa, ultrapassando somente depois de 1939 o sítio da capela de N. Senhora-da-Boa-Hora. Hoje [1944] está ligada com a Mata de Mira».
Como facilmente se compreende a Mata da Gafanha serviu para defesa dos terrenos agrícolas que lhe ficavam a sul, fustigados pelos ventos e pelas areias dunares, Entretanto, os seus pinheiros forneciam lenha para as lareiras gafanhoas. A recolha da frança (ramos secos que caíam naturalmente) era por vezes gratuita, ou paga, sob controle dos Guardas Florestais. Os dias de apanha eram anunciados previamente. Estavam longe outras formas de energia para o nosso povo.
Posteriormente, nasceu a Colónia Agrícola da Gafanha, de que falaremos numa próxima oportunidade.
F. M.
Nota: Publicado no TIMONEIRO