quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Dia Mundial da Terceira Idade


Celebra-se hoje, 28 de Outubro, o Dia Mundial da Terceira Idade. Terceira idade é a fase da vida que começa aos 60 anos nos países em desenvolvimento e aos 65 anos nos países desenvolvidos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No meu caso, já lá cheguei há muito, quer Portugal seja considerado um país em fase de desenvolvimento quer seja um país desenvolvido. Outras classificações avançam com uma nova fase, a da Quarta Idade, que se estende desde os 78 anos até aos 105. Por esta classificação, eu já lá estou há quatro anos e espero chegar, se Deus quiser, até ao fim da tabela. 
Estas celebrações têm muitas razões de existir, ou não fossem os velhos uma realidade concreta, em fase contínua de crescimento,  que aponta para a atenção que nos devem merecer os idosos, que são as pessoas que passam mais tempo sozinhas. Não direi abandonadas, embora as haja, mas esquecidas, por força das ocupações profissionais e outras dos seus descendentes. 
Os mais novos têm de trabalhar, residem muitas vezes longe dos seus pais e avós, podem ter preocupações económicas, sociais, familiares, recreativas, políticas e culturais, ficando realmente com todo o tempo tomado. E os velhos (não devemos ter medo da palavra) ficam nos seus cantos à espera que alguém apareça para um dedo de conversa, uma palavra de conforto, um sorriso reconfortante, uma compra urgente, uma ida ao médico. 
Espero que os meus amigos não comecem a pensar que me estou a queixar. Nada disso. Eu e a Lita estamos bem, vamos às compras, ao médico, à farmácia, cozinhamos sem pressas, lemos, escrevemos, conversamos, rezamos, rimos e brincamos, apreciamos as galinhas no quintal, os passarinhos que cantam, os gatos que brincam e comem petiscos especiais [a Lita não lhes falta com nada], dormimos a sesta se nos apetecer, telefonamos aos familiares, enviamos e-mails e respondemos a outros, recordamos a vida passada e sonhamos com a futura até Deus querer. Por mim, ficaria ainda por aqui uns bons anos por me sentir lúcido e capaz de cuidar de mim e da minha Lita, se tal for preciso. E ela, com a sua genica, também não está com pressa de partir. 
Uma saudação especial aos velhos da nossa idade. E aos mais novos recomendo que olhem para os seus pais e avós. Vejam se eles estão bem. Procurem visitá-los e se estiverem longe, usem o telefone ou as novas tecnologias da comunicação. Não se esqueçam que um dia ocuparão os seus lugares. 

Fernando Martins

FORTE DA BARRA vai avançar para nova vida


«Uma sociedade imobiliária sediada na zona de Coimbra, com actividade no sector hoteleiro, é a escolhida para a concessão do antigo Forte da Barra, na Gafanha da Nazaré, em Ílhavo.
A assinatura do contrato será feita, esta quarta-feira, na sede do Porto de Aveiro, numa sessão agendada para as 14:30, com a presença da Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, e da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.
O concurso de concessão do antigo Forte da Barra, propriedade do Porto de Aveiro, é pelo prazo de 50 anos e, no caderno de encargos, previa uma renda mínima anual de 6.444 euros.
O edifício deverá ser reconvertido para estabelecimento hoteleiro como cerca de 50 quartos, alojamento local ou outro projeto de vocação turística.»

NOTAS:

1. Texto e Foto da Comunidade Portuária;
2. Há anos que se fala do aproveitamento do Forte Novo ou Castelo da Gafanha para novos desafios de utilidade, sem que a sua história fique esquecida. A continuar como até ao presente, o Forte da Barra, como também é conhecido, acabaria por cair no esquecimento e na degradação, porque a manutenção das estruturas tornar-se-ia incomportável. Ainda bem. Estamos ansiosos  por ver o início dos trabalhos e a obra que ali vai nascer. 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

ARES DE OUTONO – As nuvens



Gosto muito das nuvens a ilustrarem o céu. O céu azul em toda a sua pureza é bonito, mas com nuvens tem mais vida, mais expressão. Nestas nuvens há mesmo sinais que dizem muito: temporal à vista, anúncio de chuva intensa, conselho para nos aquietarmos em casa, tempo de recolhimento. Seja como for, o outono é para ser sentido e vivido. Sabemos que nos prepara, física e psicologicamente, para a chegada do inverno. E logo depois teremos a sonhada primavera. 

«Isto de ser um ateu católico não é fácil e inquieta»


Pedro Marques Lopes
«“O mundo existe para todos, porque todos os seres humanos nascem nesta Terra com a mesma dignidade”, diz o papa Francisco na última encíclica, “Fratelli tutti”. Não foram estes os ensinamentos que a Igreja me deu, não é essa a história desde há muito tempo.»
A encíclica “Todos irmãos” constitui o principal fundamento para o texto que o comentador político Pedro Marques Lopes na crónica semanal que assina do “Diário de Notícias”, intitulada “Quo vadis, Francisco?”.
«O encantamento com que fui lendo a última encíclica papal, “Fratelli tutti”, foi-se misturando com uma espécie de angústia, perguntas que me ia esforçando por afastar: e se tivesse sido isto? E se fosse esta a prática, tivessem sido estes os ensinamentos? Se fosse este carinho, esta hospitalidade para as nossas fraquezas, esta compreensão da nossa natureza, ter-me-ia afastado da Igreja? Se fosse este o entendimento da nossa vida em comunidade, ter-me-ia afastado da Igreja?», interroga.

Ler todo o texto aqui  e aqui 

GAFANHA DA NAZARÉ: Rua Camilo Castelo Branco

Texto escrito e publicado
em 27 de Outubro de 2009 

Homenagem merecida a um dos grandes escritores da Língua Portuguesa. Penso que não há nenhum português, minimamente letrado, que não conheça O Amor de Perdição, obra famosa de Camilo Castelo Branco.
Não consta que o escritor, falecido em 1890, com 65 anos de idade, alguma vez tenha passado por esta nossa terra, ainda longe de figurar no mapa de Portugal com o título de freguesia, o que só aconteceu, como os leitores do Timoneiro sabem, em 1910. De qualquer forma, e porque é hábito no nosso País baptizar as ruas com nomes de gente célebre, compreende-se, perfeitamente, a lembrança, para quem passa, de Camilo Castelo Branco.
Desde a minha juventude que me deixei seduzir pelas estórias, com enredos, ora simples ora complicados, que Camilo, possuidor de uma escrita bastante rica, soube retratar nos seus livros, reproduzindo cenas e vidas do quotidiano, felizes ou dramáticas, na verdadeira acepção das palavras.
De tal modo que, ainda hoje, me encanta a releitura de obras suas, pela boa disposição que criam em mim. Algumas com uma actualidade ajustada a todos os tempos, sobretudo quando descreve a figura de políticos que deixaram tristes seguidores. Amores e desamores, paixões e paixonetas, adultérios e dramas pungentes, santos e pecadores, de tudo um pouco nos mostra Camilo em dezenas de livros, ou não vivesse ele daquilo que escrevia e publicava em tudo onde coubesse bom Português.

Memórias em Imagens - Costa Nova

Igreja de Nossa Senhora da Saúde e Praia
27 de Outubro de 2012

Igreja de Nossa Senhora da Saúde

Acesso à praia 
 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

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