terça-feira, 27 de outubro de 2020

GAFANHA DA NAZARÉ: Rua Camilo Castelo Branco

Texto escrito e publicado
em 27 de Outubro de 2009 

Homenagem merecida a um dos grandes escritores da Língua Portuguesa. Penso que não há nenhum português, minimamente letrado, que não conheça O Amor de Perdição, obra famosa de Camilo Castelo Branco.
Não consta que o escritor, falecido em 1890, com 65 anos de idade, alguma vez tenha passado por esta nossa terra, ainda longe de figurar no mapa de Portugal com o título de freguesia, o que só aconteceu, como os leitores do Timoneiro sabem, em 1910. De qualquer forma, e porque é hábito no nosso País baptizar as ruas com nomes de gente célebre, compreende-se, perfeitamente, a lembrança, para quem passa, de Camilo Castelo Branco.
Desde a minha juventude que me deixei seduzir pelas estórias, com enredos, ora simples ora complicados, que Camilo, possuidor de uma escrita bastante rica, soube retratar nos seus livros, reproduzindo cenas e vidas do quotidiano, felizes ou dramáticas, na verdadeira acepção das palavras.
De tal modo que, ainda hoje, me encanta a releitura de obras suas, pela boa disposição que criam em mim. Algumas com uma actualidade ajustada a todos os tempos, sobretudo quando descreve a figura de políticos que deixaram tristes seguidores. Amores e desamores, paixões e paixonetas, adultérios e dramas pungentes, santos e pecadores, de tudo um pouco nos mostra Camilo em dezenas de livros, ou não vivesse ele daquilo que escrevia e publicava em tudo onde coubesse bom Português.

Memórias em Imagens - Costa Nova

Igreja de Nossa Senhora da Saúde e Praia
27 de Outubro de 2012

Igreja de Nossa Senhora da Saúde

Acesso à praia 
 

domingo, 25 de outubro de 2020

O meu irmão faria hoje 79 anos

O meu irmão, o Menino
Se fosse vivo, o meu único irmão de saudosa memória faria hoje 79 anos. Faleceu no dia 27 de Março de 2007. Feitas as contas, deixou-nos com 66 anos. Sobre ele tenho escrito algumas vezes, sempre com uma saudade indescritível. Foi um rapaz do seu tempo e um homem dinâmico e saudável. As mortes nunca são esperadas; muito menos a dele, que gostava muito de viver. 
O meu irmão assumiu o apelido de Grilo do nosso lado paterno. Era o Armando Grilo. O mesmo nome do nosso saudoso pai. 
Curiosamente, o meu irmão celebrava o seu aniversário de nascimento duas vezes: No dia 25, a data real em que veio para a vida; no dia 29, por erro de registo. Mas ele aceitou alegremente esta circunstância. Até dizia com graça e realismo que no dia 25 celebrava com a família e no dia 29 com os amigos. 
À medida que caminhamos para o fim da nossa existência terrena, alimentamos o gosto de reviver o passado. Eu até o faço com prazer, sobretudo se evoco o que vivi com alegria, com prazer, com sentido de responsabilidade, com amor. E neste caso, meus amigos, são os nossos familiares que mais se instalam nos sofás das nossas memórias para conversas intermináveis. 
Até um dia, Menino. Era assim que o tratava. Ele chamava-me Mano. 

Fernando Martins

A azeitona

Uma azeitona por aqui? A que propósito? — perguntarão os meus leitores. Se a publiquei é porque terei alguma razão. E vou contá-la... 
Há anos, a Lita plantou uma oliveirinha no nosso quintal. Era, realmente, uma árvore com pouco tempo de vida. Disse-lhe, então, que jamais comeríamos azeitonas dela porque as oliveiras precisam de muito tempo para frutificarem. E a oliveirinha lá ficou no quintal dando-me a sensação de que estava sempre igual. A Lita, nas horas de rega, nunca esquecia a pequena árvore, adubando-a também ao seu jeito. 
O tempo inexorável foi passando e ontem, ao fim do dia, quando regressou do quintal, a Lita pousou serenamente esta azeitona em cima do papel colorido para sublinhar a sua existência. Então... a oliveira deu ou não deu fruto? — questionou-me ela com o seu sorriso de vitória. 
Um domingo muito  feliz para todos. 

F. M.

Ninguém pode salvar-se sozinho

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO


Neste tempo de desorientação 
não é nada enganosa a publicidade que repete: 
cuidar de si é cuidar de todos!

1. Estes não são tempos de euforia. As festas que a pretendem imitar acabam sempre em redobrada tristeza. Às loucuras das guerras e novas ameaças de guerras veio juntar-se a devastação mundial provocada pela covid-19 que, além das pessoas que mata e dos recursos que consome, vai deixar muita gente abandonada à miséria. Por isso, não é nada enganosa a publicidade que repete: cuidar de si é cuidar de todos!
É verdade que o incómodo da máscara, da etiqueta respiratória, da limpeza das mãos, da distância física, etc., é muito irritante. Recorrer a sofismas, para dizer que não está cientificamente demonstrada a eficácia desses cuidados, não passa de um exercício de banal e oca retórica.
Ver em todas as medidas governamentais, que tentam impedir o alastramento da pandemia, um atentado à liberdade e aos direitos humanos é uma reacção que roça a paranóia. O coronavírus não costuma respeitar as nossas reais ou fictícias arrelias.
O bom senso, que não precisa de receita médica, aconselha a boa distância entre o pânico imobilizador e o desleixo fatal. O sentido da responsabilidade, pessoal e social, fica mais barato do que o confinamento ou o internamento hospitalar.
Resta um desafio para a nossa imaginação: como reinventar e multiplicar as manifestações de afecto e de bom humor que anulem o mau distanciamento e a indiferença, sobretudo em datas de reunião familiar, como as do Natal religioso ou agnóstico?

AÇORES - Para evocar a solidão


Aqui, em Salsa,  mora a solidão. Debaixo do céu com mar à vista. Longe do burburinho do mundo e da inquietação da vida. Bom domingo. 

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