quarta-feira, 6 de junho de 2018

A visita ao bispo e outras histórias



Só hoje tive oportunidade de ler Maria João Avillez, no Observador. A crónica tem data do dia 5 de junho e, como sempre, está muito bem escrita. É, também como sempre, oportuna e desta vez com notas da nossa história recente ou de tempos mais recuados. A oportunidade do que escreve, contudo, é evidente, sobretudo para mim, que gosto de refletir sem me limitar nas minhas opções de leitura. 
Maria João Avillez escreve sobre D. António Marto, que vai ser cardeal por decisão do Papa Francisco. Depois, vem com o tristíssimo espetáculo que se está a viver no Sporting e com a história de vida de José Manuel de Melo,  que regressou a Portugal a convite de Mário Soares, depois de um exílio provocado pela revolução dos cravos.  E a jornalista finaliza com Júlio Pomar, com quem aprendeu «a decifrar as suas telas e papeis» e «a mudez eloquente com que depois se quedava a contemplá-las».

Ler crónica aqui 

terça-feira, 5 de junho de 2018

Festival de Sopas na Gafanha da Nazaré




Estou convencido de que o nosso povo vai provar as sopas que se hão de apresentar com sabores diversos, ou não houvesse, em cada gafanhão, um jeito especial pela sua confeção. Tenho comido imensas sopas ao longo da minha vida e posso afiançar que nunca comi duas iguais. Uma curiosidade: Antigamente, era famoso o caldo de feijão, enriquecido pelas diversas carnes do porco, incluindo os enchidos. Às 16 horas haverá atividades diversas e as sopas estarão prontas por volta das 19 horas.

NOTA: Esta informação foi alterada hoje, dia 6, por ter havido lapsos no  cartaz.


ADERAV lança Patrimónios e distingue Mons. João Gaspar


Mons. João Gaspar

No passado dia 26 de maio, na Igreja de Jesus do Museu de Aveiro-Santa Joana, a ADERAV — Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro, em colaboração com a Câmara Municipal de Aveiro, procedeu ao lançamento da revista PATRIMÓNIOS, n.º 11, e à homenagem a Mons. João Gonçalves Gaspar, com a atribuição do título de Sócio Honorário. Razões mais do que suficientes para estar presente, uma vez que sigo, com a regularidade possível, a ação da ADERAV, o mesmo acontecendo com a vida e obra, multifacetadas, de Mons. João Gaspar, um sacerdote e homem da cultura, com inúmeros livros publicados, sendo sócio correspondente da Academia Portuguesa de História. 
O presidente da ADERAV, Lauro Marques, sublinhou que a homenagem a Mons. João Gaspar se ficou a dever ao seu expressivo contributo no âmbito da cultura, sendo colaborador e consultor daquela associação, sempre que solicitado, e muito para além dessa função. 
O presidente da Assembleia Geral da ADERAV, Luís Souto de Miranda, adiantou que Mons. é  «uma referência» para Aveiro e Ribau Esteves, autarca aveirense, frisou que o título de Sócio Honorário se traduz em mais um estímulo para o académico João Gaspar prosseguir na «promoção da nossa história». 
A apresentação do homenageado foi feita pelo vigário-geral da Diocese, P.e Manuel Joaquim Rocha, que referiu possuir Mons. João um conhecimento da cidade e diocese de Aveiro que nos deixa, muitas vezes, de «boca aberta». 
Na hora dos agradecimentos, Mons. João adiantou que não se sentiria bem se não se dedicasse a Aveiro e às suas gentes. 
A revista PATRIMÓNIOS, com edições de periodicidade irregular, apresenta-se sempre com dignidade, variedade e utilidade, enquanto se presta ao papel de repositório do que de importante se faz, ou deve fazer, em prol do estudo, da denúncia do que urge fazer e da promoção do que de muito importante existe no distrito de Aveiro. 
Se olharmos para o sumário, reconheceremos o que afirmo: Além do Editorial e das referências ao homenageado, Mons. João Gaspar, os leitores terão ao seu dispor artigos tão diversos como:

Notas do meu Diário: Agora, com outros olhares

Depois de um interregno justificado e necessário, cá estou de novo com outros olhares. Passei pela experiência de não conseguir ler os carateres mais pequenos, os usuais nos livros e jornais, que os gordos não ofereciam obstáculos, até voltar ao prazer da leitura. Não poder ler, foi um drama que me marcou, apesar de saber que mais tarde ou mais cedo tudo seria normalizado, como me garantiu o meu oftalmologista, Mário Santos, do Hospital da Luz, cuja sensibilidade, disponibilidade e amabilidade bastante me cativaram. Não é todos os dias que encontramos um médico que nos telefona a indagar do nosso estado de saúde, antes e depois da intervenção cirúrgica. Estou-lhe muito grato. 
E agora volto com a boa disposição de sempre ao dia a dia, procurando estar com os meus amigos, de perto e de longe, nesta troca de mensagens que o FB proporciona, livremente, transformando o mundo numa aldeia global que nos torna próximos, embora nos afaste, por vezes, de quem nos rodeia. 
Foram muitas as mensagens que me chegaram por diversas vias com palavras estimulantes. A todos o meu muito obrigado. 
Um abraço para todos. 

Fernando Martins

domingo, 3 de junho de 2018

Apostar no génio

Bento Domingues

1. Os dominicanos franceses, A. Couturier e P. Régamey, directores da famosa revista L’ Art Sacré (dos anos 50 do século passado), impuseram a si próprios, como critério nas escolhas dos artistas a convidar para as encomendas de novas igrejas, o de apostar no génio! Este critério deveria ser anterior às considerações de ordem confessional. Partiam da convicção de que, numa grande obra de arte, está inscrita uma abertura à transcendência. Os resultados da aplicação concreta deste critério foram admiráveis e inspiradores. O Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR) em Portugal, no século XX, foi profundamente influenciado por essas exigências [1]. A bela exposição no Convento de S. Domingos (Alto dos Moinhos) para celebrar os 800 anos da presença dominicana em Portugal (1216-2016) testemunha a importância dessa lucidez religiosa [2]
Alegra-me que o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, tenha assumido as preocupações inscritas na metáfora do padre Alain Coutourier: apostar no génio. Já deu muitas provas dessa esclarecida visão. Agora, marcou a presença do Vaticano na Bienal de Arquitectura de Veneza, na ilha San Giorgio Maggiori, um bosque com vista para o mar, com a construção de dez capelas de dez arquitectos de vários países e continentes. Entre eles está o arquitecto português Eduardo Souto de Moura. A encomenda da Santa Sé não lhes exigia um templo cristão. Tinha apenas de ter uma mesa para pousar um livro. Isabel Salema apresentou, neste jornal, a história da encomenda das capelas e, especialmente, a realização e as convicções de Souto de Moura [3].

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Palabras co bento no leba


Pessoas e animais

Anselmo Borges 

"Com base na neotenia, o homem tem como tarefa na vida fazer-se a si mesmo: fazendo o que faz, está a realizar-se a si próprio. Por isso, está sempre inconcluído, numa abertura ilimitada, produzindo o novo. O homem nunca está satisfeito (de satis-factus: suficientemente feito), acabado."


Uma das ameaças para o humanismo é a tese animalista que pretende que entre o ser humano e os outros animais não há uma distinção qualitativa, mas apenas de grau. É claro que, no quadro da evolução e uma vez que aparecemos dentro dela, não admira que encontremos já nos chimpanzés, gorilas, bonobos e outros, antecedentes, indícios do que caracteriza os humanos. Pergunta-se: se, como eles, o ser humano também sente, recorda, procura, espera, joga, comunica, aprende e inventa, quais são as notas especificamente humanas que podemos observar no desempenho dessas actividades por parte do ser humano, mostrando que é qualitativa e essencialmente distinto dos outros? Aponto algumas dessas características observáveis.
Na história gigantesca da evolução - o big bang foi há uns 13 700 milhões de anos e muito recentemente foi-se dando o processo da hominização -, sabemos que há ser humano, quando encontramos rituais funerários, diferentes segundo as culturas, mas sempre presentes. Aí, temos o sinal indiscutível de que já estamos em presença de alguém. A consciência da mortalidade, gastar tempo com os mortos, a sepultura, são acções especificamente humanas, essencialmente distintas das do animal.

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