Crónica de viagem de Maria Donzília Almeida
Quatro aspetos do Metro de Moscovo
Uma visita, ao Metro de Moscovo, constitui por si só, uma aventura na capital da Rússia.
Entrar no metro é como entrar num palácio subterrâneo, ou numa imensa galeria de arte. Invade-nos um sentimento de admiração, perante a grandiosidade desta obra. Construído em pleno domínio soviético por Estaline, é um hino de glorificação ao regime e uma eficaz forma de propaganda do Politburo soviético.
Com 188 estações, mais de 313 km de comprimento e com uma profundidade que chega aos 84 metros em algumas estações, o metropolitano de Moscovo encetou um desenvolvimento grande e progressivo desde a sua abertura, em 1935. Nele está bem patente a cultura soviética num rasto de imperialismo.
Faz parte do conjunto de metropolitanos mais antigos do mundo e permanece sendo o terceiro metropolitano mais usado pelos passageiros, logo a seguir ao metro de Tóquio e ao metro de Seul.
Os primeiros planos de construção de uma rede metropolitana remontam, na prática, ao período pós-I Guerra Mundial, pós-Revolução Russa e pós-Guerra Civil e os primeiros estudos datam dos anos 20 do século passado até ao início dos anos 30.