domingo, 12 de agosto de 2012

Dia Internacional da Juventude


Por Maria  Donzília Almeida 

Donzília na sua juventude

“Nunca ousei ser um radical na juventude. 
Tinha medo de me tornar um conservador depois de velho.” 

Robert Frost

Quando este tema é abordado pela idade sénior, há uma tendência para se assumir o ar paternalista de quem é dono da verdade e para quem a juventude é uma faixa da população a abater! 
Esquecem-se esses que assim pensam, que também já passaram pela mesma fase, cometeram os mesmos erros e as irreverências próprias da idade. 
A juventude que todos invejam, quando já a passaram, é a fase da vida de todos os sonhos, de todas as conquistas, de todas as descobertas. Quem já a ultrapassou, há bastante tempo, sente agora a nostalgia dos “bons velhos tempos”! 
Reportando-me à minha, que decorreu na gloriosa década sessenta/setenta, do século XX, evoco aquela energia incontida, aquele desejo de reformar o mundo! Surge então a época da contestação do status quo, alimentada pelos movimentos pacifistas americanos, que dão corpo a toda a contestação juvenil, um pouco por todo o mundo. Também, por cá, apareceram hippies; também andei de flor no cabelo, também vesti bermudas de ganga, pelo joelho, com franja esfiapada, também partilhei da contestação política que se esboçava na vida académica.... etc

sábado, 11 de agosto de 2012

Faleceu o Ângelo Ribau


O Ângelo na guerra


Faleceu, hoje à tarde, o meu amigo Ângelo Ribau. Amigo desde tenra idade e até ao fim dos seus dias.  E mesmo para além deles, admito eu. Sinto a sua morte como se tratasse a de um familiar muito próximo. O Ângelo também era um assíduo leitor e colaborador dos meus blogues, cujas mensagens comentava e criticava com uma envolvência rara, quer diretamente, quer por e-mail, quer, ainda, pelo telefone.
Estranhei há dias o seu silêncio. Como que adivinhando algo de menos agradável, telefonei e o seu filho Miguel informou-me do internamento do Ângelo no Hospital de Aveiro. Tinha já regressado a casa. Fui visitá-lo no domingo seguinte e percebi claramente que o meu amigo não estava bem. Aguardava a hora de uma intervenção cirúrgica, o que veio a acontecer dias depois. Fui informado que tudo tinha corrido bem. Esperavam-se melhoras, mas aconteceu o pior. O Ângelo já faleceu.

Golpe de Estado Financeiro

Por Anselmo Borges, 
no DN

José Ignacio Calleja

O pior que pode acontecer é o medo, porque não há confiança nem horizonte a abrir caminho. Mesmo sem se ser pessimista, percebe-se que a humanidade se encontra numa encruzilhada e é preciso estar preparado para o pior.
Nestas circunstâncias, não bastam boas intenções. É preciso reflectir e tentar ver claro. Deixo aí alguns pensamentos sobre a crise, a partir de reflexões do teólogo José Ignacio Calleja, prestigiado professor de Teologia Moral Social na Faculdade de Teologia de Vitoria, num texto em que afirma precisamente que "há um golpe de Estado financeiro no mundo, gerido por políticos", sendo necessário "impedir o fascismo social, para poder sair da crise".
É verdade que a crise é também de cultura moral e espiritual, mas não é possível avançar sem uma implicação séria e a fundo na social. Não se pode pretender fugir ao problema social, invocando apenas o caminho da crise espiritual e de valores. "Nada mais alienante e falso do que a religião desencarnada."
Aí ficam, pois, algumas reflexões fundamentais.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

"Tou quinda!"


Chega de Bois

Numas férias de agosto, em Chaves, fomos, com uma família amiga que nos acolhia com imensa amizade, a família Fernandes, de António (infelizmente já falecido) e Nazaré, até Montalegre, com o destino assente na Chega de Bois, tradição daquela zona. Dia quente, com temperatura abafada, prenunciando trovoada, no dizer dos entendidos. A viagem correu bem, apesar das curvas e contracurvas desgastantes.
Tinha ouvido falar e lido bastante sobre a etnografia transmontana, graças aos trabalhos publicados, na altura,  por Barroso da Fonte, Lourenço  Fontes (o célebre Padre Fontes, de Vilar de Perdizes), Alberto Machado, Santana Dionísio e outros. A curiosidade era muita, apesar de não gostar de lutas brutais, quer entre pessoas quer entre animais, mas conhecer a tradição, ao vivo, aguçou-me o desejo.
Quando chegámos a Montalegre, o céu estava pesado de negro, fazendo adivinhar chuva forte e trovoada rija. Assim foi. Bem lá no cimo, perto do Castelo,  a chuva, grossa e intensa, parecia adivinhar um dilúvio. Em simultâneo, cai sobre nós, assustados nos carros, uma girândola de trovões e relâmpagos como nunca tínhamos visto. Era, realmente, de meter medo ao mais corajoso. E nunca mais acabava aquela cena aterradora.
O tempo, de curtos minutos terríveis, parecia sem fim. Mas lá passou e de imediato depois solta-se um sol radioso. Haverá Chega de Bois? — foi pergunta que ficou no ar.

Estrela Polar

"Os ideais são como a Estrela Polar: inatingível, mas mostra o caminho certo"

Nota: É bem verdade. A Estrela Polar orientou, ao longo de séculos, navegadores e viajantes. Ainda hoje ela nos fascina. Também os ideais nos fascinam e nos guiam, mesmo sabendo que jamais os atingiremos.


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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Violência contra idosos






"Entre 2000 e 2011, a Associação de Apoio à Vítima (APAV) registou 6249 casos de idosos vítimas de crimes e de episódios de violência, um número que aumentou para mais do dobro durante esse período. As vítimas são sobretudo mulheres, entre os 65 e os 75 anos."

Ler mais aqui

Nota: Esta notícia é dramática. No fim da vida, há idosos maltratados. E se soubermos que há filhos agressores, então o caso é gravíssimo. Violentar quem nos deu a vida, quem nos ensinou a andar e a falar, quem nos educou e amou, é repugnante.
Os idosos estão numa fase da vida em que precisam mais de carinho do que de pão para a boca. E quem os trata mal, quem os marginaliza, quem os despreza e humilha, não pode ser uma pessoa respeitável e respeitada. Não defendo o olho por olho, dente por dente, mas sugiro que estes malfeitores sejam obrigados a tratamento psicológico ou psiquiátrico, porque são doentes graves.


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O Castro de Carvalhelhos

Castro de Carvalhelhos

Numas férias de agosto, em chaves, quis mostrar aos meus filhos, ainda pequenos, o Castro de Carvalhelhos, que ficava perto das águas do mesmo nome e bem conhecidas. Tudo o que fosse histórico e pré-histórico fazia parte das minhas agendas de férias. Para isso, documentava-me nos postos de turismo, onde existiam, ou na literatura adequada.
Combinada a partida, lá seguimos em direção a Carvalhelhos, onde também gostaríamos de visitar a central de engarrafamento da conhecida marca de água medicinal, como então por ali era conhecida. Como, aliás, aconteceu.
Em determinada altura da viagem, resolvi parar junto de uma patrulha da GNR, para colher algumas informações.
— Ó senhores guardas; por favor podem indicar-me onde é que fica o Castro de Carvalhelhos?
Os guardas olham um para o outro, coçam os queixos, e um responde de pronto:
— Sigam em frente. O Castro é funcionário das águas.
Agradeci e segui viagem. No carro, houve gargalhada geral.

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