terça-feira, 6 de setembro de 2011

A CLASSE MÉDIA

Um artigo de António Rego


(...) mais que um enfraquecimento económico, foi debilidade de alma com dependência viciosa da banalidade, mau gosto, futilidade de vida e perda de valores humanos e patrimoniais.
E cada vez mais se vão vendo e ouvindo notícias, debates, declarações, sentenças avulsas, sobre uma crise que desaba sobre todos, e onde todos parecem querer fugir na hora de assumir gestos concretos para a solução. Os verdadeiramente pobres já não sabem que dizer e fazer. Os chamados ricos não sentem alteração apreciável. Tal como está a impatrialidade do dinheiro, facilmente se arranja um colchão anónimo em qualquer recanto do planeta e aí se faz descansar em paz os milhões, escapando ao mais rigoroso sistema fiscalizante. Assim ignoram a crise dos outros aquietando a consciência com doações ou fundações que pouco remendam os andrajos ou saram as feridas. A crise, mais cedo ou mais tarde, vai passar e tudo continuará como dantes.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

De que precisamos para ser felizes?

Satish Kumar, em entrevista ao PÚBLICO, garantiu que a Natureza tem a solução para sermos felizes. Este indiano, que já foi monge e caminhou 13 mil quilómetros, sem dinheiro, pela paz mundial, pede o regresso à Natureza, em entrevista registada por Helena Geraldes.




Mais um livro de Senos da Fonseca




Uma mais-valia para o conhecimento das nossas raízes


Quem gostar de conhecer a nossa história local, com tradições, saberes e actuais realidades, não pode ignorar o que Senos da Fonseca tem publicado nos últimos anos, com garantias de que continuará neste mister de mostrar o que fomos e somos. O seu mais recente livro, Embarcações que tiveram berço na laguna — Arquitectura Naval Lagunar, oferece-nos um conjunto de informações a todos os títulos meritórias, que surgiram agora na sequência de trabalhos como Na Rota dos Bacalhaus, Ílhavo — Ensaio Monográfico, O Labareda e Costa-Nova — 200 Anos de História e Tradição, entre outros.
Embora ainda não o tenha refletido na íntegra, posso adiantar que me sinto à vontade para dizer que se trata de uma obra muito digna de qualquer estante de todos os ílhavos, neles incluindo os gafanhões, ou não fossem todos parte integrante da laguna, como as embarcações que Senos da Fonseca nos apresenta com riqueza de pormenores, muitos dos quais nos escapam por insuficiente preparação para os sabermos arquivar na nossa memória. Contudo, haverá ainda tempo para nos iniciarmos na recolha sistemática de tanta sabedoria que nos foi legada pelos filhos genuínos da ria, os nossos antepassados, onde as embarcações retratadas tiveram berço.

domingo, 4 de setembro de 2011

AO SABOR DA MARÉ - 2



1. Disse aqui, no meu blogue, que nem sempre apreciamos e valorizamos as nossas instituições que, no fundo, são o reflexo dos gostos, aspirações e sentimentos do povo que somos ou que gostaríamos de ser, enquanto membros ativos e criativos de uma sociedade em constante evolução, desde o século XVII.
Sublinhei então a necessidade de todos olharmos para o que nos cerca, no sentido de a qualquer momento apoiarmos as instituições que se dão à nossa comunidade. E haverá muitas maneiras de fazer, bastando para isso a nossa imaginação e espírito solidário. 

2. Participei, na quarta feira, 1 de setembro, na reunião promovida pela ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha), com vontade de colaborar, dentro das minhas limitadas capacidades. Gostei do que vi e ouvi, sentindo e pressentindo o gosto que muitos nutrem pelas problemas e aspirações da nossa terra. Bom sinal. Só espero que o prazer de colaborar de tantos gafanhões não esmoreça, antes prossiga num crescendo que decerto enriquecerá a nossa comunidade. Há muitas ideias, muitos projetos em carteira, muitos sonhos à espera de concretização.

3. Foi inaugurado o Monumento do Centenário, na Cale da Vila, conforme relatei neste meu blogue. Foi dito que este ato culminou um ano de celebrações do centenário da criação da paróquia e freguesia. Contudo, e se me permitem a franqueza, eu ainda esperava mais qualquer coisa de interessante, de que se falou há mais de um ano. Refiro-me ao arranjo urbanístico da zona em frente à igreja matriz e, ainda, ao aproveitamento do espaço outrora ocupado pelo mercado. Penso que estava em projeto a construção de um edifício para sede da Junta de Freguesia e dos Correios, bem como de uma praça que poderia chamar-se Praça do Centenário. A crise terá ditado as suas leis, mas seria boa ideia que não caísse no esquecimento.

Fernando Martins

GAFANHA DA NAZARÉ: Festas da Senhora dos Navegantes




A tradição continua a cumprir-se

Como manda a tradição, vão realizar-se, na Gafanha da Nazaré, as festas em honra da Senhora dos Navegantes, com romaria e procissão pela Ria de Aveiro, no próximo dia 18 de setembro. Diz a mesma tradição que Nossa Senhora dos Navegantes, venerada na sua capelinha do Forte da Barra, é muito da devoção dos nossos marítimos, a quem rogavam ajuda nas horas difíceis, em mares alterosos.
Estas festas foram acompanhando os tempos, até se tornarem mais conhecidas, muito para além das gentes do mar, sobretudo quando, por iniciativa do Padre Miguel Lencastre, foi implementada a procissão pela ria, desde o porto de pesca longínqua, na Cale da Vila, até ao Forte da Barra.
A procissão inicia-se pelas 14 horas a partir do Stella Maris, em direção ao cais n.º 3, onde começará o desfile pela ria. Incorporam-se as imagens de Nossa Senhora, a Filarmónica Gafanhense, barcos moliceiros com grupos folclóricos convidados, barcos saleiros e mercantéis, que transportarão pessoas devidamente autorizadas. Ainda participam barcos de recreio e outros, com os seus proprietários, familiares e amigos. No percurso, é marco importante a passagem por S. Jacinto, cujas populações testemunharão o carinho que nutrem pela Senhora dos Navegantes.
Pelas 16.30 horas será o desembarque no Forte da Barra, seguindo-se a celebração da eucaristia, acompanhada por grupos folclóricos. No final, atuará a Filarmónica Gafanhense, após o que terá início o Festival de Folclore, com a participação da Associação Cultural e Recreativa do Mindelo, do Rancho Folclórico “Os Pastores de S. Romão, Seia, e do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que organizou, com a paróquia, esta festa dedicada à Senhora dos Navegantes.


Uma reflexão para este domingo




O PERDÃO DAS OFENSAS, 
ATITUDE SUBLIME
Georgino Rocha

O agir humano é o nosso espelho mais polido, reflectindo capacidades e limitações. Sobretudo na relação com os outros, fora da qual perde vigor e acaba por se esvaziar a humanidade que nos qualifica. Surge então a desconsideração do outro como pessoa, em gestos e palavras, que traduzem sentimentos negativos, de distanciamento, de crítica amarga e ostensiva, de ofensa infundada.
Como refazer a relação de modo integral? Só a resposta positiva, ainda que penosa, nos repõe a dignidade ferida, supera o fosso aberto, vence as distâncias criadas. Outras atitudes mantêm e podem agudizar o sentimento negativo e ser tolerante passivo, agravar a emoção sentida e alimentada, pagar na mesma “moeda”, retaliar com vingança, excluir o indesejado do círculo de relações, deixar “cair os braços” e esperar que uma crosta se imponha e gere a indiferença. Ou pura e simplesmente, recorrer ao tribunal civil que, apesar da sua nobre função, não resolve questões de consciência.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 253

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 36 




LEVAR O ALMOÇO AOS TRABALHADORES 

Caríssima/o:

Em tempo de férias (que se estendiam por todo o mês de Setembro!...) era costume ir levar o almoço a meu Pai que trabalhava nos Estaleiros Mónica. Lá ia na “chafarica”, procurando que o tacho da comida não se virasse... Mais aventuras, menos aventuras, não há muito que contar. Mas uma vez... uf!, não sei como foi, mas a roda da frente encravou-se e eu comecei a sentir-me ser levado do chão... ia a levantar voo. Com o pino completo, a roda de trás iniciou a descida e, num já, bateu na estrada. Desta estava eu safo! Mas... e o tacho?! 
Fui verificar: tudo bem acomodado. 
Limpei o suor e... retomou-se a pedalada a um ritmo mais suave.

Agora aventura a sério... vejam o que aconteceu ao António Cícero:

“SALVO POR UM ANJO 

Um grande susto que passei, foi quando eu ainda pequeno com talvez sete anos de idade. 
Eu ia levar almoço para o meu pai, que estava no roçado. E lá no sítio, os pequenos criadores e até grandes fazendeiros, sempre deixam a boiada solta, para aproveitar o pasto das margens das estradas e capoeiras. E naquele determinado dia, quando eu passava bem próximo a uma daquelas boiadas, como eu vestia uma camisa vermelha, um daqueles maiores bois, se enfureceu muito comigo. "Dizem o pessoal na região, que o gado, não gosta da cor vermelha". 
E quando eu vi o animal vindo correndo na minha direção, cavando a areia fofa e branca da estrada e jogando sobre o lombo, urrando forte e babando, resolvi correr. Mas lá existem os gados ensinados, no tocante a determinados modos de locomoção da boiada. Em um destes casos, os vaqueiros montados sobre seus cavalos ou mesmo a pé, dependendo da distância da locomoção, correm a frente da boiada e são em seguida, acompanhados pelos mesmos. 

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