domingo, 1 de maio de 2011

1.º de Maio: Algo de explosivo pode acontecer



Dia 1 de Maio - Dia do Trabalhador

Mª Donzília Almeida

O Dia do Trabalhador, comemorado no dia 1 de Maio, remonta ao mesmo dia do mês, do ano de 1886, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América. As más condições de trabalho, os baixos salários praticados, a exploração do trabalho infantil, foram o fermento que alimentou a rebelião 
A jornada laboral excedia as 12 horas de trabalho diário, ao mesmo tempo que os filhos dos trabalhadores eram também encaminhados para tarefas extenuantes, ainda de tenra idade. 
Ao fim de muitas dificuldades e entraves, o objectivo da luta concretizou-se e o horário de 8 horas de trabalho passou a vigorar. Dividia-se, assim, o dia em três períodos: oito horas para trabalhar, oito para dormir e oito para lazer ou usar a se bel-prazer. 
A primeira comemoração do 1.º de Maio, em Portugal, fez-se no dia 1 de Maio de 1974, poucos dias após a revolução que derrubou a ditadura, instaurando a tão desejada democracia. Nesse ano histórico, os trabalhadores saíram à rua e cantaram a viva voz, vivas à democracia. Foi um movimento apoteótico de gente que inundou as ruas das nossas cidades, cheia de convicção que a sua vida ia mudar. Há uma certa ingenuidade no povo, que facilmente se deixa influenciar por vozes demagógicas que prometem mundos e fundos, sem saberem se conseguirão cumprir aquilo que dizem (às vezes têm a certeza que não cumprem!) 
Houve até quem tivesse apelidado a nossa revolução de romântica, já que não houve derramamento de sangue.

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Bento XVI proclamou beato o seu antecessor João Paulo II



«O Papa Bento XVI acaba de proclamar beato, o primeiro passo no caminho da canonização, o seu antecessor João Paulo II. Eram 10h38 em Roma, menos uma hora em Lisboa. O aplauso na Praça de São Pedro e nas outras oito praças de Roma onde se concentram centenas de milhares de pessoas – a presença de polacos é esmagadora – foi imenso, prolongando-se por vários minutos. A multidão já tinha aplaudido diversas vezes durante as referências à sua biografia, nomeadamente o seu nascimento em 1920, a sua eleição como Papa, em 1978, e a alusão ao momento da sua morte em 2005.»

Texto e foto do PÚBLICO. Ver mais em Ecclesia

Homenagem justa ao professor Fernando Maria

A Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo celebrou o seu 92.º aniversário, distinguindo, com o descerramento de uma fotografia, o professor Fernando Maria da Paz Duarte, antigo provedor. Mais do que justa, esta homenagem perpetuará o seu labor em prol da Santa Casa, durante 12 anos, de canseiras e lutas, para levar por diante projectos de permanente adaptação daquela instituição às realidades presentes.
O professor Fernando Maria conseguiu, nos últimos anos, com o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo, construir um hospital de cuidados continuados, numa altura em que se tornava premente oferecer mais um serviço, de qualidade insuperável, a quem precisa de se restabelecer de doenças difíceis e necessitadas de apoios especiais. Esta será, a meu ver, a valência que marcará indelevelmente a sua acção à frente da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo. Daí as minhas sinceras felicitações ao meu bom amigo Fernando Maria.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 235

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 18

Marinha

MERGULHO NO POÇO DA MARINHA

Caríssima/o:

Dia do trabalhador!

E trabalhadores que apreciávamos nas nossas viagens para Aveiro eram os incansáveis e esforçados marnotos. Há imagens imperecíveis, de força e beleza impressionantes. 
Contudo, pedalar todos os dias, quer chovesse quer fizesse sol, era a nossa sina que a boa disposição teimava em pintar com tons de rosa. Quando chovia e ventava de tal forma que os fios de telefone assobiavam e as tramagueiras se inclinavam como que para “deixarem passar” os maçaricos, nesses dias era ver quem mais puxava para fugir à molha que nos deixava a pingar como pintainhos... 
Assim um ligeiro sorriso aflora e faz-nos franzir a testa com as recordações que correm velozes ao nosso encontro, lendo parágrafos soltos de propaganda às bicicletas: 

Um poema para este domingo



Paisagem com mar

Vinda de um fundo espesso e incompreensível
a lua pulsa como um coração negro pintado
A cada pulsação avança no écran da noite
até chegar a sobrevoar a esplendente superfície do mar
que assim finalmente entra em palco

Um milhão de fogos cintilantes e frios iluminam
essa cena — uma massiva queda de estrelas
que a mesma lua projecta
sobre a memória das grandes ondas oceânicas

Há depois um daqueles instantes
em que uma veloz cadeia de coincidências antecipa
para ti a leve e inconsequente saudação da morte:
A lua transforma as vagas nuvens que por baixo dela navegam
nos cumes nevados de grandes montanhas pálidas —
pedra branca e cinza — Uma neve
que irradiasse uma neblina azulada

Como se a lua, ecoando a terra
nos céus imitasse uma paisagem terrestre

Manuel Gusmão

Publicado ontem, sábado, no PÚBLICO, na rubrica “Poema ao sábado”

sábado, 30 de abril de 2011

Crónica de um Professor: para deliciar a vista com o movimento e colorido do cortejo nupcial


William e Kate

O “casamento” na Escola 

Mª Donzília Almeida 

Com a mediatização insistente, feita sobre o casamento do herdeiro da família real, é natural que a expectativa e a curiosidade se tenham exacerbado. O dia 29 de Abril fora anunciado com muito tempo de antecedência e todos os dias se ia levantando, um pouco, o véu, para aguçar o apetite e alimentar a curiosidade das pessoas. 
Quando cheguei à escola, nesse dia, o tema geral de todas as conversas era o casamento real. E aguentar na sala de aula, toda aquela efervescência e ansiedade para verem tão divulgado acontecimento? 
Para os manter minimamente atentos às actividades da aula, fiz-lhes a promessa que os deixaria sair uns minutos mais cedo, para poderem visualizar o evento, no ecrã de plasma, situado na sala dos alunos. 
Quando chegou a hora prometida, lá foram aqueles alunos, com o coração aos saltos, deliciar a vista com o movimento e colorido do cortejo nupcial. 
Os alunos chegavam e partiam em levas como as ondas do mar, tão próximo de nós, num movimento cíclico de vai vem.