terça-feira, 5 de outubro de 2010
5 de Outubro de 1910
A Portuguesa
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Composição
Alfredo Keil, Henrique Lopes de Mendonça
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Ainda o Prémio Hernâni Cidade
Mais dois sonetos de João Alberto Roque
Mia Couto
Sim, amigo, obrigado pelas lições.
Matámos a galinha por um ovo…
é preciso avivar, erguer de novo,
brincar, criar, fazer brincriações.
Ajudaste a sonhar colorações
no planeta dormente onde me movo,
recriaste a língua com o povo,
recreaste a língua em diversões.
Recuperaste até antigos brilhos
(e os ovos de ouro brilham mais
se reflectem o brilho dos demais),
trouxeste alegria a nossos filhos,
cor aos planetas já entorpecidos …
Seja a língua carícia em teus ouvidos!
Unidiversidade
Nascemos em países tão distantes
mas nossas falas, na diversidade,
brincam juntas em tal intimidade
nesse encontro, são línguas de amantes.
Belo festim de sons com cambiantes,
poetas burilando a claridade.
Tantas faces não quebram a unidade,
mas reflectem a luz, são diamantes.
Perceber-te não é grande façanha:
posso achar a pronúncia estranha,
pode o vocabulário divergir…
- Adorei, foi gostoso o cafuné
- Se pensas que eu não sei o que isso é…
Percebi, não precisas traduzir.
João Alberto Roque
domingo, 3 de outubro de 2010
Oficina da Formiga: Artesanato de qualidade
Diversas peças do mostruário da Oficina da Formiga
Jorge Saraiva exibe um belíssimo prato
A riqueza das cores
No Festival do Bacalhau, Júlio Isidro adquiriu um penico
Visitei há dias a Oficina da Formiga na Rua da Coutada, em Ílhavo. O convite veio de Jorge Saraiva, há cerca de um ano, o primeiro responsável pela Oficina e grande entusiasta pela cerâmica tradicional. Com a minha agenda sempre cheia, quantas vezes de coisa nenhuma, o tempo foi passando. Mas durante estas férias, em S. Pedro do Sul, dei de caras com produtos da Oficina da Formiga expostos em diversas lojas, onde também notei o interesse dos visitantes e turistas pelos trabalhos artesanais feitos com qualidade. Daí o meu desejo de levar à prática a visita adiada.
Diz-se no “site” da Oficina que a cerâmica artesanal é das tradições mais antigas em Portugal, remontando «ao século XVI com a tentativa de fabrico de pasta para louça branca. Este tipo de Artesanato é baseado na faiança doméstica produzida em relativa quantidade desde o século XIX até aos anos 60 em Aveiro, com a reprodução dos mesmos desenhos ou recuperação de outros provenientes da rica azulejaria portuguesa».
Tendo por cicerone Jorge Saraiva, fui sendo esclarecido sobre os temas reproduzidos nas peças expostas ou em fase de produção, com predominância para os elementos naturais: Mar, Terra e Ar, reflectidos nos peixes, galos, flores e pássaros. Os suportes são pratos e travessas oitavadas ou ovais; e as cores, de alto fogo, são o azul, o rosa, o castanho e o amarelo.
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 204
PELO QUINTAL ALÉM – 41
A ABÓBORA
A
José Araújo
Caríssima/o:
a. Já há anos que não semeamos abóboras no quintal mas, curiosamente, vão nascendo aqui e além uns pés de variedades não muito frequentes na região. Com mais ou menos sucesso, cuidando a rega e limpando as ervas que se intrometem, têm-se obtido exemplares interessantes, com certa parcimónia.
e. Abundante, abundante era a produção de abóboras por essa Gafanha além. E essa fartura era aproveitada para a criação do gado...
i. ... e também para a nossa alimentação... caldo (sopa!...), papas (ai as papas de carolo!!...)... as filhós.
Em matéria de doces, acrescentemos tão só o pão de abóbora.
E... as pevides!?...
Todos nos recordamos que tolera a seca mas não humidade em excesso e gosta de terra bem estrumada. Agora o que será motivo de admiração para alguns é o facto de se desenvolver bem na vizinhança da figueira do inferno, associar-se bem com o milho mas, quando plantada junto da batateira, têm um efeito inibidor mútuo.
É ainda interessante apreciarmos que as flores abertas são comestíveis e decorativas, servem para perfumar sopas; podem comer-se recheadas com carne e legumes ou ainda salteadas ou fritas com farinha e ovo.
sábado, 2 de outubro de 2010
República em Aveiro
Aqui ao lado, em Destaques, coloquei um Link que talvez lhe interesse. Fala da República em Aveiro, trabalho de um conhecido publicista aveirense, Eduardo Cerqueira, que não deve nem pode ser ignorado.
Aproveite a ocasião para melhor ficar a conhecer os princípios da República na nossa região...
FM
Câmara de Redondo divulga premiados do XV Prémio Literário Hernâni Cidade
XV Prémio Literário Hernâni Cidade - Edição de 2010
Tema “Venho brincar aqui no Português, a lingua", na modalidade de poesia.
Trabalhos Premiados
1º Prémio - “Venho brincar aqui no português”
João Alberto Fernandes Roque, Gafanha da Nazaré
2º Prémio – “O ente do dente”
André Telucazu Kondo, Brasil
3º Prémio – “Brincar no português”
José Carlos Franco Pereira da Silva, Leiria
Prémio Especial Juventude
O não reconhecimento de trabalhos enquadrados nos critérios exigidos pelo Júri do concurso determinou a não atribuição deste prémio na edição de 2010
Menções Honrosas
“Brincar com a língua”
Maria Filomena Franco Gonçalves Mota,
Tema “Venho brincar aqui no Português, a lingua", na modalidade de poesia.
Trabalhos Premiados
1º Prémio - “Venho brincar aqui no português”
João Alberto Fernandes Roque, Gafanha da Nazaré
2º Prémio – “O ente do dente”
André Telucazu Kondo, Brasil
3º Prémio – “Brincar no português”
José Carlos Franco Pereira da Silva, Leiria
Prémio Especial Juventude
O não reconhecimento de trabalhos enquadrados nos critérios exigidos pelo Júri do concurso determinou a não atribuição deste prémio na edição de 2010
Menções Honrosas
“Brincar com a língua”
Maria Filomena Franco Gonçalves Mota,
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