quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gafanha do Carmo: Freguesia há 50 anos


Amanhã, Sexta-feira, 17, a Câmara de Ílhavo e a Junta de Freguesia assinalam o 50.º aniversário da Criação da Freguesia da Gafanha do Carmo, com a realização de uma Sessão Solene Evocativa,  a realizar no Salão Cultural da Gafanha do Carmo, pelas 18.30 horas, dando assim início a um programa comemorativo que nesse dia será publicamente apresentado.

Desmoronamento da família é dos acontecimentos mais graves da nossa história



Desmoronamento da família

António Marcelino

Cada dia que passa somos confrontados com estatísticas que nos dizem do número crescente de divórcios, da queda acentuada de casamentos civis e religiosos, da subida vertiginosa de uniões de facto. Também não deixam os jornais, e mesmo as televisões, de dar conta, aqui ou ali, de novos casamento de homossexuais e até já de seus divórcios.
Deixar de tomar a sério o casamento e a família, pela maneira fácil e rápida de as leis a desfazerem, constitui uma tragédia de muitas consequências à vista, e de outras, não menos graves, que o tempo irá revelando. A família que nasce de uma decisão livre de gente adulta e, presume-se, responsável será sempre o alicerce de uma sociedade com futuro. O contrário significa inquinar o ambiente social, tornando o casamento objecto de contrato de reduzida importância, rescindível ao menor capricho ou à incapacidade progressiva de assumir as responsabilidades inerentes.
Se fizermos a contagem dos governantes, deputados, magistrados, gente da telenovela, fazedores de opinião e tantos outros de nome e profissão conhecidos que já não estão no primeiro casamento e, por vezes, já nem no segundo, percebemos o que se passa neste em país em crise. Dificilmente poderá falar do casamento e da família, com apreço e respeito, quem não tem uma experiência gratificante da vida conjugal e familiar. São muitos destes que interferem no modelo de casamento e família, impostos arbitrariamente à sociedade.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O peregrino conserva alguma coisa do turista


O Turista e o Peregrino

José Tolentino Mendonça

O turista e o peregrino têm mais em comum do que possa parecer. Um pelo caminho do lazer, outro pela volta do sagrado: é, contudo, um impulso antropológico semelhante que os move. A experiência da saída de si, o desejo de outras paisagens, a busca de alteridade são traços reconhecíveis tanto num como noutro. O peregrino conserva alguma coisa do turista. O caminho de peregrinação, mesmo quando assume um carácter penitencial, não perde um tom festivo, uma quase ligeireza, que não é distracção, mas celebração. Tal como o turista conserva coisas do peregrino. Qualquer viagem pressupõe, por exemplo, uma reflexividade, uma experimentação sobre si mesmo, um saber de si. Mesmo se o que vemos são linhas, digressões por cidades ou trilhos, mesmo se nos parece estar apenas perante a representação objectiva da paisagem diurna ou do deslumbramento nocturno: por detrás de cada fragmento solto do mundo encontra-se uma pergunta maior.

Senhora dos Navegantes em procissão pela Ria

Senhora dos Navegantes na hora da partida para a procissão

Alegria para toda a gente

É já no próximo dia 19 de Setembro que se realiza a Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira dos marítimos e suas famílias. A festa, que outrora foi romaria, atraindo gentes das redondezas, até obrigava a feriado em Aveiro, cujo comércio fechava para proporcionar o passeio ao Forte da Barra, em cuja capelinha, com sinais de fortaleza, fazia adivinhar segurança para toda a gente.
A festa tinha o ponto alto na segunda-feira, já que no domingo anterior tinha lugar, na Costa Nova, a romaria da Senhora da Saúde, também Ela venerada pelos trabalhadores do mar e da ria e veraneantes. Estas duas romarias tinham uma marca comum: o encerramento da época balnear nas duas praias do concelho de Ílhavo em terras gafanhoas – Gafanha da Nazaré e Gafanha da Encarnação.
Mas o fim da época balnear, afinal, não encerrava com aquelas romarias. Os bairradinos, depois das vindimas, vinham a seguir para recuperar do desgaste provocado pelas canseiras das uvas e do vinho, que ficaria, este, em sono de cura até ao S. Martinho.
Voltando à Senhora dos Navegantes, é oportuno referir que, para além das cerimónias religiosas, com missa solene a procissão até ao mar, havia música e foguetes a condizer, mas ainda é justo sublinhar que o convívio familiar e entre famílias era nota dominante. Farnel preparado a tempo e horas, onde não faltavam acepipes para dias de festa, acompanhados com bebidas que alegrassem a alma de quem não se esquiva a canseiras para levar uma vida “direitinha”, como então se dizia, tudo se conjugava para se experimentar um dia diferente. E de rancho para rancho, nos relvados do Jardim Oudinot, não faltava quem partilhasse farnéis e brindasse à saúde de cada um e de todos, do garrafão erguido que chegava para todos.

23 DE SETEMBRO – DIA MUNDIAL DO MAR

Canal Central, em Aveiro
Jardim Oudinot

Baptismos de mar no Porto de Aveiro

No próximo dia 23 de Setembro, em iniciativa integrada nas comemorações do Dia Mundial do Mar, o Porto de Aveiro vai proporcionar baptismos de mar a quatro dezenas de crianças e jovens carenciados, residentes em Instituições Particulares de Solidariedade Social do interior do distrito.
Trata-se de iniciativa de âmbito nacional, envolvendo a quase totalidade dos portos portugueses, desencadeada pela Associação dos Portos de Portugal (APP) (http://www.portosdeportugal.pt/), em estreita parceria com o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (http://www.imarpor.pt/).
Em Aveiro, esta iniciativa solidária conta com a prestimosa colaboração da União Distrital das IPSS de Aveiro (UDIPSS AVEIRO) (http://www.udipss-aveiro.com/), e da empresa Eco Ria (http://www.ecoria.pt/), que disponibiliza, gratuitamente, uma embarcação para o efeito.
Participam, nesta iniciativa, os Centros Sociais de Avelãs de Cima, Argoncilhe e Arrifana. Foram critérios desta escolha, Instituições Associadas na UDIPSS AVEIRO que, pela sua especificidade geográfica estão menos conciliadas com o mar e também a escolha de crianças que por razões várias não conhecem a Ria.
O passeio, pela Ria de Aveiro, terá a duração aproximada de uma hora, partida do Rossio, Aveiro (10:00), junto às instalações da Eco Ria e chegada ao cais do Jardim Oudinot.
Pelas 11:00, e findo o passeio, as crianças e jovens visitarão o Edifício dos Pilotos do Porto de Aveiro, na Barra, aqui se procedendo à visita às instalações e a uma explicação sumária da actividade destes profissionais.
O Porto de Aveiro dá assim, também, o seu contributo para as comemorações do Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social.


Um livro do Padre Tomás Marques Afonso


“O Meu Navegar no Mar da Vida”


“O Meu Navegar no Mar da Vida” é um livro da autoria do Padre Tomás Marques Afonso, publicado no âmbito das celebrações das Bodas de Ouro da sua ordenação sacerdotal. Escrito em verso, o Padre Tomás conta-nos a sua vida, passo a passo, ao jeito cadenciado de quem aprendeu a marchar, segundo as regras que ele tão bem absorveu como Capelão Militar.
«Nunca na vida passou pela minha mente escrever um livro, mas o encontro com os amigos que me incitaram a publicar algo sobre os trinta anos dedicados ao apostolado castrense, como Capelão Militar, levou-me a decidir, e aqui estou para satisfazer a sua vontade, aproveitando a coincidência de estarmos a iniciar o Ano Sacerdotal, publicando, de uma maneira salteada, acções, qualidades, partidas, peripécias, divertimentos, reparos, vivências, humorismo, alpinismo, desporto, etc.,etc., não em prosa, mas em verso de decassílabos, desde menino de escola primária até aos meus 75 anos e ao meu Jubileu Sacerdotal.» Dito isto no Prólogo, o Padre Tomás deixa claro que foi motivado por amigos. Ainda bem que há amigos assim, capazes de manter viva a amizade e o desejo de a ver plasmada em forma de livro.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um poema de Licínio Amador para amenizar o calor

Ser outro ser

Ah! Se eu pudesse ser, outro ser,
Sendo o mesmo!
Nasceria novamente
Seria outro ser,
Com nova vida
Mas vida totalmente diferente!

Teria outra infância,
Meus brinquedos
Seriam as estrelas, os planetas,
Todas as vias lácteas
Com quem brincaria
Brincadeiras de fantasia
De tolerância!


Viveria depois outra mocidade,
Iria conhecer novas culturas,
Novas tradições
Que não têm idade,
Tão cheias de belas civilizações!


Namoraria com o mar;
Pedir-lhe-ia bonanças eternas,
Bonanças azuis esverdeadas,
Por onde deslizariam,
Por onde flutuariam
Suaves e rutilantes fadas!


Pediria também namoro ao céu;
Com ele, voaria nas alturas,
Acima das montanhas,
Acima das planuras,
Descansando de quando em quando
Nas leves e sonhadoras nuvens
Que por nós passam carregadas de ternuras
Carregadas de brancuras!


E depois qual escolheria?
Os dois possuem os infinitos
Por onde sempre amei voar,
Por onde sempre amei navegar
Por onde vagueiam meus sonhos
Por onde vagueiam meus mitos!

Pedi então ajuda à vida
Que com a sua experiência,
Me aconselhou a ficar com os dois,
Porque o céu dar-me-á guarida
E, o mar, esse, alimentará a minha essência!

Licínio Ferreira Amador

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