terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um poema de Licínio Amador para amenizar o calor

Ser outro ser

Ah! Se eu pudesse ser, outro ser,
Sendo o mesmo!
Nasceria novamente
Seria outro ser,
Com nova vida
Mas vida totalmente diferente!

Teria outra infância,
Meus brinquedos
Seriam as estrelas, os planetas,
Todas as vias lácteas
Com quem brincaria
Brincadeiras de fantasia
De tolerância!


Viveria depois outra mocidade,
Iria conhecer novas culturas,
Novas tradições
Que não têm idade,
Tão cheias de belas civilizações!


Namoraria com o mar;
Pedir-lhe-ia bonanças eternas,
Bonanças azuis esverdeadas,
Por onde deslizariam,
Por onde flutuariam
Suaves e rutilantes fadas!


Pediria também namoro ao céu;
Com ele, voaria nas alturas,
Acima das montanhas,
Acima das planuras,
Descansando de quando em quando
Nas leves e sonhadoras nuvens
Que por nós passam carregadas de ternuras
Carregadas de brancuras!


E depois qual escolheria?
Os dois possuem os infinitos
Por onde sempre amei voar,
Por onde sempre amei navegar
Por onde vagueiam meus sonhos
Por onde vagueiam meus mitos!

Pedi então ajuda à vida
Que com a sua experiência,
Me aconselhou a ficar com os dois,
Porque o céu dar-me-á guarida
E, o mar, esse, alimentará a minha essência!

Licínio Ferreira Amador

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