domingo, 6 de dezembro de 2009

Dinis Alves no Diário de Notícias de hoje: A lei do menor esforço é um motor da evolução...



“A lei d mnor sforç
e 1 mtor essncial
d evlção d lngua”


?A lngua n e 1 qstao fexad. Ms tms d tr norms?, ?A língua não é uma questão fechada, mas temos de ter normas?

“A sferografik Bic foi trokd pl tekld”, “A esferográfica Bic foi trocada pelo teclado”
“N tard mt a ser prcis dar auls d kligrfia aos adolscnts”, “Não tarda muito a ser preciso dar aulas de caligrafia aos adolescentes”

Chamaram-lhe Tecla 3? Tem toda a razão para ficar chateado. Ninguém gosta de ser tratado de atrasado mental. Se está com a sensação de que lhe está a escapar qualquer coisa, dê uma espreitadela ao seu telemóvel, que não serve apenas para receber e fazer chamadas. DEF, as iniciais de deficiente, são as letras da tecla 3.
A nossa língua está a mudar a uma velocidade vertiginosa e o novo acordo ortográfico está inocente. O culpado é o telemóvel, mais concretamente as SMS, palavra hermafrodita – a maior parte das pessoas atribui-lhe o sexo feminino (que vai buscar a mensagem), mas o masculino seria o mais correcto, pois é a abreviatura de Serviço de Mensagens Escritas.
“A lei do menor esforço é um motor essencial da evolução da língua”, reconhece Dinis Manuel Alves, filho de um guindasteiro do porto do Lobito, onde nasceu há 51 anos, e que agora é o responsável pela licenciatura em Comunicação Social do Instituto Miguel Torga, de Coimbra.
A bem dizer, não é o responsável pela licenciatura, porque as SMS e o MSN não são os únicos agentes de mudança da língua. O “correctês” dá uma ajuda: o 1º ciclo é a antiga licenciatura minguada por Bolonha, o 2º ciclo respondia

Ler tudo aqui

Os meus livros antigos



«Verbo Ser e Verbo Amar», de António Correia d' Oliveira, da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras, é um poema religioso. Foi impresso e composto na Tipografia da Empresa do Anuário Comercial - Praça dos Restauradores, 24 - Lisboa- MCMXXVI. Edição das Livrarias Aillaud & Bertrand - Paris - Lisboa

Efeméride: Morte de D. Afonso Henriques


O Fundador de Portugal
morreu neste dia

D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal e responsável, destemido, pela nossa existência como povo que se orgulha da sua História, morreu faz hoje 824 anos. Lutou incansavelmente com o apoio de quantos sonharam ser autónomos, face aos poderes que os cercavam. Para recordar o que foi a sua vida e a sua política, não faltam livros, mas, já agora, vejam aqui, para fixarem o seu exemplo de tenacidade e de visão de futuro.

Para preparar o Natal



O MEU NATAL

A noite de Natal. Em meu país, agora,
O que não vai até ao romper do dia, a aurora!
As mesas de jantar na cidade e na aldeia,
À luz das velas, ou à luz duma candeia,
Entre risadas de crianças e cristais
(De que chegam até mim só ais, só ais)
Dois milhões de almas e outros tantos corações,
Pondo de parte ódios, torturas, aflições,
Que o mel suaviza e faz adormecer o vinho:
São todas em redor duma toalha de linho!

António Nobre

 

Para este Domingo II do Advento, uma reflexão de Frei Bento Domingues


(Clique na imagem para ampliar)

sábado, 5 de dezembro de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 160

BACALHAU EM DATAS - 50




O RAINHA SANTA

Caríssimo/a:

1955 - ASSISTÊNCIA SANITÁRIA: «A sua [do primitivo Gil Eanes ] última campanha fez-se em 1954 [vd. 1942] , sendo substituído no ano seguinte por um novo e moderno navio construído em Viana do Castelo, herdeiro de toda a riqueza da sua tradição de apoio humanitário e até do seu nome de baptismo – GIL EANNES.» [vd. 1974] [HDGTM, 43]

1958 - «A campanha de 1958 foi aquela que contou com maior número de unidades – 77.» [Oc45, 93]

«A pesca com veleiros puros parara em 1958.» [Oc45, 91]

1960 - «Só nas campanhas de 1960 e de 1967 mais de metade dos navios bacalhoeiros de artes de anzol (veleiros puros, lugres com motor e navios-motor) já eram construídos em ferro.» [Oc45, 99]

1961 - «O último navio a ser armado para a pesca com dóris foi o RAINHA SANTA, navio-motor de madeira concluído em 1961 nos estaleiros de Benjamim Bolais Mónica, na Gafanha da Nazaré, para a empresa Pascoal e Filhos, L.da..» [Oc45, 106 n. 26]

«De 1961 em diante os arrastões jamais deixarão de constituir mais de um terço do total de navios da frota bacalhoeira. Começou nesse ano a execução de um apressado programa de desmobilização e transformação de boa parte dos navios-motor de pesca à linha cujo rendimento se tornara insustentável, em parte porque a abundância de peixe nos bancos da Terra Nova começou a mostrar os seus limites.» [Oc45, 95]

1962 - «Em resultado da desmobilização de alguns navios-motor de pesca à linha, de 1962 em diante o potencial de pesca dos primeiros [arrastões] já ultrapassou o dos segundos [navios de pesca à linha]. O pulsar da produção nacional de bacalhau dependia cada vez mais das capturas do arrasto. [...] Em 1967 os arrastões compõem 50,7% do total de navios da frota, mas garantem 56,4% da capacidade de pesca disponível.» [Oc45, 101]

Manuel

Peço desculpa por este desabafo...

Portugal não pode continuar a ser isto!

Confesso, sinceramente, que tenho muitas dificuldades em perceber o que está dentro da cabeça de muitos dos nossos políticos. Devem ter nascido numa família onde ninguém se entendia ou onde era impossível viver com serenidade. Ou então, fora da casa paterna e materna, desenraizados, transfiguram-se e deixam vir lá de dentro, da cabeça, ódios, raivas, complexos, recalcamentos e nem sei que mais. Completamente transtornados, esquecem as razões da missão em que estão investidos, e o fel, escapando-se, boca e olhos fora, em jactos purulentos, atinge toda uma sociedade que não pode rever-se no espectáculo a que ontem assistimos. Uma vergonha!

Em vez de reflectirem sobre o tema da reunião magna do Parlamento, deputados e governantes envolveram-se numa disputa execrável, relegando para terceiríssimo plano a questão da crise económico-financeira que mantém o País à beira da bancarrota.
Zapatero, o primeiro-ministro da vizinha Espanha, disse, em entrevista ao i, na quarta-feira, que “alguns países da União Europeia estiveram à beira da bancarrota”. Tenho para mim que Portugal estaria nessa situação. Estaria, não. Estará, isso sim. E ninguém neste país cuida de se preocupar com essa realidade.
Há políticos que passam a vida a brincar com coisas sérias. Dá vontade de fugir desta gente. Mas como somos portugueses e patriotas, temos de ficar. Ficar para gritar, bem alto, que é preciso descobrir, ou redescobrir, uma forma democrática de acabar com a bagunçada em que nos deixámos cair. Portugal não pode continuar a ser isto!

Fernando Martins