sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

MISSIONÁRIOS CATÓLICOS ASSASSINADOS

Vinte e seis bispos, padres, religiosos ou leigos missionários católicos 
foram assassinados, em todo o mundo, ao longo do ano de 2005

Os dados foram revelados pela agência do Vaticano para as Missões, a Fides, e mostram um aumento de quase o dobro, em relação a 2004. Umas das piores situações é a da Colômbia, onde morreram quatro padres e uma religiosa, “que pagaram um pesado tributo pelo seu compromisso em favor da reconciliação e da justiça social, em nome do Evangelho”. 
Na República Democrática do Congo perderam a vida seis padres e um leigo. México, Brasil, Jamaica, Congo Brazzaville, Nigéria, Índia, Indonésia, Bélgica e Rússia constam entre os países referenciados pela Fides. O caso mais mediático aconteceu no Quénia, a 14 de Julho, com o assassinato do Bispo italiano D. Luigi Locati. Alguns destes assassinatos foram fruto de um contexto social marcado “pela violência, a miséria humana e a pobreza”.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o Cardeal Crescenzio Sepe, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, homenageia a coragem e a serenidade destes missionários, que partem para outros países “conscientes dos possíveis sacrifícios que lhes serão exigidos, indo até à morte”.“Quem dá a sua vida, semeia sempre alguma coisa, as pessoas não ficam indiferentes perante estes testemunhos”, indica.
O Cardeal lembra que, em 2005, houve casos em que a morte dos missionários gerou uma onda de comoção de “grandes multidões, envolvendo crentes ou não crentes, cristãos e não cristãos”.

Fonte: Ecclesia

Um artigo de António José Teixeira, director do DN

Hibridismo
Dêmos as voltas que dermos, há razões de sobra para que não nos orgulhemos muito do rumo do mundo. Ou da falta de rumo. Há sempre muitos candidatos ao leme, mas rareia clarividência, lucidez estratégica, sentido de civilização.
A Europa está parada, ocupada na contabilidade corrente, pouco ou nada empenhada em qualquer desígnio de futuro. E isso não acontece por acaso. Acontece em boa parte porque a Europa está velha, cansada, não tem dirigentes à altura das circunstâncias, mas também porque em tempo de impasses, de transição, tudo se torna fluido, híbrido. O filósofo e engenheiro Salvador Pániker dizia esta semana que vivemos na era do hibridismo "Os valores são cada vez mais relativos, móveis, provisórios." A plasticidade humana, a flexibilidade, as identidades múltiplas que cada um de nós pode assumir, os sentidos de pertença quantas vezes contraditórios, vão originando um mundo descaracterizado. Por vezes, mais rico, mais adaptável, desinteressado, mas interesseiro, quase nunca mais autêntico.
O caso do homem de negócios Silvio Berlusconi, que se envolveu na política para resolver os seus problemas com a justiça e foi eleito primeiro-ministro, demonstra bem até que ponto se relativizam valores mínimos de ética. Berlusconi chegou ao poder quando se avizinhava o cerco da justiça por inúmeras suspeitas de crimes graves. Depois de o socialista Bettino Craxi, seu protector, ter fugido para a Tunísia, Il Cavaliere conseguiu alterar leis a seu favor, obteve prescrições de processos graves e nem por isso foi beliscado na sua legitimidade democrática. Custa a dizer e a escrever "democracia"quando o voto popular tem permitido fazer do estado de direito gato-sapato. Mas essa é a realidade nua e crua com que a respeitável Europa se confronta há muito sem aparentar grande desconforto. Berlusconi não é o único num tempo em que tudo se vai relativizando, a palavra não vale grande coisa, a lei serve para se mudar ou cumprir às vezes, todos os que se interessam pelo poder são olhados pelo crivo do "mal necessário". Não espanta que Berlusconi continue a ser primeiro- -ministro, sempre sob suspeita, sempre a contornar a lei. Ao olhar dos híbridos, Berlusconi é um vencedor. Safa-se bem. Assim vai o mundo. Como diria um conselheiro tão arguto como malvado "As coisas estão tão mal que até parecem as do próximo ano..." É difícil ter esperança.

Espanha em luta contra o tabagismo

  

Espanha endurece guerra contra os fumadores 


O Governo espanhol está a endurecer a luta contra o tabagismo, que mata, por ano, naquele país, cerca de 56 mil pessoas com mais de 35 anos. O tabaco, para além das mortes que provoca, é ainda o primeiro responsável por doenças e por muita situações de invalidez. 
A guerra, que vai começar a partir de domingo, 1 de Janeiro, pretende reduzir, nos próximos dois anos, em cinco por cento, o consumo do tabaco, que Cristóvão Colombo introduziu na Espanha, quando regressou de uma das suas viagens pelas Américas.
A partir de domingo, será proibido fumar nos locais de trabalho, em bares e restaurantes, nos Hospitais e Centros de Saúde, nas Escolas e Universidades, em espectáculos que não sejam ao ar livre, nos centros comerciais e grandes superfícies, nos museus e espaços culturais, nos transportes públicos e nas estações de serviço, enfim, nos recintos fechados e onde houver menores que possam vir a sofrer as consequências do tabagismo. As multas para quem transgredir serão pesadas.
Os nossos irmãos espanhóis alinham, com esta medida, com a Irlanda, a Noruega e com a Itália, países que, no entanto, têm leis mais leves. 
E em Portugal? 
Em Portugal, com legislação mais branda, continua a haver medo de dar passos corajosos. E assim, em qualquer restaurante e noutos ambientes sem salas próprias para fumadores, qualquer pessoa que preze a saúde e goste de comer sem fumos arrisca-se a ter de suportar os fumadores que não respeitam nada nem ninguém. Exige-se, por isso, que o Governo tenha a coragem de imitar os países que olham, com olhos de ver, para os malefícios do tabaco.

Fernando Martins

Concerto de Ano Novo no Teatro Aveirense

Posted by Picasa Filarmonia das Beiras FILARMONIA DAS BEIRAS APRESENTA O SEU TRADICIONAL PROGRAMA DE ANO NOVO E REIS
Para este início de ano de 2006, a Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direcção do maestro António Vassalo Lourenço, apresenta o seu já tradicional programa de Ano Novo e Reis, no Teatro Aveirense, no próximo domingo, às 18 horas. A música de Johann Strauss, tão característica e apropriada para esta quadra, preenche, em conjunto com duas obras do compositor português seu contemporâneo Augusto Machado, a primeira parte do programa. No concerto irão ser apresentados as valsas O Danúbio Azul e Sangue Vienense e as polcas Numa Caçada e Raios e Trovões entre outras.A segunda parte será constituída com música de filmes para todas as idades e inclui algumas das principais obras de John Williams e Andrew Lloyd Webber, entre outros. A música de filmes como Harry Potter, 007, O Feiticeiro de Oz, A Lista de Schindler e Evita constam do programa.

Porta-voz do Papa comenta 2005

Joaquin Navarro-Valls comenta ano marcado pela mudança de pontificado
Joaquín Navarro-Valls, o homem que o mundo se habituou a ver nos últimos dias de João Paulo II e após a eleição de Bento XVI, considera que 2005 ficará marcado na história da Igreja e do mundo por causa destes acontecimentos.
O director da sala de imprensa da Santa Sé, que tantas vezes assume as funções de “porta-voz do Vaticano”, considera que os momentos vividos em volta da morte de João Paulo II envolveram um número “inestimável” de pessoas, um pouco por todo o globo. “Recordo com enorme intensidade esses dias, as circunstâncias que ganharam uma dimensão extraordinária na opinião pública. Foram momentos em que quase se vê agir fisicamente o Espírito de Deus, não tanto nas multidões que se concentraram na Praça de São Pedro, mas na intensidade que se via nessas pessoas, que viviam um momento verdadeiramente religioso”, disse Navarro-Valls em entrevista à Rádio Vaticano.
O homem de João Paulo II e Bento XVI para a informação confessa que viveu, “como todos, a surpresa de ouvir anunciar o nome do Papa que fora eleito”. Sobre a mudança de pontificado, este responsável assegura que as pessoas já começaram a ver, sobretudo desde a viagem a Colónia, “a paternidade universal de um Papa, a percepção da unidade da doutrina católica no tempo, na passagem de uma pessoa à outra”.
“Há, naturalmente, diferenças de estilo e pessoais entre João Paulo II e Bento XVI, mesmo mudanças nas prioridades pastorais. Cada pontífice depende um pouco do seu tempo, das suas exigências e necessidades espirituais”, acrescenta.Em relação à relação entre o novo Papa e os fiéis, o director da sala de imprensa da Santa Sé admite que o número de pessoas que tem participado nos vários encontros com Bento XVI (cerca de 3 milhões) é “verdadeiramente surpreendente”.
Fonte: Ecclesia

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

POSTAL ILUSTRADO: Praia da Barra - Farol

 


Mesmo no Inverno, é sempre agradável passear por recantos bonitos, como este da Praia da Barra, onde o Farol, dos mais altos de Portugal, é o centro de muitas atenções.

Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN

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ESTADO
Anda toda a gente preocupada com o futuro da protecção social. Mesmo nos Estados Unidos, onde é baixo o nível da protecção, há recuos nos benefícios da segurança social e da saúde. Em Portugal, com uma economia bem mais pobre, temos redobrados motivos para receios. O fraco crescimento económico e o envelhecimento da população, com cada vez menos activos a pagarem as reformas de cada vez mais pensionistas, ensombram o horizonte. Mas pouco se fala do reforço da autoridade democrática do Estado, condição de igualdade e protecção essencial dos mais desfavorecidos. E até não envolve muito dinheiro.
A esquerda tem esquecido essa frente decisiva da justiça social. Talvez pela sua alergia à ideia de autoridade. Ora um Estado fraco, como o nosso, está à mercê das pressões dos poderosos, à custa dos mais fracos. É o terreno ideal para as corporações fazerem vingar os seus interesses sectoriais contra o interesse geral. E para o esbater das fronteiras entre negócios e política. Quando a corrupção é grande, como infelizmente é o caso português, lucra quem tem meios - dinheiro e influência política e social. Perdem os que são pobres e não dispõem de recursos para pressionar a máquina estatal, incluindo as autarquias. Exemplo desta iniquidade está no facto de termos uma justiça para ricos e outra para pobres.
Por isso reforçar o Estado não deveria ser apenas uma ideia para discursos de circunstância. Ao encerrar o debate orçamental, o ministro das Finanças prometeu "mudanças profundas na forma como o Estado se organiza e funciona". Mas parece que o Governo tem vergonha de proclamar, e assumir, o imperativo de dotar o País de um Estado digno desse nome. Esta deveria ser a prioridade. Não é apenas uma questão financeira e política. É sobretudo uma exigência de justiça social.

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