terça-feira, 23 de agosto de 2005

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Picasa Ria de Aveiro, na Gafanha de Aquém A RIA DE AVEIRO MERECE MAIS CUIDADO
Quem se dirige da Gafanha de Aquém para a cidade de Ílhavo pode reparar no triste espectáculo que se lhe ofecere junto à ponte. Eu sei que há quem goste destes aparatos atamancados, feitos livremente pelos proprietários de barcos da Ria. Mas a verdade é que isto não fica bem às portas da sede do concelho. Com um pouco mais de esforço, seria possível, penso eu, construir uns ancoradouros de raiz, funcionais e até convidativos para que as pessoas se possam aproximar mais da água.
F.M.

Os jovens são uma provocação saudável

Posted by Picasa Bento XVI Bento XVI pede aos bispos alemães que se deixem provocar pelos jovens
Bento XVI pediu aos bispos da Alemanha para se deixarem provocar pelos jovens, para que as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) - encerradas no domingo - possam ter um impacto duradouro nesse país.
Ao encontrar-se com os prelados na sala magna do seminário de Colónia, o Papa traçou as luzes e sombras da Igreja Católica do seu próprio país e convidou-os a “encontrar novas vias para chegar aos jovens e para lhes anunciar Cristo”. Os jovens são para nós uma provocação saudável, porque nos pedem que sejamos coerentes, unidos, intrépidos” - assegurou o Sumo Pontífice aos bispos seus compatriotas.
Em particular, explicou pouco antes de deixar a sua terra natal que as edições anteriores destas Jornadas, como dizia João Paulo II, foram um “laboratório” vocacional, “porque nestes dias o Senhor não deixará de fazer ouvir com força seu chamado ao coração de tantos jovens”.
Fonte: Ecclesia

domingo, 21 de agosto de 2005

COLÓNIA: PAPA ENCERRA JMJ

Posted by Picasa Papa Bento XVI NÃO SÃO AS IDEOLOGIAS QUE SALVAM O MUNDO
Cerca de um milhão de crentes, essencialmente jovens, participaram hoje, domingo, na missa presidida pelo Papa Bento XVI em Colónia, na Alemanha, que marcou o encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O Papa, à homilia, defendeu a rejeição da mercantilização da religião e frisou que "não são as ideologias que salvam o mundo, mas apenas um regresso ao Deus vivo, nosso criador, garante da nossa liberdade, garante do que é verdadeiramente bom e verdadeiro". Em várias línguas, Bento XVI falou sobre a necessidade de regressar à religião católica como fonte de valores, mas também fez um apelo ao fim da exploração comercial da fé. Disse que "há um estranho esquecimento de Deus", simultaneamente com o sentimento de frustração e insatisfação que leva a uma "nova explosão da religião". Contudo, frisou o Papa, não se deseja desacreditar todas as manifestações do fenómeno. "Pode haver alegria sincera na descoberta", mas "se for levada demasiado longe, a religião torna-se quase um produto de consumo. As pessoas escolhem o que gostam, e algumas são mesmo capazes de lucrar com isso". Bento XVI pediu depois, especialmente aos jovens, para participarem nas eucaristias dominicais porque, se fizerem esse esforço, “perceberão que isto é o que dá um verdadeiro enfoque ao vosso tempo livre".
A juventude, com representações de todo o mundo, o colorido, a alegria sã, e o fervor religioso, tudo alimentado por uma grande fé num futuro melhor, com Deus, foram marcas indeléveis que ficaram destas JMJ, em boa hora lançadas por João Paulo II.
(Para ler mais, clique aqui)

Afugente o stresse

Vagueira: praia
  
Ver o mar faz baixar níveis de stresse “Um passeio no parque, o cheiro da relva cortada e o canto dos pássaros são alguns gestos que aliviam o stresse. Mas nada relaxa de forma tão rápida e efectiva como a visão do mar. 
Segundo um estudo que envolveu dois mil adultos, citado pela BBC on-line, o stresse diário atinge 30 por cento da população. Mais de oito em cada dez inquiridos (84 por cento) garantem que o contacto com a natureza é algo que os alivia imediatamente. Olhar o mar tem esse efeito para 42 por cento dos inquiridos e passear no parque – a segunda hipótese mais votada – é uma actividade mencionada por 33 por cento. 
Mas nas cidades a natureza é algo de distante – quase um quarto dos londrinos não experimentaram, nos seis meses anteriores à investigação, o silêncio. De resto, são os citadinos os que mais sofrem de stresse. Apenas 19 em cada cem dos que habitam em zonas rurais dizem sentir-se stressados numa base diária – um valor abaixo da média. 
Christine Webber, que trabalho no relatório, explicou que as pessoas das cidades não estão em contacto com a natureza e isso faz disparar os seus níveis de stresse.” 

Nota: Transcrito do “PÚBLICO” deste domingo

ÍLHAVO: Festas do município

Posted by Picasa Farol MAR AGOSTO 2005
A Câmara Municipal de Ílhavo preparou mais uma edição de MAR AGOSTO - Festas do Município de Ílhavo, que decorrerão durante o mês de Agosto.
Conheça o programa e participe! 21 – Domingo Todo o dia IX Fim de Semana Radical, com Pista de Escalada, Slide, Rappel, Insufláveis, Street Basket Local: Largo do Farol, Praia da Barra. Organização do Grupo de Jovens da Praia da Barra. 10h30 Construções na Areia Local: Praia da Barra Org.: Diário de Notícias Apoio: Câmara Municipal de Ílhavo 21h00 Município Sem Fronteiras 2005 (Final) Local: Relvado da Costa Nova 21h30 Comemorações do 4º Aniversário da Inauguração do Navio Museu Santo André. Espectáculo de poesia e música, intitulado “Tributo a Eugénio de Andrade”, pela Associação Rota da Poesia Local: Navio Museu Santo André 23 - Terça-feira 9h30-12h30 Galeria dos Animais e das Plantas Local: Praia da Costa Nova Comemorações do 4º Aniversário da Inauguração do Navio Museu Santo André 9h30-24h00 Dia do Museu Aberto (entradas gratuitas) Local: Navio Museu Santo André 18h00 Apresentação do Catálogo da Exposição “Um Mergulho na História – O Navio do Século XV Ria de Aveiro A” . 18h30 Entrega dos prémios do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”

Um artigo de Diogo Pires Aurélio, no DN

Posted by Picasa Diogo Pires Aurélio Em nome de revolução
Faz agora 30 anos, Portugal, de norte a sul, estava em pé de guerra. A ditadura tinha sido abolida há já alguns meses, mas ainda não era claro aonde tudo aquilo iria acabar. Na altura, discutia-se muito, e talvez ainda hoje se possa discutir, qual seria exactamente o destino reservado a Lisboa pela estratégia da União Soviética ou, em termos domésticos, até onde o Partido Comunista estaria disposto a ir, ou a aguentar, na via da revolução.
Quem aqui viveu esses meses sabe, no entanto, que, se havia realmente uma fractura entre adeptos da democracia representativa e adeptos da chamada "democracia real", havia também o receio crescente de que, sobretudo nos quartéis, a situação ficasse incontrolável. Os relatos desse tempo, que a imprensa tem vindo ultimamente a desenterrar, são bastante elucidativos.
Há nesses relatos dois aspectos que, recordados à distância, ainda hoje impressionam e são, porventura, difíceis de explicar. O primeiro é a forma como, em pouco tempo, da falta de escrúpulos e de legitimidade do antigo regime nasceu uma falta de escrúpulos e uma disposição para a violência e a arbitrariedade, que só por acaso não deu em guerra civil. O segundo é a cobertura que uma tal sequência de desmandos e arbítrios, assim que passaram a apelidar-se de revolucionários, encontrou entre pessoas normalmente de bom senso e que toda a vida se tinham batido contra atitudes semelhantes por parte do Estado Novo. Que toda a gente desatasse a discutir e que não fosse muito claro o modelo de sociedade a que havia de chegar-se, era de esperar, ou até mesmo desejável. Mas que instituições como a justiça ou a liberdade de imprensa, cujo funcionamento até ao 25 de Abril fora um cavalo-de-batalha da resistência, desaparecessem de um dia para o outro, submergidas numa lenga-lenga de pretextos progressistas, ainda hoje custa a acreditar.
(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Um conto de Tridade Coelho


  ABYSSUS ABYSSUM


Nesse dia, os dois pequenitos tinham jurado que haviam de ir ao rio. Assim eles tivessem uma coisa boa!... Mas que tentação para ambos, o rio! Ainda lhes soavam aos ouvidos, com todo o seu entono vibrante de ameaça, aquelas terríveis palavras com que a mãe os intimidara, um dia que lhe apareceram em casa tarde e às más horas. – Ouvistes? – ralhara-lhes a mãe. – Olhai se ouvistes! Se voltais ao rio, mato-vos com pancada! Andai lá... Ih! Como ela dissera aquilo, Mãe Santíssima! Colérica, ameaçadora, com a mão em gume sobre as suas cabecitas louras...
Lembravam-se de haver tremido, cheios de susto, muito chegados um ao outro, humildes sob aquela ameaça terminante. E então, nesse dia, eles não tinham ido ao rio. Aos pássaros, sim... lá estavam as calças rotas do Manuel a dizê-lo – ...aos pássaros é que eles tinham ido. Ao rio era bom!, a mãe que o soubesse... Ah, mas então não os deixassem dormir naquele quarto! 
Logo de manhã, mal abriam as janelas, a primeira coisa que viam era o rio, uma corrente muito lisa e esverdeada, serpeando entre os renques baixos dos salgueiros. Lá estava a ponte velha, de onde os rapazes se atiravam despidos, de cabeça para baixo, e então o barquinho branco do fidalgo – lindo barquinho! – sempre à espera que o fidalgo o desamarrasse para passar à grande quinta que tinha na margem de lá. De modo que o primeiro desejo que logo pela manhã assaltava os dois rapazes era o de irem por ali abaixo, muito madrugadores, tão madrugadores como os melros, meterem-se dentro do barco, desprendê-lo da praia e deixá-lo ir então para onde ele quisesse, contanto que fosse sempre para diante... 

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