quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Artigo para pensar

Há artigos jornalísticos, às vezes muito simples, que nos obrigam a pensar. Como este que hoje sugiro aos visitantes do meu blogue. Há empresas e grupos económicos, nomeadamente bancos, que têm lucros fabulosos, quantas vezes à custa de quem tem necessidades no dia-a-dia. Leiam no PÚBLICO este artigo e depois façam um simples comentário. Neste blogue ou por intermédio de rochamartins@hotmail.com. A partilha é sempre útil. Obrigado.
F.M.

Para começar bem a Quaresma

"Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: 'Tomai cuidado em não fazer diante dos homens as vossas práticas religiosas, para serdes vistos por eles. Aliás, não teríeis recompensa diante do vosso Pai que está nos Céus. Assim, ao dares esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem as pessoas fingidas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvadas pelos homens. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Mas, sempre que deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a mão direita, para que a tua esmola seja em segredo. E teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como as pessoas fingidas: elas gostam de orar de pé, nas sinagogas e nos cantos das praças, para se mostrarem aos homens. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai, presente no segredo. E teu Pai, que te vê no segredo, te dará a recompensa. E, quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como as pessoas fingidas: desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Tu, porém, ao jejuares, deita perfume na cabeça e lava o rosto, para não mostrares aos homens que jejuas, mas a teu Pai, lá em segredo. E teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa.'" Do Evangelho de S. Mateus
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

CARNAVAL antes da QUARESMA

Hoje, o povo vai brincar, por aqui e por ali, ao Carnaval. Em Portugal e no mundo ocidental. Nas aldeias, vilas e cidades, embora, com a sua industrialização, se tenha perdido o sentido de uma verdadeira festa popular e espontânea. Perde-se no tempo a razão das festas carnavalescas, mas, para nós católicos, tem uma certa lógica. A Quaresma, que se inicia logo a seguir, em quarta-feira de cinzas, vai ser um período de oração, de meditação, de uma mais intensa vivência da caridade, de partilha e de generosidade, de autêntica preparação para a Páscoa e para uma mais convincente interiorização da Ressurreição de Jesus, razão de ser da nossa fé. Brinquemos hoje, portanto, para amanhã entrarmos numa outra onda, de busca do transcendente, do Deus da vida, rumo a uma vida diferente, capaz de transformar o mundo, para melhor, nem que seja apenas, e para começar, à nossa volta. Para conhecer um pouco melhor a história do Carnaval, leia «Do Carnaval às cinzas», na Ecclesia.
F.M.
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IMIGRANTES

Muitos imigrantes ainda não podem aspirar a ter um negócio Muitos imigrantes radicados entre nós ainda não podem aspirar a ter um negócio próprio. Trata-se de uma injustiça, até porque eles já representam cinco por cento do PIB (Produto Interno Bruto) do nosso País. Urge, pois, que a legislação portuguesa seja revista para que os que optaram por viver entre nós, e connosco, possam viver como nós. Para mais informação, ler o Jornal de Notícias.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

A clivagem escondida das eleições

Os que visitam este Blogue talvez gostem de ler um artigo de opinião, de João César das Neves, "A clivagem escondida das eleições". Experimentem.

O Altar nunca deve ser palco de política partidária

Quando tenho conhecimento de que há padres que se servem do ambão onde proclamam o Evangelho para pregarem opções político-partidárias, penso logo que esse sacerdote errou a vocação. Sei que as nossas atitudes têm ou devem ter muito de política, sobretudo quando procuram sensibilizar os outros para a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna, onde não haja miséria e fome degradantes, nem a exploração seja de quem for. Mas também sei que a igreja e as suas celebrações nunca podem criar divisões entre a família paroquial, apresentando uns partidos como santos e outros como diabos. Se analisarmos os programas dos diversos partidos políticos, é certo e sabido que em todos podemos encontrar projectos que qualquer cristão poderá assumir, como compatíveis com a Doutrina Social da Igreja. Mas também é certo que nos mesmos partidos haverá muita coisa que não está de acordo com a nossa consciência. O que é preciso é sabermos distinguir onde está o meio-termo e o essencial para um futuro melhor e para o bem-estar das populações. Ora, a análise dos programas partidárias deve ser feita, a meu ver, na sociedade e até nas diversas organizações eclesiais, porque os cristãos, bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos, têm de estar inseridos no mundo e não fechados nos templos. E nas celebrações, onde se reza e se partilha a Palavra de Deus e onde comungamos o Corpo de Cristo para melhor gerarmos comunidade fraterna, nunca deverá haver espaço para comícios políticos, penso eu. Fernando Martins
Foto: Altar nunca deve ser tribuna de política partidária
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Que tristeza de campanha eleitoral...

Gostaria de poder aceitar, com alguma naturalidade, a campanha eleitoral em curso, com dois sérios candidatos ao cargo de primeiro-ministro: José Sócrates (PS) e Santana Lopes (PSD). Gostaria, mas tenho dificuldades em pactuar com o ambiente generalizado, entres os candidatos e seus mais directos apoiantes, de ofensas, desafios ridículos, acusações sem nexo, onde muitas vezes se procura atingir a dignidade do adversário, tido como inimigo a abater. Com mais de 30 anos de democracia e com novas gerações no palco da política, é difícil conceber a incapacidade que há para o diálogo e para o confronto de ideias, na apresentação, que é fundamental, dos projectos viáveis de cada partido. Mas de facto é o que se vê. A agravar todo este clima, registamos, com mágoa, o recurso aos velhos hábitos caciquistas, com a arregimentação de pessoas, muitas vezes a troco de umas viagens e de uns comes e bebes, para engrossarem as plateias onde os políticos vão descarregar os seus ataques contra os adversários. Não seria mais bonito que as pessoas fossem livremente aos comícios, assumindo as suas opções partidárias, sem pressões nem desafios pouco dignificantes? Como ainda estamos no princípio, vamos ser optimistas e esperar que tudo se componha até ao dia das eleições, 20 de Fevereiro.
Fernando Martins