Gaspar Albino partiu sem avisar. Serenamente, como sempre viveu. Serenamente, mas nunca indiferente à vida, à sua cidade e suas gentes. Deixou-nos órfãos da sua riquíssima e multifacetada sensibilidade. Desde muito jovens se fez homem no pensar, no agir, no estar em sociedade, no assumir responsabilidades, no enfrentar desafios.
O seu percurso de vida, por mais notas de vários tons que acrescentemos à lista longa do que sonhou e fez ficará sempre incompleta e muito pobre, face aos modestos contributos de todos nós na luta por um mundo mais belo, mais solidário, mais fraterno.
Homem de sete ofícios e saberes, nunca deixou a humildade de lado como timbre que se projetou na sociedade aveirense que ele tanto amou e dignificou. Tão saborosas eram as suas recordações de infância como sábias se mostravam as suas considerações sobre o que era justo ou injusto para que Aveiro saísse honrada.
Neste momento de dor pela sua partida, resta-nos a certeza de que a sua memória, a sua sorridente bondade, a sua simplicidade, a sua cultura e a sua serenidade permanecerão connosco. E ainda fica connosco a convicção de que o Gaspar Albino já está no seio maternal de Deus.
Nota: A foto do Gaspar Albino é do meu arquivo: As duas imagens são do catálogo "Homenagem ao Pescador Manuel"
Nota: A foto do Gaspar Albino é do meu arquivo: As duas imagens são do catálogo "Homenagem ao Pescador Manuel"