Realizou-se hoje, sábado, 15 de junho, no Jardim 31 de Agosto, o Dia da Comunidade Paroquial, junto à estátua do Prior Sardo, fundador e dinamizador da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré. A Eucaristia, fonte da nossa fé, foi presidida pelo nosso prior, Padre César Fernandes, que à homilia deixou um apelo, no sentido de todos assumirmos a tarefa da evangelização, que não é exclusiva «dos bispos e dos padres».
Mais de 500 pessoas participaram no Dia da Comunidade, apesar de o sol escaldante se fazer sentir, número que excedeu as expetativas, talvez por ser o Jardim 31 de Agosto o verdadeiro centro cívico da Gafanha da Nazaré. Os trabalhos de organização estiveram a cargo dos Conselhos Económico e Pastoral e contaram com a colaboração sempre disponível do Agrupamento n.º 588 do CNE, todos dinamizados pelo prior César Fernandes, que no final da missa agradeceu os contributos dos que trabalharam com afinco, para que tudo corresse bem. E depois da Eucaristia veio o convívio com bifanas, rojões, caldo verde, doces, cerveja, vinhos, águas e sumos.
Os participantes ouviram do presidente da celebração propostas de uma maior envolvência na missão salvadora que nos veio de Jesus Cristo, sobretudo através do testemunho de vida e pela nossa dedicação em favor do próximo. Temos de ser «pessoas que perdoam, como o Senhor nos perdoou».
Frisou que «é preciso estar sempre na linha da frente com as nossas vidas lúcidas e cheias de humildade e de simplicidade», neste tempo «cada vez mais materializado, mais paganizado e mais agnóstico», procurando ser «os apóstolos do século XXI».
Perante os mais fragilizados da vida, temos de assumir, «cada vez mais e melhor, as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres dos nossos dias».
João Lagarto, Chefe do Agrupamento n.º 588 da Gafanha da Nazaré, disse-nos, entre bifanas, caldo verde e bebidas, com tudo coordenado como máquina afinada, que é com gosto que colaboram com a paróquia, mas lembrou que é missão do escutismo contribuir para a educação e formação cívica e religiosa dos membros das diversas secções. Desta feita, como noutras ocasiões, estão sempre disponíveis para colaborar com a paróquia.
João Lagarto considerou que o Dia da Comunidade corre «sempre melhor quando se faz junto da igreja matriz». «Aqui torna-se tudo mais simples; as pessoas não têm que se deslocar», disse.
O chefe adiantou, entretanto, que a equipa, na qual os escuteiros se envolveram, era constituída pelos membros dos Conselhos Económico e Pastoral, não faltando as experiências colhidas noutras tarefas semelhantes. E na sua opinião, o número de pessoas ultrapassou as expetativas, «obrigando a equipa a procurar reforços», porque, doutro modo, «não conseguíamos alimentar toda a gente».
Carlos Rocha, Presidente da Junta de Freguesia, achou «extraordinária a ideia de realizar o Dia da Comunidade Paroquial» neste jardim, «mais próximo da população». E também conseguimos perceber «quanto é bom estar aqui».
Levantada a questão do aproveitamento do Jardim Oudinot, outra zona de lazer privilegiada da nossa terra, o autarca adiantou que aquele parque «tem solicitações variadas e demasiadas até, sendo bom apostar no Jardim 31 de Agosto, mais central e de fácil acesso para as pessoas».
O Presidente ainda referiu que a Câmara Municipal de Ílhavo quer valorizar a Fábrica das Ideias, «virando-a para o exterior», numa perspetiva de «dinamizar este espaço com diversas iniciativas, envolvendo as nossas associações em projetos de interesse para as populações.
Fernando Martins