sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Capitais Imperiais - Budapeste

5.ª feira, 22 de agosto

Bastião dos pescadores


Budapeste

O dia foi inteiramente preenchido com a visita, à cidade de Budapeste, conhecida como a “Pérola do Danúbio”.
É a capital e maior cidade da Hungria, com 2 milhões de habitantes. Está dividida em duas partes, separadas pelo Rio Danúbio: a parte de Buda com as suas colinas cheias de história e a parte plana de Peste mais movimentada. Eram duas cidades distintas mas fundiram-se em Budapeste em 1873, rica em património arquitetónico e cultural. O significante das palavras não tem nada a ver com o significado que, aparentemente, sugerem em português, referiu-nos a guia, com o seu fraquinho patriótico, pela terra natal.
Começando por Buda, a Colina do Castelo é um lugar magnífico para deambular pelas ruas medievais e apreciar o panorama de todo o lado de Peste, o rio e a Colina Gellért. No topo da colina, fica o imponente Palácio Real, construído no século XIV e reconstruído em estilo barroco 400 anos mais tarde. Foi a residência dos reis húngaros durante 700 anos. Atualmente, alberga os melhores museus da Hungria e a Biblioteca Nacional. Aí perto, fica a Igreja Matthias, com 700 anos, onde os reis eram coroados. Uma grande atracção turística é o chamado Bastião dos Pescadores, um miradouro monumental onde se tem a melhor vista da cidade, com o rio e Peste aos nossos pés, incluindo a magnífica visão do Parlamento neo-gótico e a famosa Ponte Széchenyi. 
A colina Gellért é uma reserva natural no meio da cidade. Aqui fica a Cidadela e 3 dos famosos hotéis-spa de Budapeste.





Donzília no Café New York

A famosa Ponte Széchenyi liga Buda a Peste e é um dos principais símbolos da cidade. Já do lado de Peste, é obrigatória a visita à principal rua pedonal, Váci utca, com as suas lojas elegantes, cafés e restaurantes. A Basílica de St. István, São Estêvão, é a maior igreja de Budapeste, construída em estilo neo-renascentista, em que a influência bizantina deixou as suas marcas. É esplendorosa a harmonia cromática, na pintura das suas paredes. O Museu Nacional é o que de melhor ficou, da arquitectura húngara clássica.
No antigo bairro judeu Erzsébet, fica a maior sinagoga da Europa, com lugar para 3000 pessoas. O Parlamento da Hungria é talvez o mais famoso edifício da cidade, no seu sumptuoso estilo, neo-gótico de grande dimensão. Seguindo pelo Andrássy Boulevard, encontram-se lindas mansões dos séculos XIX e XX e também a Ópera de Budapeste.
O Parque da Cidade contém a monumental Praça dos Heróis.
Lago Balaton é também chamado o Mar da Hungria, já que o país não tem mar. Neste particular, não são sortudos como os portugueses. É um lago com 80 km de comprimento, na região central da Hungria, a 100 kms de Budapeste, por isso um dos seus principais tesouros e a principal estância de férias do país. Na margem norte do lago, ficam as estâncias balneares de Balatonfüred e Tihany, com as suas águas termais, que o povo utilizava gratuitamente, para tratamentos de saúde. Tihany fica numa península de origem vulcânica que entra pelo lago.
 Budapeste fica situada na parte central da Hungria, nas margens do Rio Danúbio. Existem boas ligações rodoviárias com a Europa Ocidental, nomeadamente a Viena, Bratislava e Praga. No futuro, o país irá beneficiar de grandes investimentos, em infra-estruturas, com a adesão à União Europeia. 
Átila, o Huno, também conhecido como Praga de Deus, foi o último e mais poderoso rei dos hunos. Governou o maior império europeu de seu tempo, que integrava todo o território da Hungria, desde 434 até à morte, em 453.
Houve uma breve referência a este guerreiro destemido, nascido em solo húngaro, mas no meu imaginário é evocado aquele aluno da escola da Gafanha da Encarnação, o Átila, com quem conversava, amistosamente, na biblioteca e que me deixou a grata recordação dum jovem louro de olhos azuis e........muito, muito educado. Lembro-me de lhe ter pedido para me ensinar algumas palavras da sua língua materna, uma língua arrevesada, no dizer da nossa guia.

Igreja Mathias

No regresso ao hotel, um grupo de companheiros, talvez com espírito mais aventureiro, que eu integrava, fez uma pequena “incursão” ao Café New York, ali perto... por sugestão dum vasco que se cruzou connosco ao pequeno-almoço. “ Não percam a visita a este espaço, pois é esplendoroso! Confirmámos isso, in loco e tivemos a sensação de estar num antigo palácio da aristocracia vienense, de estilo barroco! Experiências únicas que dão colorido e flavour à vida. Valeu a pena!
À noite, fomos jantar a um restaurante, onde assistimos à exibição de um espetáculo de folclore.

M.ª Donzília Almeida

22.03.2008


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