A revolução da r(el)acionalidade
1. Os tempos actuais servem a cada semana novas tecnologias de comunicação. Cresce a olhos vistos a oferta de consumíveis prodigiosos, que dão para falar, escrever, fotografar, filmar, enviar, comprar, aceder à internet… É a revolução digital em veloz andamento, todavia, a reclamar a correspondente fronteira de convivência e mesmo da privacidade. As diferenças e diversidades de pensamentos e vida vão-se aproximando, a um ritmo que precisa da “racionalidade” como farol de referência. Mas não chega uma racionalidade “fria”, técnica, instrumental, empírica. Seja uma racionalidade humana como capacidade de pensar crítica e criativamente sobre a vida, os outros, as coisas, a Verdade. Para esta “aventura” decisiva à edificação de um futuro comum no mundo actual a “inteligência emocional”, envolvente de toda a pessoa e aberta a todas as pessoas, será o guia para se chegar a esse bom porto.
2. Há muita inteligência, hoje tornada tecnologia, que, ampliando mil potencialidades de alcance e rapidez, todavia, vive “enferma” pois na sua aplicação real revela a incapacidade de aceder à raiz humana comunitária, e amplia mesmo as desigualdades. Muitas vezes, ao mesmo tempo que vemos crescer os instrumentos, é um facto, vemos diminuir as “presenças” nos (e dos) interesses solucionadores das preocupações do bem comum. Se a época é de nova “revolução científico-racional”, teremos de conjugar os factores em ordem a uma visão relacional de tudo. Esta apresentar-se-á hoje como eixo decisivo, mesmo em ordem ao entendimento dos povos.
3. Nesse pressuposto relacional abrangente, já as finalidades adquirem outro alcance. Não se tratará de uma “razão” qualquer, fechada sobre si mesma, em modelos marcadamente teóricos, “fora da história”. Como “seres em relação” que todos somos, a própria ordem dos conhecimentos e da inteligência reconvertem-se no ideal de serviço à humanidade concreta. À medida que o conhecimento do profundo das culturas vai chegando à luz do dia global, ergue-se com maior premência o desafio do acolhimento das diferenças que, não desrespeitando a “dignidade humana” (patamar de referência comum), haverão de ser apreciadas e integradas na sua diversidade.
4. Não chegam meramente as “respostas antigas”, pois os desafios da proximidade são novos. A globalização em exercício vive-se à descoberta, não traz consigo as fórmulas solucionadoras de todos os problemas. Não será uma questão de tecnologias; essa já atingiu patamares admiráveis ao pôr-nos em contacto uns com os ouros. Será uma questão de Humanidade. A assunção do diálogo intermulticultural (acima de um “refrão” mas como existência social) será uma das chaves de leitura inclusiva daquilo que será cada vez mais a hiperconfluência (por vezes desordenada) de informação. É por isso que uma cidadania activa na base dos direitos humanos pode ordenar criativamente o encontro de uma “razão” que é chamada à “relacionalidade”.
2. Há muita inteligência, hoje tornada tecnologia, que, ampliando mil potencialidades de alcance e rapidez, todavia, vive “enferma” pois na sua aplicação real revela a incapacidade de aceder à raiz humana comunitária, e amplia mesmo as desigualdades. Muitas vezes, ao mesmo tempo que vemos crescer os instrumentos, é um facto, vemos diminuir as “presenças” nos (e dos) interesses solucionadores das preocupações do bem comum. Se a época é de nova “revolução científico-racional”, teremos de conjugar os factores em ordem a uma visão relacional de tudo. Esta apresentar-se-á hoje como eixo decisivo, mesmo em ordem ao entendimento dos povos.
3. Nesse pressuposto relacional abrangente, já as finalidades adquirem outro alcance. Não se tratará de uma “razão” qualquer, fechada sobre si mesma, em modelos marcadamente teóricos, “fora da história”. Como “seres em relação” que todos somos, a própria ordem dos conhecimentos e da inteligência reconvertem-se no ideal de serviço à humanidade concreta. À medida que o conhecimento do profundo das culturas vai chegando à luz do dia global, ergue-se com maior premência o desafio do acolhimento das diferenças que, não desrespeitando a “dignidade humana” (patamar de referência comum), haverão de ser apreciadas e integradas na sua diversidade.
4. Não chegam meramente as “respostas antigas”, pois os desafios da proximidade são novos. A globalização em exercício vive-se à descoberta, não traz consigo as fórmulas solucionadoras de todos os problemas. Não será uma questão de tecnologias; essa já atingiu patamares admiráveis ao pôr-nos em contacto uns com os ouros. Será uma questão de Humanidade. A assunção do diálogo intermulticultural (acima de um “refrão” mas como existência social) será uma das chaves de leitura inclusiva daquilo que será cada vez mais a hiperconfluência (por vezes desordenada) de informação. É por isso que uma cidadania activa na base dos direitos humanos pode ordenar criativamente o encontro de uma “razão” que é chamada à “relacionalidade”.
Alexandre Cruz