HISTÓRIA NA PRAIA DA BARRA
Há dias passeei com um amigo pela Praia da Barra. Inevitável ver o mar, com barcos que saem e entram. Há sempre quem goste de ver e que até se imagine dentro de um para correr mundo, prazer de tantos dos nossos conterrâneos que andam embarcados, e não só. Apesar do ventinho agreste, havia gente na praia, estendida na areia e à espera do sol benfazejo de mistura com o iodo da maresia. Não pisámos o areal, que não íamos à moda disso, nem é coisa do meu gosto, mas deambulámos por ali ao sabor das nossas recordações de tempos que nos encheram a memória de coisas agradáveis, nem sempre ditas a quem nos ouve.
Depois parámos em frente ao obelisco, assente num largo que tem o nome de um grande homem grande, alemão, e que deu trabalho a muita gente destes sítios. Roeder, assim se chamava e assim era conhecido o fundador do Estaleiro de São Jacinto, que os administradores que vieram depois não conseguiram manter de pé, por vicissitudes várias e próprias da crise industrial que entretanto surgiu. O nome dele aqui fica, como simples mas justa homenagem, embora um pouco deslocado do sítio onde muito trabalhou e viveu, dando exemplo de uma tenacidade rara.
O obelisco, agora mais bonito, depois do restauro por que passou, é uma lição de história. Não vi ninguém a ler, ou a reler, as legendas com referências à ria e barra de Aveiro. Nós lemo-las, e com que gosto. Quem dera que outros o façam, para ao menos ficarem a saber um pouco mais do chão que pisam e da terra onde vivem ou passam férias.
Fernando Martins
Depois parámos em frente ao obelisco, assente num largo que tem o nome de um grande homem grande, alemão, e que deu trabalho a muita gente destes sítios. Roeder, assim se chamava e assim era conhecido o fundador do Estaleiro de São Jacinto, que os administradores que vieram depois não conseguiram manter de pé, por vicissitudes várias e próprias da crise industrial que entretanto surgiu. O nome dele aqui fica, como simples mas justa homenagem, embora um pouco deslocado do sítio onde muito trabalhou e viveu, dando exemplo de uma tenacidade rara.
O obelisco, agora mais bonito, depois do restauro por que passou, é uma lição de história. Não vi ninguém a ler, ou a reler, as legendas com referências à ria e barra de Aveiro. Nós lemo-las, e com que gosto. Quem dera que outros o façam, para ao menos ficarem a saber um pouco mais do chão que pisam e da terra onde vivem ou passam férias.
Fernando Martins