É PRECISO AJUDAR QUEM AJUDA
O Banco Alimentar Contra a Fome comemora hoje o seu 10.º ani-versário, com uma missa que vai ser celebrada pelo Bispo Emérito de Aveiro, D. António Marcelino, e com um concerto pela Filarmonia das Beiras, no Teatro Aveirense.
Para além das cerimónias e outras acções comemorativas, importa lembrar que esta instituição dá de comer, diariamente, a muitos milhares de pessoas em Portugal. Em Aveiro apoia diariamente 173 instituições e mais 30 ocasionalmente, com a prestimosa colaboração de 1600 voluntários, como noticia a Rádio Terra Nova, da Gafanha da Nazaré.
Muitos hão-de interrogar-se sobre o porquê de tanta fome em Portugal. O facto, digno de reflexão por bastantes sociólogos e outros especialistas, nunca suscitou respostas que levassem à erradicação da pobreza entre nós. Ela existe, mesmo debaixo dos nossos olhares, concluindo-se que se trata duma aceitação tácita e irreversível. “Pobres sempre os houve toda a vida; pobres sempre os teremos.” Isto é dito à boca cheia, a toda a hora, como se mais nada houvesse a fazer.
Choca-me este conformismo, palpável em cada canto. Mas nem por isso deixo de manifestar este meu desabafo, numa ânsia incontida de querer lutar contra as injustiças que causam a fome, no nosso País, a tantos milhares de compatriotas nossos e a muitos imigrantes que nem aqui conseguiram encontrar o essencial para uma vida digna.
Enquanto a justiça social não for preocupação primeira dos nossos empresários e políticos, enquanto não houver salários justos e pagos regularmente, enquanto não houver condições para que cada português possa ter o mínimo para uma vida decente, teremos de agradecer ao Banco Alimentar Contra a Fome e a tantas outras instituições e pessoas que se preocupam com os que nada têm.
E aqui fica, por isso, o apelo para que todos saibamos e queiramos ajudar quem ajuda.
Para além das cerimónias e outras acções comemorativas, importa lembrar que esta instituição dá de comer, diariamente, a muitos milhares de pessoas em Portugal. Em Aveiro apoia diariamente 173 instituições e mais 30 ocasionalmente, com a prestimosa colaboração de 1600 voluntários, como noticia a Rádio Terra Nova, da Gafanha da Nazaré.
Muitos hão-de interrogar-se sobre o porquê de tanta fome em Portugal. O facto, digno de reflexão por bastantes sociólogos e outros especialistas, nunca suscitou respostas que levassem à erradicação da pobreza entre nós. Ela existe, mesmo debaixo dos nossos olhares, concluindo-se que se trata duma aceitação tácita e irreversível. “Pobres sempre os houve toda a vida; pobres sempre os teremos.” Isto é dito à boca cheia, a toda a hora, como se mais nada houvesse a fazer.
Choca-me este conformismo, palpável em cada canto. Mas nem por isso deixo de manifestar este meu desabafo, numa ânsia incontida de querer lutar contra as injustiças que causam a fome, no nosso País, a tantos milhares de compatriotas nossos e a muitos imigrantes que nem aqui conseguiram encontrar o essencial para uma vida digna.
Enquanto a justiça social não for preocupação primeira dos nossos empresários e políticos, enquanto não houver salários justos e pagos regularmente, enquanto não houver condições para que cada português possa ter o mínimo para uma vida decente, teremos de agradecer ao Banco Alimentar Contra a Fome e a tantas outras instituições e pessoas que se preocupam com os que nada têm.
E aqui fica, por isso, o apelo para que todos saibamos e queiramos ajudar quem ajuda.
Fernando Martins