Um texto de Maria Donzília Almeida
“A saúde é a vida no silêncio dos órgãos”. Esta frase, do famoso cirurgião francês René Leriche, subentende que é a doença, em última análise, o que faz o corpo falar.
Evocando Júlio Dinis, médico e escritor, na sua obra: “As Pupilas do Sr Reitor” é defendida a ideia de que não há doenças, mas sim doentes! Apesar de haver sintomas comuns a duas pessoas, em cada uma, a doença manifesta-se, de forma diferente. A afirmação foi bastante polémica, na época em que foi produzida, meados do século XIX.
Em qualquer fase da nossa vida, já passámos por circunstâncias de fragilidade física ou/e psicológica, em que nos sentimos, no papel de doentes. De formas diversas, a nossa saúde sofreu já, algum revés. Felizes nos sentimos, quando conseguimos debelar a patologia e deixámos de sentir a dor que a acompanha.
Associado à doença, o sofrimento é um caminho inevitável e indispensável ao nosso crescimento. Ele ensina-nos a vida, a apreciá-la, ter mais prazer em senti-la e vivê-la inteiramente.