terça-feira, 13 de junho de 2023

As mós que eu respeito




Neste recanto exterior da nossa casa há histórias por contar. Construída a casa em 1965, era por aqui a entrada, sobretudo de quem nos vinha visitar. Depois, ao longo dos anos, foi retocada e enfeitada com vasos de flores e uma ou outra pedra decorativa. Uma, antiquíssima, foi guardada para não sofrer os ataques do tempo. As mós ficaram à espera de eu lhes dar o destino natural para que foram talhadas. Os anos passaram e eu nunca mais avancei com a ideia. Mas respeito-as.
Já agora, conto a história delas. Há muitos anos, uma senhora minha conhecida ia a passar pela minha rua com as mós num carro de mão. Perguntei-lhe, então, se ia mandar fazer uma mó para as utilizar... Que não, o destino delas seria a borda. E eu avancei com a sugestão de não caminhar mais. Deixe-as aí que eu fico com elas. E aqui continuam.

domingo, 11 de junho de 2023

CASA DE PERNAS PARA O AR

 

Pela nossa imaginação, esta casa foi arrancada pelo vento forte que às vezes ataca a Costa Nova para a oferecer a alguém que morasse numa barraca. Quando o vento amainou, caiu no Fórum de Aveiro. Não faltou pessoal a tentar pô-la direita, como a Lita, mas ninguém conseguiu.

sábado, 10 de junho de 2023

Parecer, aparecer, ter, poder... E depois?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Corremos até o risco de nos afundarmos numa civilização do aparecer e do parecer, que já não procura o sentido da autenticidade da existência.

Afinal, não há padrões absolutos de beleza: ser bonito é relativo. Hoje, procura-se a elegância até aos limites da anorexia. Mas nalgumas aldeias do interior ainda hoje os mais antigos dirão a uma pessoa jovem mais corpulenta vinda da cidade: "Como está bonita!"... Segundo o dito: gordura é formosura. É que, tradicionalmente, não era necessário cultivar a elegância, pois a carestia, o trabalho braçal duro e a miséria encarregavam-se de impor a magreza por vezes esquelética. Cá está: os gordos, em princípio, eram ricos. Nesses tempos também, a maioria das pessoas trabalhava nos campos, de sol a sol: a pele era fatalmente tisnada. Por isso mesmo, a beleza andava associada à pele branca. Ficaram famosos os banhos com leite de burra na antiga Roma. A alvura da pele significava ser senhor, estar em casa, não precisar de trabalhar no campo...

AVEIRO TURÍSTICO




Hoje foi dia de passear um pouco por Aveiro para avivar recordações que de vez em quando voltam à minha memória. Estacionamento num parque gratuito um pouco afastado do centro porque hoje, feriado por ser o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo, o povo estava livre, com fim de semana alargado.
Fomos então à descoberta de uma cidade turística com fama que baste. Carros e mais carros e gente a rodos. Não tanto nos estabelecimentos mas nas ruas. E foi dia de sorte para os moliceiros que andavam numa roda viva. Sempre cheios de turistas bem acomodados, que isto de andar na Ria tem as suas regras. Fizemos a experiência há anos e ainda nos lembramos das recomendações que ouvimos e seguimos.

Lemos há tempos que Aveiro está na linha da frente das cidades turísticas de Portugal. E bem o merece.
Passámos pela Av. Dr. Lourenço Peixinho, agora restaurada, julgo que bem, mas quem sou eu para me pronunciar? Eu gostei. Mas não me espanta que haja quem proteste por isto e por aquilo.
O que tem de feio são os velhos prédios a cair de podres com taipais a tentar escondê-los. Porém, não faltam recantos floridos emoldurados por edifícios com história

F. M.

DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES



Hoje celebramos o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. É feriado nacional e acho muito bem que, em simultâneo, se celebre Camões e as Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo. Camões, o autor de “Os Lusíadas”, faleceu neste dia de 1580. É, pois, ou deve ser, um dia muito especial para todos nós.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

ENSAIOS DE LIBERDADE


É com muito prazer que anuncio aqui, neste meu espaço de partilha e reflexão, a apresentação de um livro — Ensaios de Liberdade — do meu amigo Luís Manuel Pereira da Silva, cronista que  muito aprecio.
Na apresentação, para além do autor, estarão presentes três personalidades com créditos firmados no âmbito da cultura. São eles João César das Neves, Carlos Sousa e Silva e António Jorge Pires Ferreira.

1.º FESTIVAL DE FOLCLORE DA GAFANHA DA NAZARÉ


Com organização da Cooperativa Cultural e Recreativa e do Grupo Etnográfico da Gafanha, realizou-se, no passado dia 9 de Junho de 1985, o 1.º  Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré.
Colaboraram a Câmara Municipal (Pelouro do Turismo), a Junta de Freguesia e o INATEL.
Participaram os Ranchos Folclóricos de Gouveia, de Nossa Senhora da Luz de Fermentelos, Regional da Casa do Povo de Ílhavo e Grupo Etnográfico da Gafanha.
Houve desfile e atuação dos grupos no centro da freguesia, junto à Igreja Matriz.

Fonte: Boletim Cultural, n.º 1, da Gafanha da Nazaré