Neste recanto exterior da nossa casa há histórias por contar. Construída a casa em 1965, era por aqui a entrada, sobretudo de quem nos vinha visitar. Depois, ao longo dos anos, foi retocada e enfeitada com vasos de flores e uma ou outra pedra decorativa. Uma, antiquíssima, foi guardada para não sofrer os ataques do tempo. As mós ficaram à espera de eu lhes dar o destino natural para que foram talhadas. Os anos passaram e eu nunca mais avancei com a ideia. Mas respeito-as.
Já agora, conto a história delas. Há muitos anos, uma senhora minha conhecida ia a passar pela minha rua com as mós num carro de mão. Perguntei-lhe, então, se ia mandar fazer uma mó para as utilizar... Que não, o destino delas seria a borda. E eu avancei com a sugestão de não caminhar mais. Deixe-as aí que eu fico com elas. E aqui continuam.