Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
1. Não vale a pena gastar energias a lamentar no que se transformou o Natal de Alguém que nasceu num curral. É melhor cuidar de crianças e adultos que não têm quem cuide deles. De tanto falar do que falta fazer, nem sequer olhamos para o que muitas pessoas estão a realizar.Existe um critério evocado por Jesus: é pelo fruto que se conhece a árvore. Os Anjos da nossa consciência fazem-nos ver o contraste entre os que têm tudo e os que não têm nem o mínimo suficiente para viverem com dignidade. A nossa consciência está povoada de Anjos sufocados.
A própria publicidade natalícia do comércio mostra aquilo a que uns podem ter acesso e o que falta a muitas pessoas que nem um curral têm para dormir. Nesta publicidade, nem tudo é sempre negativo. Pode suscitar o alarme social contra essa clamorosa injustiça, não suscitando, apenas, um cabaz de Natal que se esgota naquele dia e acabou, mas desencadeando movimentos e associações de voluntários que cuidam da dignidade dos pobres e dos sem-abrigo, durante o ano inteiro. Não é para perpetuar situações desumanas, mediante atitudes assistencialistas, mas para promover, simultaneamente, atitudes de cidadania participativa.
A própria publicidade natalícia do comércio mostra aquilo a que uns podem ter acesso e o que falta a muitas pessoas que nem um curral têm para dormir. Nesta publicidade, nem tudo é sempre negativo. Pode suscitar o alarme social contra essa clamorosa injustiça, não suscitando, apenas, um cabaz de Natal que se esgota naquele dia e acabou, mas desencadeando movimentos e associações de voluntários que cuidam da dignidade dos pobres e dos sem-abrigo, durante o ano inteiro. Não é para perpetuar situações desumanas, mediante atitudes assistencialistas, mas para promover, simultaneamente, atitudes de cidadania participativa.