Neste dia, em 1957, foi solenemente inaugurado, no Jardim Infante D. Pedro, em Aveiro, o monumento à memória do insigne escritor aveirense Dr. Jaime de Magalhães Lima.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
A minha mãe nasceu neste dia
A minha saudosa mãe nasceu neste dia e mês do ano 1910 e faleceu em 15 de maio de 1994. Tinha, pois, 84 anos e sempre viveu com lucidez, embora tivesse enfrentado trabalhos e doenças que soube vencer com coragem e determinação. Filha de Manuel José Francisco da Rocha e de Custódia de Jesus, era por temperamento uma Facica. A propósito deste apelido, diz a Lita que herdei dela o hábito de “ter sempre razão”. Se calhar, é verdade.
Por ser de baixa estatura, ficou na vida conhecida por Rosita Facica.
Ora a minha mãe, como decerto todas as mães, deixou nos filhos, eu e o meu irmão Armando, o Menino, em casa, e o Grilo, na sociedade gafanhoa, essa maneira de estar na vida. Mas tenho para mim que aquele hábito herdado de minha mãe e dos seus antepassados se foi atenuando pela educação recebida, e hoje, francamente, penso que não sou assim.
Recordo a minha querida mãe neste dia que ela e nós celebrávamos, não com pompa e circunstância, mas com a naturalidade de uma família remediada. Nunca faltava o bolo tipo pão de ló que ela sabia fazer com maestria, aletria e pouco mais. Não havia, na minha infância e juventude, o hábito de dar prendas. Isso veio mais tarde com a sociedade de consumo que entretanto nasceu e foi crescendo.
Que Deus a tenha aconchegada no seu seu regaço maternal.
Fernando
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
A propósito da falta de chuva
PRÓLOGO
Fui avestruz. Sou ruminante
Da seiva lírica. A pastagem,
Outrora verde e abundante,
Está queimada da estiagem.
Olhar o céu límpido e mouco
Não vale mais do que o que foi.
A água tarda. O pasto é pouco.
A fome rói.
Ah, se uma lágrima bastasse
Pra encher de viço esta secura!
Sinto-a a escorrer-me pela face
Futura.
António Manuel Couto Viana
GAFANHA DA NAZARÉ - Jardim 31 de Agosto
Numa passagem, ontem, pelo Jardim 31 de Agosto, registei duas fotos para lembrar que esta data diz respeito à criação da Paróquia Nossa Senhora da Nazaré pelo então Bispo de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, a cuja diocese pertencíamos. Apreciei o relvado sintético, limpo e convidativo, mas sem ninguém a utilizá-lo. Também não estávamos em horas de tempos livres, diga-se em abono da verdade.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Peregrinos de esperança
Crónica de Bento Domingues
Ainda andamos às voltas com o desafio da Igreja sinodal (2021-2023) – que muitas pessoas ainda nem deram conta do que significa e implica – e este Papa acaba de nos lançar para o Jubileu 2025.
no PÚBLICO
1. Este Papa parece que tem horror ao vazio. Ainda andamos às voltas com o desafio da Igreja sinodal (2021-2023) – muitas pessoas ainda nem se deram conta do que isso significa e implica – e, no entanto, acaba de nos lançar para o Jubileu 2025. Talvez não seja inútil apresentar algumas etapas desse percurso.
O Papa Paulo VI instituiu o Sínodo dos Bispos para continuar o Vaticano II, que também tinha sido um Concílio de Bispos. Já teve várias realizações até à chegada do Papa Francisco. Este continuou o modelo que não satisfez o programa que traçara para o seu pontificado – A Alegria do Evangelho.
Resolveu convocar algo diferente – o Sínodo 2021-2023, para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão. O objectivo e o método são diferentes. Não se trata, apenas, de uma consulta seleccionada para o trabalho dos bispos. Agora, deseja que a configuração deste Sínodo resulte de toda a Igreja. Para isso, contamos com um Documento preparatório e o Vade-mécum que fornecem indicações e sugestões sobre o processo de escuta e discernimento, que as igrejas locais farão de forma criativa, se fizerem, pois são conhecidas muitas resistências.
Tenho de reagir!
Fomos um dia destes a Aveiro para descontrair. Cada um foi para seu lado. A Lita voltada para as modas e eu virado para os livros. Entrei numa livraria e senti que não era o mesmo. Percebi que andava apático, perdido por ali, sem gosto por nada.
Os hábitos de confinamento, agora não tanto por necessidade ou obrigação, mas por razões inexplicáveis, tiraram-me o gosto pelo interesse. Olhava para os livros e nada me atraía. Nem novidades literária, nem conhecidos escritores, poetas, romancistas e cronistas, historiadores, bem conhecidos, uns, e novos na arte de escrever, outros, mas saí como entrei. Algo vai mal pelo meu lado.
Regressei preocupado. Tenho de reagir.
Sinto que tenho de recuperar o ânimo, pondo de lado receios infundados. Afinal, tomei as doses recomendadas das vacinas, não frequento espaços críticos, uso máscara quando saio e mesmo em casa, quando alguém nos visita. Não há à partida razões para receios. E soube agora que a Rainha de Inglaterra, Isabel II, está com Covid-19.
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Os primeiros médicos da Gafanha da Nazaré
Médicos que exerciam
uma clínica de proximidade
uma clínica de proximidade
Dr. José Rito |
O primeiro médico com consultório na Gafanha da Nazaré foi o Dr. José Rito, o primeiro gafanhão com um curso de medicina. Foi licenciado pela Universidade de Coimbra em 1918. Casou em Ílhavo (Ver nota 1), foi inspetor de saúde e médico municipal.
Os médicos que montaram consultório na nossa terra e que aqui exerceram clínica toda a vida foram os Drs. Joaquim António Vilão e Maximiano Ribau. O Primeiro de Figueira de Castelo Rodrigo e o segundo da Gafanha da Nazaré. Isto aconteceu em 1940.
Exerceram a sua profissão em espírito de missão, muito próximos dos seus pacientes. No consultório e nas visitas domiciliárias, constantes naqueles primeiros tempos.
As consultas e os primeiros tratamentos, que não se coibiam de aplicar, tão certos estavam das dificuldades das pessoas, que bem conheciam, suscitaram muitas reações de respeito para com estes médicos.
Como era hábito nessa década, os médicos estabeleciam com as famílias uma avença ano após ano. Dinheiros não abundavam e a mais simples forma era receberem, em paga das consultas, produtos da terra.
Dr. Ribau |
Paralelamente, davam consultas a não avençados e a funcionários e trabalhadores de instituições ou organizações, como a Casa dos Pescadores, a Aviação e empresas.
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