quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Padre João Gonçalves — Memórias Biográficas

Um livro para nos inspirar e ensinar

Foi lançado recentemente, em Aveiro, um livro que tem o condão de nos inspirar e ensinar a agir solidariamente. Trata-se de "Padre João Gonçalves — Memórias Biográficas 1944-2020", uma obra que não pode nem deve ficar escondida nas prateleiras das nossas estantes.  Logo na capa, ao cimo para se ver bem, há uma frase bíblica — “Fiz-me tudo para todos” 1Cor 9,22 — que se aplica, muito justamente, ao biografado, o Padre João Gonçalves, natural da Gafanha do Carmo.
O livro foi coordenado pelo diácono permanente José Carlos Costa e editado pela Tempo Novo – Diocese de Aveiro, oferecendo aos seus leitores os testemunhos de 44 conhecedores das múltiplas tarefas do Padre João, que se deu, em plenitude, aos mais desprotegidos da sociedade. Viveu sempre ao lado dos doentes, dos privados da liberdade, dos moradores nas ruas, dos excluídos da sociedade, mas também animou a cidade com espírito evangélico e solidário, com festejos que gerassem proximidade e até cortejos carnavalescos, inéditos na Igreja Católica, tanto quanto sabemos.

Pórtico de Entrada no Ano Novo

Reflexão de Georgino Rocha 
para a Festa da Sagrada Família

Família humana, comunidade natural recriada pelos seus responsáveis onde velhos e novos, frágeis e fortes, sãos e doentes, homens e mulheres, crescem na bondade e alimentam a alegria de viver.

O pórtico do ano novo na liturgia da Igreja abre com o domingo da Festa da Sagrada Família. É pórtico de entrada no lar de Nazaré, no estilo de vida de Jesus, Maria e José, no ambiente relacional com a vizinhança, na oração doméstica, no trabalho honrado, na harmonia e na paz. Estes são alguns dos valores que mais brilham e podem servir de referência para as nossas famílias. Lc 2, 41-52.
Valores altamente humanizantes para todos os tempos. Consciente de que “nenhuma família é uma realidade perfeita e confecionada de uma vez para sempre” (Papa Francisco «A Alegria do Amor» 325), enuncio, apenas alguns, em jeito de bem-aventuranças e faço votos para que a família, estruturada e feliz, continue a atrair os Jovens e a mobilizar as energias de quem se dispõe a promover o bem integral da humanidade.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Estou à espera de ser zaragatoado


Ainda não chegou a minha hora de ser zaragatoado, mas deve estar para breve porque o Covid-19 e seus irmãos ou filhos não param de se multiplicar pela humanidade. Estou então preparado para enfrentar a zaragatoa.
Já estamos habituados ao surgimento de novos vocábulos a partir de novas situações, como está a ser o caso da colheita de resíduos nas narinas dos humanos, com o objetivo de descobrir se o vírus está por ali escondido e à espera de atacar.
Como sou curioso, consultei o dicionário que me esclareceu, não de forma tão simples como seria de esperar. Zaragatoa: pequena haste ou vareta com uma porção de material absorvente numa das extremidades, que se usa para efetuar colheitas de exsudados, aplicar colutórios, etc.
O dicionário que consultei adianta mais umas informações, mas fica o essencial. E eu que nunca tinha ouvido tal vocábulo!

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

À espera de melhores dias


Tenho andado por aqui a olhar o tempo e à espera de melhores dias para poder sair sem restrições, mas as condições impostas pelo coronavírus e suas variantes assustam. A ciência bem se esforça por dominar o "bicho", única forma de nos tranquilizar, mas o problema não está fácil. Pode ser que, de um dia para o outro, todo o mundo possa ficar descansado.
Durante a minha longa vida passei por receios semelhantes e por momentos complicados, mas tudo foi ultrapassado, apesar de muitas famílias enlutadas. Hoje, com a ciência a bater recordes mundiais na descoberta e produção de vacinas, creio que o coronavírus mais dia menos dia será derrotado. Vamos acreditar nisso, alimentando o nosso espírito de otimismo.
Que 2022 seja muito melhor para todos.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Tantas razões sugerem esta imagem

 

Solidão? Procura de paz? Hora de descanso? Leitura tranquila? Oração? Fuga ao barulho ensurdecedor do mundo? Meditação?

O tempo

Para começar a semana

"Não há poder maior no mundo que o do tempo: tudo sujeita, tudo muda, tudo acaba."


Padre António Vieira
(1608-1697)

Em Escrito na Pedra do PÚBLICO

Natal e Novo Ano

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

O Papa Francisco não manifesta muito apreço pelo reino das abstracções. Os seus textos referem-se sempre a situações concretas que procuram socorrer o presente e abrir o futuro.

1. O Natal de Jesus de Nazaré inspirou, em todas as épocas, as mais belas obras de arte – música, literatura, pintura, arquitectura – e é possível encontrar nelas uma fonte de alegria porque, como diz Emir Kusturica, a felicidade produzida pela arte é o maior feito dos seres humanos [1]. Inspirou, sobretudo, uma nova arte de viver.
Como escreveu Frederico Lourenço, na Introdução aos Quatro Evangelhos [2], “Na segunda metade do século I da era cristã, o manancial (já de si tão rico) de textos em língua grega veio a enriquecer-se ainda mais com o aparecimento de quatro textos que mudaram para sempre a História da Humanidade. Nesses textos, o leitor escolarizado da época ter-se-ia confrontado com uma temática muito diferente da que conhecia de Homero, Sófocles ou Platão. Pois nestes quatro textos não se falava das façanhas heróicas de reis e de guerreiros, nem se reportavam as conversas de aristocratas atenienses com o lazer e o dinheiro para se dedicarem à filosofia. Aqui falava-se de pescadores e de leprosos; falava-se de pessoas desprezadas pela baixa condição na sociedade, pelas suas deficiências físicas, pelos seus problemas de saúde mental; falava-se de figuras femininas que não eram as rainhas e princesas da epopeia e da tragédia gregas, mas sim mulheres normais da vida real (a queixarem-se da lida da casa ou a exercerem, talvez, a mais antiga profissão do mundo).

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