segunda-feira, 21 de junho de 2021

Chegou o Verão com férias nas agendas




Hoje, 21 de Junho, é o primeiro dia do Verão. O solstício está marcado para as 4h32. Será o maior dia do ano e, consequentemente, a menor noite. Quando acordarmos, ficaremos à espera que o Verão nos traga calor, luminosidade, alegria, praias ou campos serenos com férias para quem as tiver e puder gozar, sempre com as regras do coronavírus à vista, que as novas variantes são imprevisíveis. 
Com o Verão, sentimo-nos mais leves, mais abertos, mais disponíveis para a partilha de sentimentos e emoções, para os  encontros familiares e para a recuperação física e mental. Depois voltaremos à vida habitual, com trabalho e preocupações, talvez mais recuperados e reconfortados.
Que o Verão venha em boa hora e nos faça esquecer depressa a triste Primavera que tivemos. Falo por mim.
Boas férias para todos.

Fernando Martins

domingo, 20 de junho de 2021

Figueira da Foz - Para avivar saudades


Paisagem vista da janela da nossa sala

Lita na hora do descanso na  Feira das Velharias

Cumprir as regras do Covid-19
Serra verdejante

Marina com ponte à vista

Abrigo da Montanha - Restaurante que deve abrir no Verão

Farol do Cabo Mondego

Menino já treina na Marina

Ontem, sábado, foi dia de visitar a Figueira da Foz, cidade e região a que me ligam vivências que perduram desde o ano 2000. Por ali passei temporadas, todas marcantes e descontraídas porque relativamente afastado dos quotidianos de trabalhos e canseiras assumidos com consciência e entusiasmo ao longo da minha vida ativa. A idade e as forças assim o permitiam e eu até gostava de me sentir útil ao mundo em que me integrava com empenho.
Com o quebrar das forças e do ânimo e com o entusiasmo a ficar para trás, a Figueira da Foz seguiu o seu caminho com pernas que eu já não tenho para a acompanhar neste entardecer  da vida, que só Deus sabe quando terminará. Mas ontem estive na Figueira da Foz com a Lita, graças ao apoio do nosso filho Fernando. Foi muito bom.
Deambulámos um pouco ao sabor da maré, com marina e ponte à vista, em dia de Feira de Velharias, tão ao gosto da Lita. Almoçámos num restaurante conhecido, onde predomina o peixe, e depois do necessário descanso, impunha-se a visita à Serra da Boa Viagem com os seus miradouros a levarem-nos muito longe, apesar das neblinas nos perturbarem a visão de paisagens mais expressivas. Mas o que ainda pudemos ver mereceu o nosso entusiasmo. 
Não sabemos quando será possível repetir a visita. Sei apenas que jamais me cansarei daquela terra e da sua serra verdejante, que proporciona viagens reconfortantes.

Fernando Martins

As lágrimas de Pedro

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO



Todas estas três cartas exemplares ajudam, não apenas a uma nova visão da Igreja, mas ao seu exercício em actos e compromissos efectivos.

1. Há gestos, atitudes, acontecimentos que abrem um futuro de esperança, sem enterrar os crimes do passado e a responsabilidade actual de toda a Igreja. Não me vou referir às iniciativas e decisões corajosas e radicais do Papa Francisco, sobre a protecção de menores e pessoas vulneráveis na Igreja Católica, nem às resistências que têm encontrado na sua aplicação. Já existe muita informação disponível acerca dessa questão vergonhosa.
Vou limitar-me a três cartas exemplares: a justificação do pedido de renúncia do cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising; o Papa, em vez de aceitar a renúncia, agradece a atitude do cardeal, confirma-o na sua missão e envolve toda a Igreja no pedido da graça da vergonha; o cardeal não resistiu à carta do Papa, que o comoveu.
Não vale a pena comentar essas cartas sem as conhecer. Como não podem ser apresentadas na íntegra, o melhor é dar a palavra aos intervenientes, no que julgo que têm de essencial. Todas elas ajudam, não apenas a uma nova visão da Igreja, mas ao seu exercício em actos, em tomadas de posição, em compromissos efectivos.
Comecemos pela carta do cardeal: “Na minha opinião, para assumir a responsabilidade, não basta reagir apenas quando os erros e omissões podem ser comprovados a partir dos autos dos processos. Em vez disso, como bispos, temos de deixar claro que nós também representamos a instituição da Igreja como um todo.

sábado, 19 de junho de 2021

Abusos de menores no Código de Direito Canónico

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

1 O Evangelho é duríssimo. Nele, diz-se: "Deixai vir a mim as criancinhas", mas também se diz: "Ai de quem escandalizar uma criança! Era melhor atar-lhe uma mó de moinho ao pescoço e lançá-la ao mar." O que tem acontecido na Igreja quanto aos abusos de menores é pura e simplesmente execrável.
Em 2019, Francisco tomou uma iniciativa histórica, convocando uma Cimeira para o Vaticano, com 190 participantes, entre os quais 114 presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, bispos representando as Igrejas católicas orientais, alguns membros da Cúria, representantes dos superiores e das superioras gerais de ordens e congregações religiosas, alguns peritos e leigos. Os três dias estiveram sob o lema: "responsabilidade", "prestação de contas", "transparência". O Papa quer - não se trata de mero desejo - implantar "tolerância zero".

2 Para implantar essa "tolerância zero" e pôr fim a esta catástrofe na Igreja, publicou o Motu Proprio "Vos estis lux mundi" (Vós sois a luz do mundo), decretando medidas concretas contra a pedofilia na Igreja.
Estas normas contra os abusadores e os encobridores impõem-se, porque, escreveu Francisco, "o delito de abuso sexual ofende Nosso Senhor, causa danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e prejudica a comunidade dos fiéis."

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Dia Internacional do Piquenique - Recordações que não quero perder

Mata entre São Jacinto e Torreira
Sem muito sol e com aragem a propor abrigo, não faltaram hoje no parque que habitualmente atravesso famílias em piqueniques. O aconchego do arvoredo e as mantas estendidas convidaram quem estava, e muitos eram, a saborear os farnéis que de longe vislumbrei. E pela forma como eram degustados, sem pressas e sem complexos, posso garantir que estavam apetitosos. Depois, seguiu-se a soneca dos mais pesados e a bola dos mais miúdos. Tanto bastou para eu recuar uns bons 40 anos, quando, com a família, bem unida e concordante, fazia o mesmo, quer na mata da Torreira e S. Jacinto, quer entre a Costa Nova e a Vagueira. Não era pela poupança, embora não fosse despiciendo pôr de lado essa vertente. Bons tempos.

Escapar entre os pingos da chuva

 

O Covid-19, com as suas novas estirpes, continua a atacar os humanos, sem discriminação, incluindo os vacinados. Quando todos embandeirámos em arco, convictos de que estaríamos protegidos, a verdade é que não temos assim tantas certezas. E os cuidados, face ao que está a acontecer, têm de ser retomados. No fundo, temos de aprender a escapar entre os pingos da chuva.

Ler mais informação aqui 

Pela Positiva há 10 anos - Elogio da Fraternidade

7.ª Jornada da Pastoral da Cultura



DOIS REFLEXOS

1. José Mattoso

Falando de Sabedoria e Fraternidade, o historiador medievalista José Mattoso afirmou que, «se algum progresso houve, foi à custa da fraternidade», já que a técnica se torna «impotente para resolver os problemas da humanidade». Afirmou, a dado passo da sua intervenção, que a fraternidade valoriza as relações humanas, enquanto a sabedoria gera a partilha. Também referiu que «podemos sofrer, mas não podemos fazer sofrer».

2. Lídia Jorge

«Quando pensávamos que o progresso era ilimitado, que os estados seriam parceiros e amigos da vida, os bancos um cofre inesgotável, a juventude o futuro que não conhecia decadência, o cartão de identidade um documento dispensável substituído por um cartão de crédito, que as fronteiras seriam abolidas, de súbito tudo se alterou”, referiu a escritora. E acrescentou: «o homem esperançoso confunde a causa dos outros com a sua; é a certeza que este futuro existe, que nos dá confiança.»

Ler o que então escrevi aqui