Dia Mundial das Missões
«Hoje a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões,
horizonte que nos convida a ir mais longe
e ajudar quem mais precisa»
Jesus prossegue a missão de dar a conhecer o rosto de Deus e o seu Reino. Recorre a imagens fortes para interpelar os discípulos e abrir-lhes o coração às novas dimensões do seu proceder. Hoje, a liturgia apresenta-nos a parábola do juiz que não teme a Deus nem ama o próximo e a viúva pobre espoliada dos seus bens que pede justiça. Lc 18, 1-8. Juiz e viúva, figuras que comportam a mensagem que vamos meditar. Deus brilha na viúva pobre que não é escutada, apesar da insistência. O juiz representa aqueles que podendo não cumprem o seu dever, não deixam a sua acomodação.
Jesus mostra-nos um Deus suplicante ao homem/mulher que cuidem bem da casa comum, da família humana e dos bens que a natureza comporta e produz. Jesus dá o exemplo do amor apaixonado com que Deus quer o respeito pela dignidade humana, as relações sociais cordatas, a paz alicerçada na justiça. Mas, infelizmente, a situação actual demonstra o contrário em tantas circunstâncias. Vamos mencionar algumas.
O referido contraste é radical, embora não pareça. Surge na parábola “da pobre viúva e do juiz iníquo” narrada por Jesus, a propósito da necessidade de fazer oração sem desanimar. Faz parte da sua pedagogia narrativa e visa provocar os discípulos. Manifesta a diferença abissal entre o proceder de Deus e o do juiz sem escrúpulos. Realça a figura da viúva incansável na procura da justiça que lhe é devida. “Retrata”, de algum modo, a situação lastimosa que vivemos ou nos salta à vista trazida pelos meios técnicos de comunicação.