É sempre bom sair de casa, mas às vezes encontramos amigos que andam tristes. Antigamente, não era tanto assim. Mais novos, respirávamos ainda o ar de muita felicidade. Hoje, porém, encontrei um amigo de longa data numa situação dolorosa. Sua esposa faleceu há pouco tempo com 75 anos. Ainda há meses os vi numa celebração religiosa sem aparências de fragilidades.
Os filhos, com as suas vidas, vivem longe, mas quando pode, aos fins de semana, vai visitá-los, alternadamente. Durante a semana vive sozinho com as memórias da esposa e os afazeres do dia a dia. Conheço outros casos e sinto que há bastante gente, homens e mulheres, na mesma situação. Eu sei que a roda da vida continua, mas é bom que nos habituemos a mudanças bruscas que podem surgir, nas camadas mais idosas.
Para o animar, lá fui adiantando que se envolvesse em tarefas que o ocupassem física e emocionalmente. O espírito precisa de ser dinamizado para alimentar a alma e animar o corpo. Felizmente, já aconteceu, disse o meu amigo: uma instituição já o conquistou para trabalho voluntário. Ainda bem.
F. M.