Gosto da marina da ANGE (Associação Náutica da Gafanha da Encarnação), que encontro sempre cuidada, com a Costa Nova à vista, em jeito de desafio para uma visita. A barca da passagem, tantas vezes cantada, já passou à história que o novos tempos têm outros meios. Passagem de barca, só em momentos de reconstituição história, que acho muito bem que se façam. E se eu puder entrar nela, lá estarei.
Pudesse eu (e muitos de nós!) possuir uma lancha, por mais modesta que fosse, e também ali teria um lugar cativo, para em dias serenos navegar pela ria com passagem obrigatória pelas nossas praias e aldeias ribeirinhas, tantas vezes ignoradas pelos viajantes que preferem as águas calmas ao movimento tantas vezes caótico das nossas estradas, sobretudo em épocas de veraneio. Ontem, por exemplo, desejando visitar as praias, tive de recuar para fugir às filas de trânsito comuns nesta época.
Voltando à marina da ANGE, recebi conselho de andar à vontade, com a recomendação de que até poderia levar um barco às costas se assim o desejasse. Uma maneira simpática de acolher quem chega àquele recanto paradisíaco, onde apetece estar horas a fio a olhar as águas mansas, transparentes e desafiantes. Lá voltarei sem me cansar.
F. M.