«Está aberta a discussão sobre a ordenação de homens casados e a revisão dos ministérios das mulheres na Igreja. Este tabu acabou.»
1. Na última quinta-feira, a Igreja católica celebrou a festa do Corpo de Deus, feriado nacional. As origens desta festa estão envolvidas em histórias de muita fantasia. A chamada Lenda Rigaldina (séc. XIV) é a mais divertida. Estava Santo António a pregar, em Toulouse, sobre a presença real de Cristo sob as espécies do pão e do vinho, quando um ateu, chamado Bonillo, o enfrentou com um desafio: só acreditaria no que acabava de ouvir se a sua mula se ajoelhasse diante do ostensório eucarístico. Frei António aceitou e ampliou o desafio. Mandou que deixassem o animal sem comer três dias e, no final, lhe fosse apresentado um monte de erva e, ao lado, o ostensório.
No fim do terceiro dia, a mula esfomeada foi solta e, passando por um monte de feno e aveia, foi ajoelhar-se em frente da Custódia. Esta lenda deu origem a outra: uma freira agostiniana, Juliana de Mont Carnillon, terá conhecido ecos da pregação do Santo e teve visões de que era o próprio Cristo a manifestar-lhe o desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com mais solenidade. Terá revelado esse desejo ao futuro Urbano IV. Entretanto, na cidade de Bolsena, perto de Orvieto, residência do Papa, aconteceu um espantoso milagre: um padre, ao celebrar a Eucaristia e ao partir a Hóstia consagrada, viu cair sobre a toalha gotas de sangue!