terça-feira, 1 de maio de 2018

1.º de Maio - Dia do Trabalhador




"1.º de maio é o Dia do Trabalhador, data que tem origem a primeira manifestação de 500 mil trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos, em 1886. 
Três anos depois, em 1891, o Congresso Operário Internacional convocou, em França, uma manifestação anual, em homenagem às lutas sindicais de Chicago. A primeira acabou com 10 mortos, em consequência da intervenção policial. 
Foram os factos históricos que transformaram o 1 de maio no Dia do Trabalhador. Até 1886, os trabalhadores jamais pensaram exigir os seus direitos, apenas trabalhavam.” 

Da história do Dia do Trabalhador

NOTA: Foi difícil atingir o patamar do respeito pelos trabalhadores, em qualquer área profissional. Protestos, greves, manifestações, escritos. mortes, perseguições, lutas de toda a ordem até a sociedade reconhecer que os trabalhadores precisam e exigem respeito pelos seus direitos. Se têm obrigações, também têm direitos inalienáveis. 
Sou do tempo em que homens e mulheres trabalhavam do nascer ao pôr do sol, com salários baixíssimos e sem quaisquer regalias, de férias, de seguros, de reformas, de apoios na doença, sem feriados, sem nada que lhes garantisse uma velhice feliz. Trabalhavam até morrer, nos campos, nas marinhas de sal, na construção civil, nas oficinas, nas pescas, nas secas do bacalhau, nas obras do Estado... Mas hoje já não é assim, felizmente. 
Bom Dia do Trabalhador para todos.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

João Alberto Roque em entrevista à UA



«Professor do ensino secundário na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, João Alberto Roque divide o seu tempo entre a docência, que é a sua atividade principal, a escrita, a sua participação cívica e a política local. Autor premiado de textos para a infância, João Roque, antigo aluno da licenciatura em Ensino de Biologia e Geologia na Universidade de Aveiro, também colabora na imprensa local.»

Depois da apresentação do seu currículo, o repórter do site da UA entrevista o nosso conterrâneo e amigo João Roque, sublinhando a sua carreira de escritor várias vezes premiado. Congratulo-me com a divulgação do seu mérito artístico e de docente na nossa terra porque, frequentemente, ignoramos ou esquecemos os que entre nós se distinguem em diversas áreas da cultura.
F. M. 


A partilha o pão


Jesus aceita o convite que lhe é feito e toma a iniciativa. Corresponde à aspiração dos discípulos, mostra como se articula em harmonia admirável a novidade de Deus e a natureza humana. E surpreende pela positiva. “Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou-o, depois partiu-o e entregou-lho”.

Lucas, o evangelista narrador do episódio, condensa nestes gestos o núcleo da celebração da eucaristia. Gestos que são captados no seu mais profundo significado. Certamente porque os olhos do espírito se abriram, devido a experiências feitas no contacto familiar com Jesus, devido à explicação da Palavra ocorrida durante a caminhada ou a outro factor como a luz do Espírito Santo, o encarregado de fazer descobrir a verdade do que vai acontecendo e ver o que está para lá dos sinais. Pode dizer-se também nestas circunstâncias: “A comida tem memória e é certamente uma ponte para evocarmos quem não está fisicamente presente, mas vive para sempre no nosso meio”.
Que grande estímulo nos dá esta atitude dos discípulos de Emaús?! Nem o cansaço da viagem, nem o medo à noite ou ao que possa ocorrer, nem a incerteza de encontrar quem procuravam para partilhar a alegria da experiência vivida e a novidade surpreendente de Jesus ressuscitado, os impedem de tomar o caminho de regresso à cidade, donde tinham vindo. “Na mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros”. E estes confirmaram: “Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”.
Belo exemplo para nós que participamos na celebração da Eucaristia e repartimos o pão da Ceia do Senhor. Que alegria ser enviado em missão ao ouvir: “Ide em Paz e o Senhor vos acompanhe”.

Georgino Rocha

domingo, 29 de abril de 2018

A impertinência da evangelização

Frei Bento Domingues no PÚBLICO

Frei Bento Domingues


1. Encontrei, em várias intervenções de Thierry-Dominique Humbrecht [1] e no título de um dos seus livros, A evangelização impertinente, a sugestão para esta crónica, ainda que com desvios.
O autor referido pretende escrever um guia do cristão nos países pós-modernos.Teve bom acolhimento. Não se conforma com a moleza das expressões da presença cristã em algumas sociedades ocidentais. Não é preciso estar inteiramente de acordo com o seu diagnóstico nem com as suas propostas. É mais importante suscitar um debate do que apresentar soluções para cristãos apressados e preguiçosos.
Th-D. Humbrecht é um investigador da filosofia medieval e já deu provas da sua acutilância analítica. Não se resigna, porém, a viver na sua torre de marfim do passado, nem se conforma com o silêncio dos católicos nos actuais debates que percorrem a sociedade. O cristão parece intimidado, excluído da cultura, dando a impressão de que não se deixa interrogar pela gravidade do que está acontecer. Ao julgar irremediável que o país deixe de ser cristão, não se apercebe que existe uma estratégia, dita pós-moderna, interessada em libertar-se dessa herança. O niilismo exibido esconde, no entanto, um projecto de poder, por vezes, também, uma nostalgia.

Uma vida por um mundo mais humano

Um testemunho de vida: Alfie morreu, 
uma vida por um mundo mais humano

Alfie Evans

Do Vaticano chega a notícia: 

Alfie Evans faleceu durante a última noite. Os pais anunciaram nesta manhã. Uma história dramática que envolveu o Papa Francisco em primeira pessoa.

“O nosso bebê ganhou asas nesta noite às 2h30 da manhã. Estamos com o coração partido. Obrigado a todos pelo seu apoio": com este post no facebook, Kate James anunciou a morte de seu filho, o pequeno Alfie Evans. Ele não chegou a completar dois anos: teria completado no próximo dia 9 de maio. Ao mesmo tempo, o pai Thomas escreveu: "O meu gladiador baixou o seu escudo e ganhou asas às duas e meia de manhã. Totalmente inconsolável. Eu amo você meu menino ". Ele respirou 4 dias sozinho.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A morte da Tita deixou-nos tristes


A nossa vida está cheia de memórias, agradáveis e desagradáveis, que jamais esqueceremos. As primeiras dão-nos felicidade e as segundas procuramos ignorá-las.  Montes e vales, riachos e rios, as ondas do mar, ora revoltas ora bonançosas, florestas e planícies, monumentos e simples pedras que ornamentam serranias, animais e pessoas fazem parte das nossas recordações, incrustando no nosso espírito a sensibilidade que partilhamos. Hoje, evoco apenas uma cadela, a nossa Tita, que nos deixou minada pela doença e pelo peso da idade. Tudo lhe foi dado pela família, sob a batuta da Lita, que promoveu há anos a sua libertação de um cativeiro onde passou fome, sede e a solidão do abandono. 
A Tita foi durante uns 15 anos a nossa companhia, numa doação marcada, porventura, pelo instinto da gratidão. Obediente com capacidade para nos entender, brincalhona, meiga e amante da natureza,  logo perdia a cabeça quando algum pássaro saltitava de árvore em árvore. A um qualquer ralhete, acomodava-se. Sozinha, porém, no respeito pela força canina caçadora, a sua alegria manifestava-se em exibir a caça, que entregava ao pessoal da casa. 
Com a idade, as doenças foram-se impondo e os medicamentos, com os cuidados meticulosos da Lita, não faltaram. Mas o fim da vida, aproximando-se a passos largos, não perdoou, e hoje a morte roubou-nos a Tita para sempre. A sua fidelidade e alegria de viver ficaram connosco. 

Fernando Martins 

Ler a história da Tita aqui