sábado, 7 de abril de 2018

TÚMULO DE SANTA JOANA PRINCESA

PUBLICADO NA  ILUSTRAÇÃO MODERNA
PORTO - JULHO - 1926
1.º Ano - número 3








RUMO AO CONGRESSO EUCARÍSTICO

Georgino Rocha




ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO - 1

Introdução: A celebração da eucaristia faz viver o amor de Jesus Cristo, que alimenta a esperança, fruto da fé teologal. Os cristãos participantes são convidados a “levantar o coração” e a entrar em sintonia com o ritmo progressivo da assembleia, a imbuir-se do espírito comunitário e a cultivar o desejo de quem sabe doar-se livre e generosamente. Como Jesus em missão de salvação universal.
O Papa Francisco dá-nos a garantia de que: “Na fé, dom de Deus e virtude sobrenatural por Ele infundida, reconhecemos que um grande Amor nos foi oferecido, que uma Palavra estupenda nos foi dirigida: acolhendo esta Palavra que é Jesus Cristo — Palavra encarnada –, o Espírito Santo transforma-nos, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para o percorrermos com alegria. Fé, esperança e caridade constituem, numa interligação admirável, o dinamismo da vida cristã rumo à plena comunhão com Deus”. (A Luz da Fé, 7)
A relação da esperança com a celebração da eucaristia que é “corpo entregue e sangue derramado” pela salvação do mundo pode ver-se, de forma emblemática, no itinerário dos discípulos de Emaús. (Lc 24, 13-35) e episódios subsequentes. Vamos com eles, parando nas fases mais marcantes e alargando horizontes de envolvimento pessoal e comunitário. Façamos em grupo, se possível, esta caminhada, rumo ao Congresso Eucarístico da nossa diocese.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

MOLICEIROS MOSTRAM BELEZAS DA RIA DE AVEIRO


Os moliceiros, que já puseram de lado a safra do moliço, voltaram-se agora para o turismo. Todos os dias, lá andam eles a mostrar a quem nos visita as belezas da Ria de Aveiro. Pena é que não saiam do reduto da cidade, aventurando-se por outras paisagens enriquecidas pelos canais típicos da nossa laguna.

325 ANOS DA BEATIFICAÇÃO DE SANTA JOANA






"A Câmara Municipal de Aveiro e a Diocese de Aveiro promovem um programa Comemorativo do 325.º aniversário da Beatificação de Santa Joana, no próximo dia 7 de abril, amanhã, no Museu de Aveiro / Santa Joana. 
A exposição “Os Bispos de Aveiro no Culto a Santa Joana” no Museu de Aveiro / Santa Joana, será inaugurada pelas 15h30, e contará com a presença do Senhor Bispo de Aveiro, seguindo-se uma oração no túmulo de Santa Joana. Trata-se de uma exposição evocativa dos 325 anos sobre a beatificação de Santa Joana, que ocorreu a 4 de abril de 1693, pelo Papa Inocêncio XII. A mostra é centrada no papel e ações que tiveram os diversos bispos da diocese aveirense na promoção do seu culto e na divulgação do exemplo de Santa Joana. 
Entrada gratuita 

Neste mesmo sábado, o Museu promove mais um “Dia Aberto” aos cidadãos, com visitas guiadas relativas ao tema, “O Culto a Santa Joana – centradas na história e papel relevante de Santa Joana de Aveiro”, que terão lugar às 10h30 e às 11h30. 
Às 16h30 decorrerá um concerto de Música para Órgão no Coro Alto da Igreja de Jesus. 

A exposição pode ser visitada até ao dia 2 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 18h.

Fonte: CMA

Nota: Consultar a Irmandade de Santa Joana

ALELUIA! JESUS, O SENHOR, CONVIVE CONNOSCO

Georgino Rocha

Georgino Rocha

É ao cair da tarde. Em Jerusalém, cidade onde há dias havia ocorrido a morte por crucifixão de Jesus de Nazaré. A noitinha está prestes a chegar. Começam a rarear os últimos clarões de luz. A hora do tempo marca o ritmo do coração e indicia o estado de ânimo dos discípulos: Esperança muito em baixo. Refugiados em casa, estão cheios de medo e com as portas trancadas. Sobretudo as do espírito encerrado ao futuro imediato. O desfecho dos seus sonhos, que duraram quase três anos, deixou-os em estado de choque. O Rabi, o Mestre em quem haviam depositado total confiança, teve morte trágica. Vítima de um processo iníquo, em que se empenharam as forças religiosas e políticas. A hora era de trevas e nem sequer os semáforos da esperança estavam ligados e a funcionar. Já só restava a saudade avolumada pela revisitação das suas atitudes na ceia de despedida, no jardim das Oliveiras e na agonia, na prisão e em outros passos dados a caminho do Calvário. Retinham, como memória emblemática, a liberdade de Jesus, a dignidade do seu comportamento, a determinação e firmeza dos seus gestos. Viviam a vibração das emoções sentidas e o sabor amargo da deslealdade e da debandada. Estavam abatidos e procuram segurança numa casa, onde se protegiam uns aos outros enquanto surgiam perguntas angustiadas: E agora, que vai ser de nós? Será conhecido o nosso esconderijo? Virão à nossa procura? Que nos farão? E muitas outras.
Jesus apresenta-se no meio deles. De modo simples. Sempre Ele a tomar a iniciativa, a surpreender. E saúda-os amigavelmente: “A paz esteja convosco”. João, o narrador do episódio (Jo 20, 19-31), não faz alusão a qualquer censura pelo passado recente. Apenas refere que lhes mostra as mãos e o lado, com as cicatrizes da paixão, sinais da sua identidade de crucificado. Não haja dúvidas. É Ele mesmo.
Uma nova aurora começa a despontar: O espírito desanuvia-se, a esperança renasce e o coração enche-se de alegria. Este movimento interior é estimulado por Jesus ressuscitado que prossegue: “A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós”. E para os guiar na missão e garantir a fidelidade na comunicação da mensagem, acrescenta: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. Que contraste de atitudes! Que confiança acrescida e credenciada! Que tesouro lhes deixa em pobres “mãos de barro”!

O QUE É RESSUSCITAR?

Anselmo Borges 
Anselmo Borges
no DN


1Eu tinha dito às crianças para escreverem uma carta a Jesus. Apareceram várias, que foram lidas na missa do Domingo de Ramos. Jesus acabou por receber muitos beijinhos e desejos de Páscoa feliz. Houve uma particularmente encantadora, a da Margarida, 8 anos. Alguns parágrafos: "Nesta minha carta gostava de te dar uma ideia - espero que não fiques chateado. Se calhar, se falasses um bocadinho mais alto, as pessoas podiam ouvir-te um bocadinho melhor e seguir o teu caminho. Eu acho que assim haveria menos guerra e menos fome. (...) Eu ainda não percebi muito bem como se pode ressuscitar mas, como és infinitamente bom, sei que é possível."
2Apesar da idade, a Margarida já tem as suas perplexidades perante o mistério. E o Mistério, o Absoluto, tem duas faces: Deus e a morte. Quando nos confrontamos com a morte, é mesmo com o mistério que estamos. Ninguém sabe o que é morrer nem o que é estar morto, mesmo para o próprio morto. E tropeçamos em conflitos da linguagem e da realidade, quando, perante o cadáver do pai, da mãe, de uma pessoa amiga, dizemos: o meu pai está aqui morto, a minha mãe está aqui morta, o meu amigo, a minha amiga, está aqui morto/morta... O que falta é precisamente o pai, a mãe, o amigo, a amiga... E que os levamos à sua última morada ou que os vamos visitar ao cemitério... Quem se atreveria a enterrar ou a cremar o pai ou a mãe, a pessoa querida? Nos cemitérios, com excepção dos vivos que lá vão, não há ninguém, só "ossos e podridão", diz o Evangelho de modo cru. Então, o que há nos cemitérios para que a sua profanação seja um crime hediondo? Lá, o que há é a memória e uma infinita interrogação: o que é o Homem? A morte é o impensável - o filósofo Michel Foucault, nos seus últimos dias no hospital, terá sussurrado: "O pior é que não há nada a dizer" - que obriga a pensar.
Claro que é natural morrer. Sim, a vida acaba-se como uma vela..., mas já Ernst Bloch se insurgia: "O ser humano não é uma vela." Morremos como qualquer animal, mas a pessoa não é um animal qualquer: o que caracteriza o ser humano é mesmo a consciência de que é mortal, insurgindo-se ao mesmo tempo contra a morte. Lá está Pascal: a condição humana situa-se algures entre le néant et l"infini (o nada e o infinito) e daí nascem, sem fundo e sem fim, as perguntas últimas, metafísicas e religiosas: qual é o fundamento de tudo, o que sou e quem sou, donde venho, para onde vou, qual o sentido, o sentido último da minha existência e de tudo?

quinta-feira, 5 de abril de 2018

ANDAR DESCALÇO PELOS PASSADIÇOS DA VAGUEIRA



Uma réstia de sol, em tempo de recordes de chuva de décadas, nesta época, andar descalço pelos passadiços da praia da Vagueia não é desafio para muitos, mas estas corajosas ousaram avançar no  domingo de  Páscoa para darem o exemplo. Vi muita gente, mas daqui a uns tempos os passadiços ficarão apinhados, que a maresia já começou a lançar os seus convites levados pelo vento até muito longe. 

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