quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Oficinas Criativas para potenciar novos talentos

Foto do arquivo da CMI

Oficinas Criativas 2018 é um projeto das Câmara de Ílhavo aberto aos jovens, mas também a outros interessados. Destina-se «a fomentar o gosto pelo saber», no sentido de «promover a imaginação», aprofundando e consolidando ainda «conhecimentos já adquiridos» e potenciando «novos talentos».
As Oficinas Criativas vão funcionar em horário pós-laboral, e aos participantes serão atribuídos certificados. Os assuntos a tratar abordam temas como Fotografia, Teatro e Representação, Língua Gestual, e Modelação e Confeção. Tudo decorrerá à sombra dos Fóruns Municipais da Juventude (FMJ) e os projetos serão trimestrais.
Para mais informações, recorrer aos FMJ da área concelhia.
Comunidade de Leitores 
na Biblioteca Municipal de Ílhavo
 
Ana Maria Lopes autografando um dos seus livros


«A Câmara Municipal de Ílhavo volta a promover a Comunidade de Leitores com novas leituras e um moderador diferente em cada sessão, desafiando à leitura de um livro. A primeira sessão desta segunda temporada da Comunidade de Leitores tem lugar já no dia 22 de fevereiro (quinta-feira), pelas 21h00, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, e será dedicada ao livro "Os pescadores", de Raul Brandão.
O prazer e as experiências de leitura serão partilhados por todos os que aceitarem o desafio de se reunir para uma conversa sobre o livro, moderada por Ana Maria Lopes.
A participação é gratuita. Inscreva-se e participe!»
Nota da Biblioteca Municipal de Ílhavo 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O PORTO COM A LIVRARIA LELLO





Fui hoje ao Porto com a minha neta Filipa. Aceitei o seu convite ao jeito de quem deseja celebrar, de forma diferente, o seu aniversário. E a ida ao Porto, cidade da qual guardo gratas recordações dos tempos em que por lá andei, foi a cereja no topo do bolo. 
O tempo chuvoso e frio, à partida, não seria motivo de um dia bem passado, mas a cidade, que me envolveu logo à chegada, protegeu-me da invernia. E facilmente voltei décadas atrás, calcorreando velhas ruas com velhas casas, e de vários ângulos apreciei comércio antigo e moderno, edifícios com história, praças dedicadas a gente que deixou marcas no coração burgo. 
Foi bastante agradável conversar… conversar… conversar, enquanto passávamos por entre os pingos da chuva miudinha sem vento que incomodasse. A azáfama dos portuenses é notória e os estacionamentos repletos sugeriram-nos os parques subterrâneos sem olhar a preços, que o tempo urgia. E uma visita à famosa livraria Lello impunha-se. Entrada paga, com desconto garantido na compre de um livro. A livraria, considerada das mais bonitas do mundo, merecia a espera, a compra dos bilhetes em loja separava com bicha a impor a ordem. 
Turistas e mais turistas, funcionários atenciosos, fotógrafos e fotografias sem conta e  o esplendor do interior a apelarem à nossa atenção justificam a visita E os livros, sempre os livros, e a normalidade de uma qualquer livraria a declarar-se ali. Mas a chama e a fama do antigo e do belo bem casados atraem-nos. E os turistas não faltam e agradecem. 

FM

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

UMA COISA COMOVEDORA E INTERESSANTE

A Igreja dos caminhos 
que se bifurcam

«Uma das coisas mais comovedoras em Portugal é o zelo dos indiferentes e dos ateus pela Igreja Católica. Não vão à missa, “não acreditam em nada daquilo”, mas ei-los sempre cheios de opiniões sobre o que devia ser o catolicismo. Cento e dezassete anos depois da separação, a Igreja continua a ser discutida como se fosse o equivalente religioso do Serviço Nacional de Saúde.»

Rui Ramos, no OBSERVADOR 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Procissão "real" de Santa Joana

1807 — 12 de fevereiro 

(Foto da revista "Aveiro e o seu Distrito")

«Por uma provisão desta data, a Príncipe Regente D. João ordenou que se considerasse «real» a procissão de Santa Joana Princesa, patrona dos aveirenses, e que nela participasse o Senado da Câmara (Torre do Tombo, Chancelaria de D. João VI, livro 11, fl. 9v; Livro dos Registos da Câmara Municipal de Aveiro, n.º 3, fl. 164; Campeão das Províncias, 11-5-1901) – A.»

"Calendário Histórico de Aveiro" 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

NOTA: Uma efeméride interessante que ilustra bem o culto a Santa Joana, na cidade e diocese de Aveiro. 

domingo, 11 de fevereiro de 2018

O CARNAVAL



Hoje, viveu-se o Carnaval um pouco por todo o lado. Na próxima terça-feira, repete-se o esquema, porventura um pouco mais moderadamente. E não falta quem viva intensamente estas folias, apoiadas, com alguma lógica, pelas máscaras, que ajudam na coragem (ou falta dela) para lançar críticas aos poderes instituídos. É uma forma de dizer verdades a brincar, no espírito de “no Carnaval ninguém leva a mal”.
Não sendo uma festa popular que me motive para nela participar, nem sequer para a apreciar, não deixo de admitir que haverá muito gente que espera o Entrudo durante todo o ano, para nos dias próprios — o domingo e a terça-feira que antecedem o início da Quaresma — darem largas à sua alegria sem baias de qualquer espécie. 
Depois do Carnaval, que a vida continue com alegria e otimismo, mas também com humor sadio, são os meus votos.

VICIADO EM BOAS NOTÍCIAS

Crónica de Frei Bento Domingues 

Frei Bento Domingues


1. Leio, todos os dias, textos dos Evangelhos. A palavra evangelho é a tradução do grego evangelion. Significa boa notícia. Não é o culto daquela atitude preguiçosa que espera que tudo há-de acabar por dar certo, sem mexer uma palha. Jesus interpretou a sua missão como resposta aos desafios que ia encontrando na sua intervenção pública: eram pedidos de socorro de pessoas afectadas por todo o género de doenças físicas, psíquicas, de exclusão religiosa e social. As mais insólitas e as mais correntes
Quando se proclama o Evangelho na Celebração da Eucaristia, não é para lembrar o que Jesus fez há mais de dois mil anos. É para dizer à comunidade cristã o que é preciso fazer hoje. Quando usamos as palavras de Jesus na chamada Última Ceia: fazei isto em memória de Mim, não é para cumprir um ritual, mas para intimar os cristãos a continuarem hoje o Evangelho. Uma missa que não dá notícias das transformações que a comunidade realizou na semana anterior e das que se compromete a realizar na semana seguinte, não celebra o Evangelho. As notícias cristãs de há dois mil anos, se não provocarem hoje transformações nas Igrejas ao serviço das alterações que a sociedade precisa, comem e bebem a sua própria condenação, segundo a expressão de S. Paulo [1].
A repetição dos textos, só por si, mata a novidade do movimento cristão. Quando não se entra no espírito que animava a vida de Cristo, a repetição não é caminho. Sem a ciência da interpretação estamos sempre a resvalar para o fundamentalismo ou para a banalidade. A letra mata, o espírito vivifica.