domingo, 14 de junho de 2015

Novos olhares sobre o casamento

Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO

«Nota-se pouca atenção aos seus modelos culturais e religiosos, 
no passado e no presente. Mesmo no âmbito da tradição cristã, 
podem observar-se diversos paradigmas.»
Frei Bento Domingues

1. Quem decide casar, seja pelo civil seja pela Igreja, é obrigado a marcar uma data. É por isso que existe um antes de casados e um depois de casados. Banalidade das banalidades. As instituições têm normas. Mas esta evidência jurídica não deve esconder as misteriosas dimensões humanas e cristãs de laços que se desenvolvem no tempo e que nenhum tempo explica.
O casamento é um processo infinitamente mais complexo do que o processo civil e religioso. Para não morrer, tem de ir crescendo sempre nos noivos e no casal. Aquilo a que normalmente se chama o casamento é apenas a Festa de uma realidade que só pode ser bem conjugada no gerúndio. As pessoas que se acolhem como casal serão lúcidas se perceberem que ganham em ir casando cada vez mais, nas diferentes etapas da vida, preparando-se, nos dias calmos, para o imprevisível.

sábado, 13 de junho de 2015

Fogo do Amor


«Por mais duro que alguém seja, derreterá no fogo do amor. 
Se não derreter é porque o fogo não é bastante forte»

 Mohandas Karamchand Gandhi 
(1869-1948) 

A Igreja com que Francisco sonha

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Papa Francisco

Como Francisco de Assis, o que o Papa Francisco encontrou foi uma Igreja em ruínas. Daí, o seu empenho, sem hesitações, na sua transformação e conversão.
O teólogo Agenor Brighenti acaba de apresentar preocupações e modelos fundamentais, em ordem a uma mudança radical, citando Francisco.

1. "De uma Igreja autorreferencial a uma Igreja nas periferias". É essencial pôr termo a uma Igreja autocentrada e, por isso, da exclusão, para passar a uma Igreja que acolhe os que se encontram marginalizados nas periferias: os considerados perdidos, os que pensam de outro modo, longe das certezas eclesiásticas, os das periferias da dor, das injustiças, da miséria, os pobres e analfabetos, os sem--abrigo, os presos, os drogados, os homossexuais, as famílias monoparentais, os recasados que não podem comungar, os padres casados, e tantos tantos outros...

IGREJA: RESTO OU RESÍDUO?

Reflexão de Georgino Rocha 


«Queremos ser uma Igreja “resto” de fiéis 
ou um “resíduo de tradições religiosas 
progressivamente insignificantes?»

Um homem lança a semente à terra, um grão de mostarda é colocado na horta. Mc 4, 26-34. Neste cenário tão simples, Jesus dá a conhecer o “mistério” do reino: a sua presença discreta, a energia fecunda da sua seiva, a tendência universal do seu crescimento, a certeza inabalável da sua realização em benefício do ser humano chamado a adoptar, livremente, a atitude responsável mais congruente. Que contraste com a forma tradicional de apresentar o reino de Deus! Que impacto não começa a provocar na gente ilustrada e curiosa que acorria a ouvir Jesus para examinar a sua ortodoxia!
As árvores frondosas e robustas cedem lugar a simples grãos de semente. O messias “arrasador” surge como um humilde semeador de hortas e campos, amigo de excluídos sociais pelos líderes políticos e religiosos. As técnicas vitoriosas não têm a ver com a manipulação indiscriminada das sementes nem com o controle hegemónico do sistema alimentar ou a quantidade numérica da produção; tem a ver sobretudo com a proximidade, o cuidado, o serviço e a confiança. Os frutos apetecidos manifestam-se no acolhimento aberto a todos, na fecundidade generosa, na aceitação humilde das leis do crescimento, na qualidade do relacionamento.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Alegria de viver

Crónica de Maria Donzília Almeida



“La joi de vivre est un produit de beauté!”

(A alegria de viver é um produto de beleza!)

A frase saltou-me à vista, quando peguei no saco para depositar os produtos de cosmética que adquirira ali na Body Shop. Tirei-o da carteira pois prescindi da embalagem, vendida pela loja. Está ali sempre à mão, para uma potencial necessidade, a lembrar-me uma mensagem tão preciosa. 
E, já que a beleza é um tema tão caro à mulher moderna…e ao homem da atualidade, que se preza, resolvi discorrer sobre este particular produto de cosmética, ao alcance de todas as bolsas. 
Confrange-me o aspeto crispado de tantos rostos com me cruzo no meu labor diário, que mais parecem carregar a dívida conjunta de Portugal e da Grécia! Como não tenho pretensões de endireitar o mundo, partilho apenas a minha quota parte com dez milhões de portugueses.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Responsáveis católicos acolhem mal mudanças do Papa

Um texto de J.P.F. no Correio do Vouga

O jornalista António Marujo, 
na Feira do Livro de Aveiro, 
destacou as mudanças de Francisco 
e lamentou que nas estruturas locais 
não sejam seguidas com entusiasmo


António Marujo



0 Papa Francisco "está a fazer grandes mudanças no Vaticano", mas "não está a ser acompanhado" em muitas dioceses, paróquias e outras estruturas da Igreja católica, captando, com frequência, mais o interesse de quem está fora da Igreja do que de muitos cristãos com responsabilidades — é a convicção de António Marujo, partilhada numa conversa na Feira do Livro, na noite do último sábado, a convite da Livraria Sana Joana. O jornalista, coautor de "Francisco, pastor para uma  nova época" (Paulinas), um dos primeiros títulos publicados em português sobre o Papa Francisco, apontou a reforma do IOR (Instituto para as Obras Religiosas — vulgo "banco do Vaticano") como exemplo das mudanças provocadas por Francisco, ainda que, na sua opinião, fosse preferível a extinção do banco. Como sinal profético do homem que é reconhecidamente o grande líder moral global, apontou a primeira saída do Papa para visitar a ilha de Lampedusa, onde são acolhidos os imigrantes africanos que procuram a Europa.

A nossa cultura — A nossa gente



«A Associação Recreativa e Cultural CHIO PÓ-PÓ, na divulgação e defesa do património cultural ilhavense, tem a honra de convidar V.ª.Ex.º para assistir ao evento cultural A NOSSA CULTURA A NOSSA GENTE, dedicado a ANA MARIA LOPES, no dia 13 de Junho de 2015, pelas 21h30, no Auditório do Museu Marítimo de Ílhavo.»

Nota: Trata-se de uma homenagem justa e muito oportuna. conheço há anos Ana Maria Lopes, ilhavense ilustre, conhecidíssima e inspirada estudiosa de tudo quanto diz respeito às nossas terras e gentes, com obra publicada e, decerto, com muito por publicar. Os seus temas favoritos, tanto quanto posso perceber, são a ria e o mar, com tudo quanto lhe está associado. Os meus parabéns aos promotores desta homenagem bem como à homenageada. 

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