domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher

Isabel do Carmo: 
"Continua a haver uma hierarquia masculina"


Isabel do Carmo

A propósito do Dia Internacional da Mulher, a médica e mulher revolucionária, Isabel do Carmo, recorda  no PÚBLICO de hoje  que na sociedade «Continua a haver um hierarquia masculina». E sobre o chamado Estado Islâmico afirma o seguinte:

 “Quando se fala no Estado Islâmico, penso tanto no Portugal de há 50 e de há 60 anos! Eu vi tantas doentes que não conseguiam tirar o lenço da cabeça para a consulta! Senhoras que vinham ao hospital e não conseguiam tirar o lenço. Uma mulher não podia apresentar-se em cabelo nos anos 1960 e 1970 em Portugal.”

Também sei desses hábitos ancestrais que se perpetuaram até quase aos nossos dias. Nas igrejas e fora delas, as mulheres andavam regularmente de lenço. Nas igrejas, as mais finas (letradas, formadas, ricas, jovens, etc,..) usavam o véu; as outras o lenço. E quando dele se esqueciam, aproveitavam o lenço de assoar para cobrir a cabeça. Outros tempos...

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Uma flor para cada mulher



Para todas as que riem e para todas as que choram...
Para todas as que trabalham e para as desempregadas…
Para todas as que foram mães e para as que o não puderam ser…
Para todas as que sofrem injustiças e para todas as justas…
Para todas as perseguidas e ofendidas…
Para todas as que amam e para as não amadas...
Para todas as artistas que fazem o mundo mais belo…
Para todas as que rezam pelos que não rezam...
Para todas as que sofrem com o sofrimento dos outros…
Para todas as que partilham alegrias com os tristes...
Para todas as que lutam por um mundo melhor…
Para todas as MULHERES


Dia Internacional da Mulher

"Ser mulher é algo difícil, já que consiste 
basicamente em lidar com homens"

Joseph Conrad (1857-1924), escritor inglês

A missa como antidepressivo

Crónica de Frei Bento Domingues no Público 



1. Sei que o título deste texto contraria a experiência de muitos católicos que se confessam ”não praticantes”, precisamente porque o velho preceito de assistir à Missa se lhes tornou impraticável. Um bom passeio, uma prática desportiva, o contacto com a natureza, um convívio com amigos, pelo bem que faz ao corpo e ao espírito, louva mais a Deus do que o aborrecimento de uma Missa enfadonha. Se aquilo era a festa da fé, preferiam ir ao café.
Apesar de tudo isso e de muito mais, mantenho o título, porque julgo que a celebração cristã do Domingo – se a comunidade celebrante encarnar e encenar hoje a significação da sua origem e da sua verdade – torna-se um divino antidepressivo semanal, um dispositivo contra o medo neste mundo carregado de ameaças e seguranças, um belo processo de refazer a vida e enfrentar os desafios de uma nova semana.
Não digo isto apenas porque os textos do domingo passado - o de S. Paulo, “se Deus está por nós, quem será contra nós” (Rm 8,31-34) e o de S. Marcos, sobre a transfiguração, quando Jesus se começa a sentir cercado (Mc 9, 2-10) - são evidentes e poderosas fontes de energia espiritual.
Não alinho, no entanto, com liturgias destinadas a provocar estados de descontrole emocional, lavagens ao cérebro, simulações de curas milagrosas ou qualquer outra tática para atrair clientes. Não me parece que seja esse o bom caminho para acabar com as missas consideradas uma seca, um aborrecimento ou um sacrifício inútil.

sábado, 7 de março de 2015

Engenharias dos nossos homens da Ria



As engenharias dos nossos homens da ria estão bem patentes nesta imagem que há dias registei de passagem pela Gafanha d’Aquém. O dia estava primaveril com céu limpo e temperatura amena, em contraste com dias anteriores de chuva, vento e frio. A laguna parecia usufruir de uma soneca tranquila, ao jeito de quem espera por alguém que prometeu vir mas não veio. 
Gosto da ria assim, muito embora o vento dê um contributo formidável para a navegação à vela, com quilhas a postarem-se na posição de desafio aos fotógrafos, sejam eles da terra, profissionais ou mesmo amadores. 
Pois as engenharias, sem cálculos complicados e sem réguas nem esquadros, mostram como os homens sabem pura e simplesmente ultrapassar os obstáculos com que se deparam no acesso aos seus barcos atracados na borda-d’água em maré de descanso.

Sobre sexo e género (2)

Crónica de Anselmo Borges no DN

Anselmo Borges


Como escrevi aqui no sábado passado, o historiador Yuval Harari, na obra De Animais a Deuses, escrevendo sobre as injustiças da História, que estabelece arbitrariamente hierarquias imaginadas, refere-se a uma que "tem sido de suprema importância: a hierarquia de género". Em quase toda a parte, os homens sobrepuseram-se hierarquicamente às mulheres, que ficaram numa situação de subordinação e humilhação. Porquê? Seja como for, "durante o último século, os papéis dos géneros passaram por uma tremenda revolução".

Nesta transformação, tiveram, entre outros, papel determinante dois factores: por um lado, por causa das guerras, o acesso das mulheres ao trabalho dos homens que partiam para combater e a consequente autonomia económica e, depois, o acesso ao ensino, e, por outro lado, a revolução operada pela chamada "pílula", que deu a possibilidade mais fácil de separar actividade sexual e procriação.

JESUS, A PESSOA E O MERCADO

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha



Jesus chega ao templo de Jerusalém e fica escandalizado com o que vê. Jo 2, 13-25. A casa de oração por excelência havia sido transformada em centro comercial, em banca de câmbio, em lugar de disputas de interesses. O mercado desregulado impunha-se. A exploração dos peregrinos, sobretudo dos pobres, era moeda corrente. A acumulação ilícita de bens económicos por parte dos dirigentes, especialmente dos familiares e protegidos do sumo-sacerdote, fazia parte das regras. Jesus, fiel ao projecto de Deus Pai que antepõe a pessoa a qualquer outro bem, dá largas à sua indignação por tantos atropelos à dignidade humana e desvios de interpretação dos Mandamentos divinos.

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