domingo, 12 de outubro de 2014

RELIGIÃO REFLEXIVA

CRÓNICA DE FREI BENTO DOMINGUES
NO PÚBLICO

1. As sociedades modernas foram fundadas sobre a excomunhão política de qualquer referência religiosa. Embora com vários desenhos, o cenário está identificado.
A institucionalização da autonomia da esfera secular fez-se para suspender a intolerância e a violência associadas às guerras de religião e ao poder absoluto em nome de Deus. A intervenção política ficaria, em princípio, entregue à responsabilidade de todos os cidadãos. Pertencia-lhes escolher as instituições em que desejavam viver. Os indivíduos poderiam ter convicções religiosas, mas estas deveriam cingir-se ao domínio privado e não poderiam ser invocadas na configuração das instituições próprias do agir político ou militar. Era urgente mandar para a reforma o “Deus dos Exércitos” do Antigo Testamento, do regime de Cristandade e do Islão.

sábado, 11 de outubro de 2014

O QUE SE DECIDE NO SÍNODO

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

A palavra sínodo vem do grego e significa caminho comum. Bispos de todo o mundo encontram-se em Roma desde o passado dia 5 e até ao próximo dia 19, para, em sínodo, debaterem questões relacionadas com a família, célula fundamental da sociedade e da Igreja. Como disse o Papa Francisco, "a comunhão de vida entre os esposos, a sua abertura ao dom da vida, o cuidado recíproco, o acompanhamento educativo e a transmissão da fé contribuem para uma sociedade mais justa e solidária".

CONVIDADOS PARA A FESTA NUPCIAL

Reflexão semanal de Georgino Rocha


A sala enche-se de convidados para a festa nupcial. (Mt 22, 1-14). Esteve em risco de ficar vazia, contrariando todas as expectativas. Salva a situação, a insistência paciente do pai do noivo que resulta em pleno. O amor desdobra-se em convites, face às recusas recebidas. A lista convencional tem de ser profundamente alterada. Quem, segundo a praxe, estava em primeiro lugar, dá preferência a outros interesses e não quer participar, sobrepõe as preocupações reais ou fingidas, liberta-se de incómodos, dá largas a velhos ressentimentos, exercendo violência e eliminando os portadores do convite. 
A praxe é rigorosa. Antes de aceitar, o convidado procura informar-se, cuidadosamente, sobre os possíveis participantes. A escala social é padrão de referência e introduz níveis de oscilação no apreço e na consideração de cada um. Entre os comensais e entre estes e quem organiza a festa.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

MARIA LAMAS: UMA MULHER DE FIBRA

Crónica de Maria Donzília Almeida



Foi após ter conhecido Angela Gillian, no último quartel do século XX, mais precisamente em 1976, que fiquei mais sensível ao papel da mulher na sociedade. Foi aquela socióloga americana convidada pela Faculdade de letras da Universidade de Coimbra para ministrar a cadeira de “História das Ideias e da Cultura na América” aos licenciandos em Literatura Norteamericana.

Era uma mulher vanguardista de ascendência negra que personificava a luta, dos seus congéneres americanos, pela igualdade de direitos e a sua inserção ativa na sociedade e na política. Vivia-se, nos Estados Unidos, o Bicentenário da Declaração da Independência, proclamada em 1776. Desde que as feministas americanas quiseram mudar o nome à história, propondo Herstory em vez de History…eu fiquei mais atenta à problemática da mulher!
Uma que mereceu a minha atenção e interesse foi Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas nascida em Torres Novas, a 6 de outubro de 1893, que ficou para a história como Maria Lamas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

ARES DO OUTONO: PEDRAS TRISTES


O outono, nestes dias, está assim: triste como estas pedras. Não há volta a dar. Resta-nos esperar, com calma. Sem desânimo. Eu sei que o outono, por natureza, é tristonho, melancólico, enfadonho. Mesmo assim, há quem aprecie a chuva a cair, o vento a zoar e o frio a convidar-nos ao aconchego do lar. Pois é. Afinal, cada estação tem a sua beleza.

ILHAVENSES NA PRIMEIRA GRANDE GUERRA




«A Câmara Municipal de Ílhavo encontra-se a realizar um trabalho de pesquisa para levar a efeito a comemoração do centenário da 1.ª Grande Guerra Mundial, homenageando os ilhavenses que nela participaram.» Assim começa a Nota Informativa da nossa Câmara Municipal, Trata-se, a meu ver, de uma excelente iniciativa que tem pairado na minha cabeça há bastante tempo, sem que tivesse assumida a labuta para descobrir quem sofreu no corpo e na alma os horrores da guerra, longe das suas famílias. Ainda dei alguns passos, pequenos, tentando consultar o Arquivo do Exército português, mas nada de concreto adiantei. Aqui ficam os meus votos de que haja sucesso desta feita.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

LEITE DE VASCONCELOS PASSOU PELA GAFANHA

Leite de Vasconcelos


O EXPRESSO evocou esta semana [julho de 2008], no seu suplemento "ACTUAL", o universalista José Leite de Vasconcelos, para celebrar os 150 anos do seu nascimento. O sábio que foi médico, mas que nunca desejou exercer tal profissão, dedicou-se, com paixão, à filologia, à etnografia e à arqueologia, viajando constantemente, porque defendia que “Nada nos educa e ilustra como viajar!”. 
Ao ler esta evocação, em textos de Mário Robalo, ocorreu-me sublinhar, neste meu espaço, que, nas suas frequentes andanças pelo País, José Leite de Vasconcelos também esteve na Gafanha, em 1919, onde colheu algumas informações que publicou na sua obra “Geografia tradicional das Beiras”. Posteriormente, esses apontamentos foram enriquecidos com outros que recebeu do Dr. José Pereira Tavares, seu antigo aluno na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, na altura professor do Liceu de Aveiro, onde veio a ser reitor distinto. 

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