"O que move o mundo não são os braços fortes dos heróis, mas sim a quantidade dos pequenos empurrões de cada trabalhador honrado"
Helen Keller
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sábado, 7 de setembro de 2013
Só em liberdade se pode ser cristão
«Tomar a decisão certa exige tempo de reflexão, prudência, sabedoria, recursos, determinação. A atitude do homem que pretende fazer uma construção ou do rei que quer empreender uma guerra ilustra o ensinamento de Jesus sobre as condições prévias à opção de quem se propõe ser seu discípulo.»
Georgino Rocha
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Maria João Cravo e Jorge Cardoso apostam no artesanato
Escritos, conversas e reportagens à volta do Festival do Bacalhau, que decorreu entre 14 e 18 de agosto, no Jardim Oudinot, deram prioridade ao “fiel amigo” e a pratos das muitas maneiras de o confecionar, bem como aos petiscos dos chamados derivados, nomeadamente, bolinhos, pataniscas, feijoada de samos, línguas e carinhas fritas. Também se falou muito dos concertos que bateram recordes de assistências e de outras festas associadas. Pouco, a meu ver, dos artesãos que se apresentaram em bom número, cada um com as suas artes e ofícios, onde predominam, em diversos casos, o ineditismo e o espírito criativo.
Texto e fotos de Fernando Martins
Ambos começaram de forma espontânea e muito cedo. A Maria João sempre gostou de trabalhos artesanais e um dia, em férias, apeteceu-lhe fazer um colar. Foi à retrosaria e comprou o que julgou preciso. «Gostei tanto que repeti e resolvi mostrar… a partir daí, as coisas foram crescendo.» Do colar saltou para artes com tecido e corda. Posteriormente, entusiasmou-se pela cerâmica, tendo recebido formação na ACAV — Associação Arte e Cultura de Aveiro. «Mais a sério, dedico-me à bijutaria desde 2005», disse.
O Jorge iniciou esta atividade, que virou prazer, há 15 anos, por brincadeira, com a arte de marinharia, «para oferecer aos familiares e amigos, na expetativa de poupar dinheiro nas prendas de natal». E nunca mais parou. Dos nós passou ao restauro, às miniaturas e aos trabalhos com conchas, fixando-se, presentemente, entre outras artes, na “Amendoimlândia”
«Desde que tive contacto com o artesanato, fui-me apaixonando, e hoje não é só um sustento mas também um grande vício», sintetiza.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Hum segundo dia de creação
30 de setembro de 1808
Luiz Gomes de Carvalho
escreve uma carta ao futuro rei D. João VI
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D. João VI |
«Senhor
Tenho a honra de partecipar a V. A. R. o feliz exito da Commissão da Abertura da Barra de Aveiro, que V.A.R. foi servido confiar-me, honrando-me tanto nesta escolha, q.to a questão era diffícil, e até na opinião geral impossivel.
O dia trez de Abril deste prezente anno foi o venturoso dia d’Abertura da Nova Barra de Aveiro; elle foi, em certo modo, hum segundo dia de creação em que se operou, como por hum prodigio hua conveniente e necessaria separação das agoas, e dos terrenos, que estavão na mais fatal confuzão; e este Grande Beneficio, que V.A.R. preparava a estes Povos, desde muito tempo, fez despertar, como eu fui testemunha, a saudade constante que os Povos mais interessados nesta Obra consagravão ao Seu Legitimo Auzente Soberano quando gemia debaixo da escravidão e tyrania de que o Ceo, auxiliando os nossos proprios exforsos, e os dos nossos amigos, acaba de resgatar-nos.
S. Paio aí está
O «antes» do S. Paio - 2013
«Cumprindo uma ancestral tradição, a partir de amanhã e até ao próximo domingo, dia 8, a praia da Torreira, no concelho da Murtosa, volta a encher-se de gente vinda dos mais variados pontos do País, em maré de celebração, para a romaria do S. Paio, indiscutivelmente, a mais concorrida, popular e afamada da região.
A influência da festa é de tal ordem que ali o calendário é marcado em função da romaria e então é comum ouvir dizer-se que determinado assunto fica para “antes ou depois do S. Paio” – refere o Diário de Aveiro de hoje, 3.9. 2013.»
Nota: Quem não puder ir à romaria do S. Paio da Torreira, pode muito bem seguir quem está bem informada sobre esta festa enraizada na alma das gentes lagunares. Por isso, sugiro que os meus leitores estejam atentos ao que sobre a romaria escreveu e, provavelmente, vai escrever Ana Maria Lopes, no seu Marintimidades.
Incoerência gera indiferença
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António Marcelino |
«O que de mais grave se passa hoje em comunidades amorfas e a desertificar, é a incoerência de muitos, sempre contrária às exigências evangélicas e à verdade que a fé não dispensa. A incoerência gera indiferença perante o essencial e o importante, e esta tornou-se a maior calamidade, social e religiosa, da atualidade. O indiferente, nem procura, nem acolhe. Cheio de si, dispensa Deus e os outros e nem se preocupa em perceber os sinais da sua presença. Para o indiferente só ele próprio conta.
Vemos, entretanto, gente dita religiosamente indiferente, atenta às palavras e gestos do papa Francisco. Isto quererá dizer que quando se toca o coração e se expressa verdade e coerência, a indiferença entra em solavancos. Quererá dizer ainda que um estado de total indiferença não é coisa normal numa pessoa séria e equilibrada.»
António Marcelino
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