terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ana Vidovic em La Catedral


Um momento musical para nos serenar 

O Marnoto Gafanhão — 3

Texto e foto de Ângelo Ribau Teixeira

Um dia destes será a "Botadela"


O marnoto gafanhão está ao leme da bateira

Um dia destes, quando o tempo o permitir e a marinha estiver pronta, será destinado o dia da “botadela”, normalmente um domingo. O marnoto dará um almoço, que será feito e servido na própria marinha, para o qual convidará os amigos. Para a comezaina e para ajudar na botadela que é um trabalho muito duro!
O tempo continuou propício, os dias foram de calor desde o nascer ao pôr-do-sol. Aproximava-se o dia da botadela. O anúncio foi feito:
 Será no próximo domingo…
A areia, miudinha e amarelada, muito limpa, como convinha, já estava pronta havia uns dias. Tinha sido trazida do Bico do Muranzel, por barco saleiro, e descarregada em três pontos do malhadal (os areeiros) de modo a ficar o mais próximo dos meios, para onde depois seria transportada. 
No sábado anterior à botadela, na casa do marnoto, era uma azáfama com o preparar dos componentes para o almoço da botadela. Eram as panelas, as batatas, as cebolas e o inevitável bacalhau - o almoço era sempre batatas com bacalhau por ser, no dizer do marnoto, o mais fácil de confecionar.
Nunca eram convidadas mulheres ou raparigas para a botadela, ainda hoje estou para saber porquê! O serviço era muito pesado mas, pelo menos, poderiam ser elas a confecionar a refeição…
Chegou o sábado à tardinha e apareceram-nos em casa os convidados:
—  Então amanhã a que horas é?
 Amanhã vamos à missa da manhã, vocês passam pela minha casa para ajudar a levar as panelas. A bateira está ao pé da seca do Egas. É lá que a gente embarca. Quem não estiver a horas, fica em terra… - diz o marnoto.
E assim foi. Tudo como o combinado. O sol estava esplendoroso, nem uma nuvem no céu como convinha num dia de botadela. O pessoal embarcou, sentando-se na borda da bateira. Os moços pegaram nos remos preparando-os para remar. Dois dos convidados mais mexidos quiseram ajudar a remar e sentaram-se nos devidos lugares.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Dançar e beber um fino

Cristoteca da Missão Jubilar, no DN



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Cristoteca na Costa Nova

No DN



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Festival do Bacalhau

Jardim Oudinot, 14 a 18 de agosto

Jardim Oudinot (Ria, restaurante e Guarita)


Integrado no programa “Mar agosto 2013 – Festas do Município de Ílhavo”,  a Câmara Municipal organiza, entre 14 e 18 de agosto, o Festival do Bacalhau, no Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré. A cerimónia de abertura do festival decorrerá na próxima quarta-feira, 14, pelas 18 horas, no Navio-Museu Santo André.
Neste ano, a  autarquia, organizadora do evento em parceria com a Confraria Gastronómica do Bacalhau e várias Associações do Município, compromete-se a lutar pelo crescimento deste festival, marca inconfundível das atividades de verão do Município de Ílhavo e da Região de Aveiro, num reforço da aposta na promoção da “Capital Portuguesa do Bacalhau”.
O Festival do Bacalhau de 2013 é composto por diversas atividades e espetáculos, como a Mostra Gastronómica das Tasquinhas de Bacalhau, que conta com a gestão de algumas Associações do Município, venda de Padas de Vale de Ílhavo, Mostra e Provas de Vinhos, mostras de artesanato, stande de exposição de empresas, animação para crianças, o “show-cooking”, com a participação dos melhores Chefes de Cozinha Portugueses (patrocinado pela Teka Portugal, empresa do Município de Ílhavo), e os concertos noturnos com Ana Moura, Tony Carreira, José Cid, Clã e Miguel Araújo. São cinco dias repletos de atividades e animação, num local único para a realização deste tipo de atividades. Todos estão convidados.


Fonte: CMI

domingo, 11 de agosto de 2013

Férias em tempos difíceis — 3

Convívios e passeios



O isolamento, à partida, não é saudável. Eu sei que a solidão pode ser procurada e até desejada. Porém, os convívios são fundamentais à vida, porque homens e mulheres são seres sociáveis. Vivem e convivem uns com os outros, preferencialmente apoiados nos princípios do amor, da amizade, da solidariedade e da fraternidade.
O verão transporta sempre, com o seu calor benfazejo, um convite à partilha de sentimentos e emoções, principalmente quando estamos unidos. Para isso, aconselhamos a organização de piquenique e passeios de bicicleta, nas nossas matas e jardins que ostentam condições de higiene e segurança, ambientais e paisagísticas de relevo. No nosso município há muitas ofertas que todos podemos usufruir.

Paróquia da Gafanha da Nazaré

D. Manuel Correia de Bastos Pina 

Bispo-Conde de Coimbra


Na sacristia da igreja matriz da Gafanha da Nazaré está, à vista de quem entra, a fotografia de D. Manuel Correia de Bastos Pina, o Bispo-Conde de Coimbra que em 31 de agosto de 1910 assinou o decreto para a criação da paróquia. Ao tempo, pertencíamos àquela diocese e continuámos a pertencer até à restauração da Diocese de Aveiro, que ocorreu em 11 de dezembro de 1938. É justo, portanto, que se recorde a efeméride da criação da nossa paróquia, homenageando o bispo que deu corpo a um anseio dos nossos antepassados.
D. Manuel Correia de Bastos Pina nasceu a 19 de novembro de 1830, na freguesia de Carregosa, no concelho de Oliveira de Azeméis. Filho de António Correia de Bastos Pina e de Maria Joaquina da Silva, abastados proprietários rurais, foi batizado a 24 do mesmo mês. O pai chegou a desempenhar o cargo de presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis.
A sua família contava vários padres, entre os quais dois irmãos. Depois das primeiras letras, veio para Ílhavo, onde recebeu lições do Dr. José António Pereira Bilhano (viria a ser Arcebispo de Évora) que o preparou nas matérias de retórica e língua francesa.