sábado, 16 de fevereiro de 2013

Passos Coelho encosta Paulo Portas à parede




O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou a criação de um guião para a discussão da reforma do Estado, a ser apresentado "muito proximamente", pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. 
Esta notícia não me surpreendeu. Confesso que até a esperava há muito tempo. É sabido que muitas decisões do Governo têm surgido a público com alguns protestos dos partidos que sustentam o executivo, em especial do CDS. Também é conhecido que o ministro Paulo Portas, com os seus estratégicos silêncios ou com algumas reticências, tem mostrado um certo descontentamento. Ainda é verdade que Paulo Portas tem fama, não sei se com proveito, de impedir determinadas políticas. E ainda se tem manifestado a leste de propostas governamentais, embora vá dizendo que a coligação não está em perigo, porque a situação do país assim a exige.
Agora, Passos Coelho encostou Paulo Portas à parede. Vamos ver como é que ele se comporta. Espero, sinceramente, que se saia bem deste aperto do primeiro-ministro e que não venham aí mais impostos!

Papa: Qual é o seu poder real?

Bento XVI resigna. E depois?
Anselmo Borges

Julgo que não se consegue imaginar o peso que cai em cima de quem aceita ser Papa. Torna-se o responsável primeiro pela Igreja Católica, com 1200 milhões de fiéis. Uma Igreja vergada sob a rigidez da tradição e talvez a única instituição verdadeiramente global, portanto, confrontada com múltiplas sensibilidades, problemas e aspirações: as questões dos europeus não são as dos norte-americanos, dos sul-americanos, dos africanos, dos asiáticos, dos australianos. É uma figura de relevo mundial, com imensa influência política no mundo, mas sujeito aos seus jogos, manhas e ardis. Mesmo viajando pelo mundo inteiro, fica a viver num pequeno território, com os seus rituais seculares e rígidos. Num mundo de homens. Só, onde, quando e como contacta com a família e com os amigos? E os olhos de todos estão sobre ele. Quase sem vida privada. Monarca absoluto, mas com todos os passos vigiados. Qual é o seu poder real? O Papa João XXIII, interrogado por um estudante num Colégio universitário pontifício: "Santidade, como é sentir-se o primeiro?", terá respondido: "Está enganado. Pus-me a contá-los e eu, lá no Vaticano, devo ser o quarto ou quinto."

OPÇÕES



FAZ TUAS AS OPÇÕES DE JESUS


Georgino Rocha


O episódio das provações de Jesus desvenda o drama do ser humano que quer ser fiel ao seu projecto de vida, à sua consciência livre de seduções insidiosas, à sua liberdade soberana, mesmo perante as necessidades mais elementares. Lucas, o narrador do acontecido, que tem alcance simbólico, coloca frente-a-frente o Diabo e Jesus e desenvolve a provocação em três cenas expressivas: a do pão para quem tem fome; a do poder dominar outros para quem se sente dependente; a de dispor de Deus, a seu bel-prazer, para exibição do seu estatuto social e religioso a quem respeita a normalidade da natureza humana e de toda a criação.
O diabo teima e insiste. Jesus resiste e persiste. Ambos se justificam com a palavra de Deus que mostram conhecer muito bem. Ambos tomam a dianteira na provocação: o diabo faz a proposta, Jesus dá-lhe a resposta, abrindo horizontes novos. O “taco-a-taco” mantém-se…, desistindo provisoriamente o diabo. Mais tarde, nas cenas da paixão e do calvário, investe definitivamente e consegue, por meios legais e humanos, eliminar fisicamente aquele que antes não tinha podido vencer. Jesus, porém, mantém a confiança radical em Deus, seu Pai, que o ressuscita da morte e o faz vencedor para sempre. Jesus vê assim confirmadas as opções da sua vida que nós somos convidados a assumir, fielmente, com verdade e entusiasmo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Abandono da fé


Da exortação ao anúncio direto

António Marcelino


«Quando apreciamos casos concretos de abandono da Igreja, raramente não aparece uma má relação com o padre ou com a gente do templo. A casa do Pai, de portas tão abertas como o Seu coração, onde se é acolhido e respeitado com amor e alegria, não é sempre a imagem que passa, nem a realidade que se vive. A Igreja não é uma mera organização religiosa, nem muito menos um repositório de normas, muitas vezes pensadas e forjadas para defender um sistema. Porque é casa de Deus, não é feudo de ninguém. É uma família a que deve ser gostoso pertencer e a que a fé comum dá força para enfrentar as situações dolorosas que se deparam no seu seio, como no de qualquer família, onde todos se estimam e amam. Sem este clima, não é possível a evangelização dos adormecidos, ou dos que se fecharam nos seus preconceitos e queixumes, muitas vezes legítimos.»

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Para o Dia dos Namorados



Por sugestão de Maria Donzília Almeida

Dia de S. Valentim - 14 de fevereiro




S’ôra! O que significa honey? 

Foi esta a primeira interpelação do G.G., naquela aula de Inglês, numa manhã de sol radioso, muito antes da data de hoje, espreitar no calendário. 
Os primeiros raios de sol, após uma invernia pesada, têm o condão de despertar nesta gente miúda, os eflúvios do amor! 
A palavra soou algo doce, à teacher, que imediatamente abriu a arca da memória e trouxe, à tona, a canção da sua juventude – Oh, sugar, sugar, oh honey, honey,! Não se lembrava do autor da mesma, nem da voz que lhe deu vida naquela década de 60, do século XX. Mas a toada estava bem gravada e bastou, apenas, ouvir o significante, para que toda a melodia fosse trauteada. 
A vantagem de estarmos no século XXI, era da informática e das novas TICs, proporcionaria a pesquisa e a audição da canção, de tempos passados! 
Aproveitado a dica daquele aluno, muito vivaço, por sinal, a teacher fez ali, um pouco de “chantagem pedagógica”! Já que havia tanto interesse em saber o significado daquele termo, que dada a proximidade do Dia dos Namorados, trazia, pela certa, água no bico, puxou a brasa à sua sardinha e fez esta proposta: Se conseguirem autocontrolar-se e não falar demais, para além do estritamente necessário da aula, vou pôr-vos a ouvir a canção, em que este tema é recorrente! Uma canção da minha juventude, com a qual rejubilei e também, de certo modo, me identifiquei. Ainda hoje, vibro com o ritmo cadenciado, que desperta emoções antigas! 
A ajuda do youtube foi preciosa para me transportar ao século passado e identificar a canção, o autor e respetivo vocalista. 
A aula decorreu linda e serenamente, os conteúdos da mesma foram lecionados, a prática escrita e oral desenvolveu-se, dentro das regras e... no fim, degustaram o “rebuçado” que lhes havia sido prometido. 

Dia dos Namorados — 14 de fevereiro

Num  Dia dos Namorados



Para os mais distraídos, aqui fica a lembrança de que hoje, 14 de fevereiro, é o Dia dos Namorados, também dedicado a São Valentim. Não conhecia muito bem a vida e história deste santo, mas os meus leitores podem  consultar o Google para ficarem a saber um pouco mais. Hoje e aqui quero, porém, dizer que estas efemérides precisam de ser cultivadas e levadas à prática, se possível, porque, afinal, elas existem para isso. 
Se os meios de comunicação social não falassem do assunto seria um desastre e poucos se recordariam de que nesta data, e sempre, é preciso olhar para as que nos são mais queridas com um carinho especial e com amor sem medidas, por palavras, olhares e gestos que traduzam o quanto lhes queremos. 
Fui a um bom dicionário ver o significado de namorar. É tão completo e variado o significado  que desisti de o transcrever, optando simplesmente por deixar falar o coração. E o que me vai na alma é tão rico que nem o sei descrever. O amor, entre mim e a minha Lita, é tão forte, mas continua a crescer, desde um 8 de dezembro, data que ela própria escolheu para o nosso primeiro encontro e em resposta a um pedido escrito que lhe enviei muito delicado. É assim. O amor não é nem nunca pode ser um sentimento estático. Se o for, está condenado ao fracasso. E tem de ser alimentado, dia a dia, hora a hora, com muita ternura, com muita compreensão, com muita determinação, com muito… amor. É isso. 
Ao longo da vida há, indubitavelmente, momentos de algum desânimo, de alguma falta de paciência, porventura de alguns aborrecimentos, mas se houver amor tudo será ultrapassado e a alegria voltará a ser o fermento que levedará a vida a dois, que nos torna num só corpo e numa só alma. 
A chave do amor está no namoro diário, de todas as horas, de toda a vida. Porque o amor, partilhado e permanentemente renovado, é símbolo de felicidade que tem de continuar até que a morte nos separe. E mesmo para além dela… 
Bom Dia de Namorados… Mas namorem mesmo! 

Fernando Martins

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